O Método Grönholm

Comédia O Método Grönholm ganha nova temporada no Teatro das Artes no Rio de Janeiro

por Jorge Rodrigues

Até onde você é capaz de ir na disputa pelo emprego dos sonhos? É essa provocação cheia de ironia que os diretores Lázaro Ramos e Tatiana Tibúrcio fazem ao público na comédia O Método Grönholm, que, depois de uma temporada de sucesso em São Paulo e Rio de Janeiro, com duas indicações ao Prêmio Shell, está em uma nova temporada no Teatro das Artes até dia 2 de julho, às sextas e aos sábados, às 21h; e aos domingos, às 20h

No elenco, Luis Lobianco (ou Alcemar Vieira), Raphael Logam (ou Orlando Caldeira), George Sauma (ou André Dale) e Anna Sophia Folch vivem a irresistível história de quatro executivos ambiciosos que disputam uma única vaga de emprego. Confinados em uma sala e observados como que em um reality, eles são submetidos a provas pouco convencionais.

A um passo de alcançarem a tão desejada posição, eles vão sendo envolvidos em situações tão surpreendentes quanto constrangedoras, sempre recheadas de revelações. Ao passo que se envolvem com o jogo, a verdadeira natureza de cada participante é exposta. Em clima de crescente tensão e recheada de humor ácido e ironia, o espetáculo traz diversas reviravoltas, despistando o público e revelando o lado mais ridículo do ser humano.

Este é o mote da aclamada obra escrita em 2002 pelo catalão Jordi Galcerán, que, de forma muito inteligente e divertida, conta as dificuldades que muita gente enfrenta na busca por uma boa vaga de trabalho e tudo aquilo que as pessoas fazem para conseguir seus objetivos. A comédia é um sucesso ao redor do mundo há 20 anos, tendo originado o filme espanhol El Método, dirigido por Marcelo Piñeyro, em 2005, e lançado no Brasil com o título “O que você Faria?”.

“O texto do Jordi Galcerán fala sobre métodos pouco ortodoxos para selecionar um profissional para uma empresa, fazendo deliciosas provocações sobre os comportamentos reais das pessoas em momentos como este, em que um processo de seleção vira um combate. Assim que o grupo se reúne para a avaliação, aparece a informação de que um deles é um funcionário infiltrado na empresa”, adianta o diretor Lázaro Ramos, que, em 2007, encarnou um dos candidatos da primeira versão brasileira de O Método, ao lado Taís Araújo, Ângelo Paes Leme e Edmilson Barros.

O fictício Método Grönholm, imaginado por Galcerán, consiste em um rígido processo de seleção do perfil mais adequado a uma vaga de emprego, fazendo com que os próprios candidatos que foram selecionados para a última fase eliminem quem eles mesmos julgam como menos aptos à função. Confinados por vontade própria em um ambiente controlado, os candidatos devem obedecer a instruções e encarar desafios, idealizados de modo a que surjam conflitos e desconfianças entre o grupo, ao mesmo tempo em que segredos sejam revelados.

Com mais de 30 espetáculos como ator, Lázaro Ramos reitera com O Método sua paixão também pela direção: no teatro já assinou as peças “Antes do Ano Que Vem” (estrelada por Mariana Xavier), “Namíbia, Não”, “Campos de Batalha”, “O Jornal” e “O Topo Da Montanha”. No cinema, Lázaro dirigiu seu primeiro longa-mentragem de ficção “Medida Provisória”, ainda em cartaz nos cinemas, e, ao lado de Thiago Gomes, o documentário “Bando, um filme de”, sobre o Bando de Teatro Olodum. Na codireção do espetáculo, está a atriz, preparadora de elenco e diretora Tatiana Tibúrcio que tem no currículo três novelas na Rede Globo, cinco peças, uma indicação ao Prêmio Shell de melhor atriz, além de trabalhos como pesquisadora e diretora de tv, teatro e cinema.

Ficha Técnica 

  • Autor: Jordi Galceran
  • Tradução e Direção: Lázaro Ramos
  • Codireção: Tatiana Tibúrcio
  • Elenco: Luis Lobianco, George Sauma, Raphael Logam e Anna Sophia Folch
  • Elenco Substituto: André Dale, Alcemar Vieira e Orlando Caldeira
  • Figurino: Tereza Nabuco
  • Direção de Arte: Mauro Vicente Ferreira
  • Assistentes: Rogério Chieza e João Vithor de Carli
  • Design de Luz: Ana Luzia Molinari de Simoni
  • Montagem de Luz: Rodrigo Emanuel
    Operador de Luz e Som: Marcelo Andrade
  • Montagem: Edmilson Souza
    Camareira: Rosinha
  • Fotos de estúdio: Chico Cerchiaro
  • Fotos de cena: João Caldas
  • Tratamento de Imagem: Marisa Tomas
  • Vídeo: Camisa Preta Filmes
  • Cinegrafistas: Marcelo Rodrigues e Raoni Santoro
  • Edição: Gil Lima
  • Direção Vídeo: Celso Congílio
  • Assistente de Produção São Paulo: Jandy Vieira
  • Assessoria de Produção Rio de Janeiro: Thais Pinheiro
  • Produção Executiva: Viviane Procópio
  • Direção de Produção: Radamés Bruno
  • Coordenação Geral: Anna Sophia Folch
  • Produção: Curumim Produções, LPLAZ Produções, e BR Produtora 
  • Idealização e Realização: Lázaro Ramos e Anna Sophia Folch

Serviço

O Método Grönholm, de Jordi Galceran

  • Temporada: 5 de maio a 2 de julho – Às sextas e aos sábados, às 21h; e aos domingos, às 20h
  • Teatro das Artes – Shopping da Gávea – 2º Andar – Rua Marquês de São Vicente, 52 – Lj 264, Gávea, Rio de Janeiro 
  • Ingressos: R$120 (inteira) e R$ 60 (meia-entrada) 
  • Vendas de ingressos online: www.divertix.com.br
  • Bilheteria: (21) 2540-6004
  • Gênero: Comédia
  • Classificação: 12 anos
  • Duração: 70 minutos
  • Redes sociais da peça (Twitter, Facebook, Instagram): @ometodogronholm

Balé Macunaíma volta em curta temporada no Theatro Municipal do Rio

Balé Macunaíma

Balé Macunaíma – Foto Tendo Santos

Baseado no livro homônimo de Mário de Andrade, o balé Macunaíma volta ao palco do Theatro Municipal com Corpo de Baile e Orquestra Sinfônica da casa. Com realização AATM e patrocínio Ouro Petrobras, criado por encomenda do Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos e do projeto Bossa Criativa, o espetáculo tem música especialmente composta pelo premiado Ronaldo Miranda, coreografia inédita de Carlos Laerte, concepção e roteiro de André Cardoso, o espetáculo em um ato e quatro quadros tem como cenário inicial a selva amazônica, na região do rio Uraricoera, a terra natal de Macunaíma, onde vivem os índios Tapanhumas. Com direção de imagem e fotografia de Igor Correa, regência de Jésus Figueiredo e supervisão artística de Hélio Bejani e Jorg

Texeira, o balé será apresentado em curta temporada, de 14 a 17 de junho, às 19h e no dia 18 de junho, às 17h.

A presidente da Fundação Teatro Municipal, Clara Paulino, ressalta a importância desse espetáculo:

“Devido ao grande sucesso de Macunaíma no ano passado, decidimos trazer de volta essa obra nacional tão importante, que traz à tona a discussão sobre a questão étnica brasileira. Além disso, a realização desse balé no Theatro Municipal conta com grandes parcerias e novas linguagens, e ressaltamos o lindo trabalho trazido pelo Museu do Graffiti e do Coletivo Trouxinhas para o palco do nosso Theatro”.

A concepção de Macunaíma é do maestro André Cardoso, professor da UFRJ e coordenador do Projeto Sinos, que faz parte do programa Arte de Toda Gente, uma parceria da Funarte com a UFRJ, através de sua Escola de Música. O balé original teve sua estreia em 2022 e agora retorna ao palco do Municipal, em uma curta temporada:

“Macunaíma é o mais emblemático livro do modernismo brasileiro. A versão para balé foi criada em 2022 para comemorar o centenário da Semana de Arte Moderna. O sucesso do espetáculo o traz novamente ao palco onde foi estreado, reafirmando assim a relevância da parceria entre a Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro com a Fundação Theatro Municipal. Que a parceria possa fomentar novas obras e novos espetáculos, proporcionando ao público do Rio de Janeiro o contato com a produção contemporânea” – conclui André Cardoso.

Uma das curiosidades do balé é que a maquiagem foi toda inspirada nos grandes pintores da história da Semana de Arte Moderna e suas cores como o amarelo de Anita Malfati, o azul cobalto de Portinari, o verde de Ismael Nery, o azul claro de John Graz, o laranja de Di Cavalcanti, o rosa de Milton da Costa e o vermelho de Tarsila do Amaral. O material utilizado em cena é praticamente todo reciclado pelo Coletivo Trouxinha da UFRJ, que vai criar um lixão com sacolas plásticas e tecidos ao vivo, em cena. O figurinista fez uma releitura de roupas do acervo do TMRJ. Espelhos servem de cenário para a confecção de arte, trazendo a parte urbana ao palco por uma equipe de grafiteiros do Museu do Graffiti.

“Desde o grande sucesso da estreia mundial de Macunaíma, ballet original especialmente composto por Ronaldo Miranda para nosso BTM, temos recebido inúmeros pedidos em nossas redes sociais e por email para reapresentarmos este que foi o ponto alto de comemoração do centenário da Semana de Arte Moderna, no ano passado. Agora, a produção volta ao TMRJ para celebrar os 75 anos de seu compositor” – celebra o Diretor Artístico do TMRJ, Eric Herrero.

São quase 50 bailarinos trabalhando com muito empenho e dedicação, num espetáculo multimídia de uma hora de duração, com direção de imagem e fotografia de Igor Correa e supervisão artística de Hélio Bejani e Jorge Texeira.

“Macunaíma, obra inédita criada especialmente para o Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro retorna ao palco após o grande sucesso conquistado em sua estreia no ano passado. Agora, com os bailarinos mais entrosados e adaptados ao estilo do coreógrafo Carlos Laerte estaremos, definitivamente, comemorando a vitória da nossa arte, a dança.” – destaca Hélio Bejani, Regente Interino do Ballet do Theatro Municipal e Diretor da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa.

A concepção coreográfica, de Carlos Laerte, dessa obra antológica, desconstrói os corpos dos bailarinos clássicos e traz a contemporaneidade da dança brasileira. Ele aguçou as características de cada bailarino em cima da identidade individual. Outra característica de Macunaíma é a narrativa contada através do audiovisual, já que os bailarinos contracenam com imagens e, em muitos momentos, eles entram e saem da tela, como se fosse o cotidiano deles. É uma conversa itinerante da peça. A tecnologia está o tempo inteiro falando com todos.

FICHA TÉCNICA:

Música: Ronaldo Miranda
Roteiro e Concepção: André Cardoso
Coreografia: Carlos Laerte
Assistente de Coreografia e Ensaiadora: Mônica Barbosa
Direção de Imagem e Fotografia: Igor Correa
Figurinista: Wanderley Gomes
Iluminação: Paulo Ornellas
Coordenação de Cenografia: Coletivo Trouxinhas
Pintura de arte: artistas do Museu do Graffiti
Regência: Jésus Figueiredo
Supervisão Artística Hélio Bejani e Jorge Texeira
Com Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal e Ballet do Theatro Municipal
Direção Artística TMRJ: Eric Herrero

Solistas:

MACUNAÍMAS – Glayson Mendes (Alyson Trindade)
– Rodolfo Saraiva (Rodrigo Hemersmeyer)
– Edifranc Alves (Raffa Lima)

MÃE – Claudia Mota (Fernanda Martiny)
JIGUÊ – José Ailton (Alyson Trindade)
MAANAPE – Rodrigo Negri (Moisés Pepe)
SOFARÁ – Juliana Valadão (Marcella Borges)
IRIQUI – Marcella Borges (Liana Vasconcelos)
CI – Márcia Jaqueline (Liana Vasconcelos)
COBRA – Priscila Albuquerque (Jessica Lessa)
MÃE DE SANTO – Priscilla Mota (Gabriela Cidade)
GIGANTE – Saulo Finelon
CEUCI – Gabriela Cidade (Manuela Roçado)
PRINCESA – Fernanda Martiny (Carol Fernandes)

Arte de Toda Gente, os projetos da parceria Funarte-UFRJ

O programa Arte de Toda Gente compreende três diferentes iniciativas, desenvolvidas em parceria pela Fundação Nacional de Artes – Funarte com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria da Escola de Música da universidade e lançadas a partir de 2020. São elas os projetos Bossa Criativa – Arte de Toda Gente (www.bossacriativa.art.br), Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos (www.sinos.art.br) e Um Novo Olhar (https://umnovolhar.art.br).

Serviço:

Balé Macunaíma

Datas e horários:
14/6 (quarta) – estreia – 19h
15/6 (quinta) – 19h
16/6 (sexta) – 19h
17/6 (sábado) – 19h
18/6 (domingo) – 17h
Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Endereço: Praça Floriano, s/nº – Centro
Classificação: 14 anos

Haverá uma palestra gratuita antes de cada espetáculo, sempre no Salão Assyrio do Theatro.
14/6, quarta – 18h – Do clássico ao contemporâneo: um passeio pela História da Dança
Palestrantes: Márcia Feijó e Paulo Melgaço
15/6, quinta – 18h – Corpo poético: movimento e narrativa na dança contemporânea
Palestrantes: Fabiana Nunes e Maria Alice Poppe, Mediador: Paulo Melgaço
16/6, sexta – 18h – Artes múltiplas: construindo a estética de um espetáculo
Palestrantes: Angélica de Carvalho e Paulo Cesar Medeiros, Mediador: Jayme Chaves
17/6, sábado – 18h – Para além do ballet clássico: explorando novas fronteiras
Palestrantes: Mônica Barbosa e Renata Versiani, Mediador: Sofia Ceccato
18/6, domingo – 16h – Dança Contemporânea: estilos, tendências e desafios.
Palestrantes: Carlos Laerte e Márcia Milhazes, Mediador: Hélio Bejani

Preços dos ingressos:
Frisas e Camarotes – R$80,00 (ingresso individual)
Plateia e Balcão Nobre – R$60,00
Balcão Superior – R$40,00
Galeria – R$20,00
Ingressos à venda através do site theatromunicipal.rj.gov.br https://theatromunicipalrj.eleventickets.com/#!/evento/425b777d1fc9fe47c28a8795c6a2255f7ee615f2 ou na Bilheteria do Theatro

Lei de incentivo à cultura
Patrocínio Ouro Petrobras
Apoio: Livraria da Travessa, Rádio MEC, Rádio SulAmérica Paradiso, Rádio Roquette Pinto – 94.1 FM, Hotel Selina
Realização Institucional: Fundação Teatro Municipal, Associação dos Amigos do Teatro Municipal
Realização: Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Petrobras, por meio do programa Petrobras Cultural, Governo Federal.

Espetáculo “Cora do Rio Vermelho” faz três únicas apresentações, no Centro Cultural Justiça Federal, no Rio

Cora do Rio Vermelho

Cora do Rio Vermelho – Foto de Bianca Oliveira

O monólogo “Cora do Rio Vermelho”, com a atriz Raquel Penner, está de volta ao Rio de Janeiro, para três únicas apresentações, nos dias 16, 17 e 18 de junho, no Centro Cultural Justiça Federal, no Centro. A peça, sucesso de crítica em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, retorna à cidade após esgotar ingressos em Belo Horizonte, levar mais de 1.200 pessoas ao teatro em Uberlândia e encantar o público em Tiradentes e Juiz de Fora. Com dramaturgia de Leonardo Simões e direção de Isaac Bernat, o espetáculo faz um passeio pela vida e a obra da poeta, contista e doceira Cora Coralina, com textos e poemas que falam sobre a força feminina e a alma da mulher brasileira. A montagem propõe uma relação de cumplicidade entre a atriz e a plateia, com momentos intimistas e divertidos.

“Cora do Rio Vermelho” nasceu da vontade da atriz Raquel Penner montar o seu primeiro monólogo. Para ter ideias, ela começou a anotar frases, desejos e pensamentos soltos que, frequentemente, falavam sobre o universo da mulher brasileira. Ao reler a obra de Cora Coralina, percebeu que a poesia e os contos da escritora e doceira goiana iam justamente de encontro à sua inquietação artística.

A atriz diz que esse se trata de um trabalho “forte e delicado”, assim como a escrita da poeta. “Cora Coralina foi uma mulher múltipla e libertária. Removeu pedras e abriu caminhos para outras mulheres. Há pouco mais de 10 anos, tive meu primeiro encontro com ela, em uma exposição no CCBB-RJ. Fiquei encantada por aquela senhora do interior do Brasil que falava firme e cantado, fazia doces e escrevia poesia, celebrava a vida e a simplicidade. Quando a reencontrei, a partir de um livro do Drummond, percebi que tudo o que eu queria dizer no palco estava ali”, lembra Raquel.

Pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, Cora Coralina (1889 – 1985) é considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras. Nascida na cidade de Goiás, ela viveu mais de quatro décadas em São Paulo. Apesar de escrever seus versos desde a adolescência, ganhava a vida como doceira, e seu primeiro livro só foi publicado em junho de 1965, quando tinha quase 76 anos de idade. Escreveu sobre os lugares onde viveu, as pessoas com as quais se relacionou e a natureza que observava.

“Quando Raquel me convidou para dirigir “Cora”, meu coração se encheu de alegria. Há anos, uma das célebres frases da poeta conduz o meu comportamento artístico e profissional: ‘Todo trabalho é digno de ser bem-feito.’ E esta mesma frase também orienta o que espero e procuro oferecer às pessoas. Como bem disse Carlos Drummond de Andrade: ‘Na estrada que é Cora Coralina passam o Brasil Velho e o atual, passam as crianças e os miseráveis de hoje. O verso é simples, mas abrange a realidade vária’”, celebra o diretor Isaac Bernat.

A dramaturgia reúne passagens de sua vida e diversos poemas retirados dos livros “Vintém de cobre – meias confissões de Aninha”; “Meu Livro de Cordel”; “Villa Boa de Goyaz”; e “Poemas dos becos de Goiás e estórias mais”. “A partir de um recorte sensível de obras feito pela Raquel e com a toada poética de Cora, busquei nessa abordagem teatral uma geografia de sensibilidade e memórias, uma paisagem sonora que a atriz observa e traduz a partir do simbólico quarto de escrita, mesclada aos seus fazeres de doçura”, explica o autor Leonardo Simões.

Ao longo da encenação, aparecem algumas músicas populares, unindo vozes femininas de cantoras-atrizes do cenário teatral brasileiro: Aline Peixoto, Chiara Santoro, Clara Santhana, Cyda Moreno e Soraya Ravenle. Em “Cora do Rio Vermelho” (o título se refere ao rio que banha Goiás), a atriz se torna uma contadora de histórias atravessada pelo amor e pela entrega que Cora dedicou a sua tradição e a sua gente.

Ficha Técnica
Idealização e atuação: Raquel Penner
Direção: Isaac Bernat
Dramaturgia: Leonardo Simões
Produção executiva: Clarissa Menezes
Cenografia, Figurino e Produção de objetos: Dani Vidal e Ney Madeira – Ney Madeira Produções Artísticas
Cenotécnico: André Salles
Tingimento, Bordado e Tratamento de objeto: Dani Vidal e Ney Madeira
Costureira: Aureci da Cunha Rocha
Costureira de cenário: Alessandra Valle
Pintura de arte: Paulo Campos
Carpinteiro: Paulo Sá
Montagem de cenário e luz: Wellington Fox
Iluminação: Ana Luzia de Simoni
Montagem e operação de luz: Bruno Henrique Caverninha
Direção Musical e Trilha Sonora: Aline Peixoto
Percussão: Fabiano Salek
Vozes: Aline Peixoto, Chiara Santoro, Clara Santhana, Cyda Moreno e Soraya Ravenle
Operação de som: Rafa Barcelos
Músicas:
“Aponte” (Lan Lanh/Nanda Costa/ Sambê)
“Maria, Maria” (Milton Nascimento)
“Simplicidade” (Jaime Alem)
Visagismo: Mona Magalhães
Direção de movimento: Luiza Vieira (cenas “Mãos” e “Todas as vidas dentro de mim”)
Fotografias e Designer gráfico: Bianca Oliveira – Estúdio da Bica
Mídias sociais e Planejamento de divulgação: Bianca Carril
Filmagem: Ricardo Lyra Jr.
Assessoria de Imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)
Realização: Núcleo de Ensino e Pesquisa de Artes Cênicas – NEPAC

Serviço
Datas: 16, 17 e 18 de junho
Teatro do Centro Cultural Justiça Federal, Centro
Endereço: AV. Rio Branco. 241 – Centro – Rio de Janeiro.
Horário: 19h.
Ingressos: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada)
Duração: 55 minutos
Lotação: 127 lugares
Link para ingressos:
https://bit.ly/CCJF16JUN
https://bit.ly/CCJF17JUN
https://bit.ly/CCJF18JUN
Classificação Etária: 12 anos
Redes: Instagram: @coradoriovermelho

Releitura gay do clássico “Dom Casmurro chega aos palcos cariocas

Apoiado na teoria em que Bentinho se apaixona por Escobar, “O Seminarista” cumpre curtíssima temporada no Teatro Candido Mendes, em Ipanema.

O Seminarista

O Seminarista – Foto de Bianca de Oliveira

Qual brasileiro nunca ouviu a pergunta: Capitu traiu ou não traiu? O livro publicado em 1899 por Machado de Assis, gera questionamentos e discussões até os dias atuais. Temas como violência doméstica e a opressão das mulheres pela sociedade são recorrentemente revisitados a partir do clássico romance. Porém o livro deixa diversas brechas para que outro assunto seja tratado: o amor entre dois homens.

“Machado de Assis foi tão genial que deixou muitos nós desatados em Dom Casmurro para que o leitor, a partir de suas vivências, pudesse apertá-los e tirar suas próprias conclusões. Dentro de uma única história é possível levantar questões sobre racismo, violência contra mulher, diversidade sexual, entre tantos outros. Eu, sendo um homem gay, li um livro completamente diferente do que provavelmente um homem hétero leu. E é justamente a história que eu li que eu resolvi contar nessa peça.” – afirma Cleto Araújo, autor, diretor e ator.

Inspirado no clássico “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, o espetáculo se apoia no trecho do livro em que o protagonista, Bento Santiago, se encontra preso no seminário por conta de uma promessa feita por sua mãe. O que ele mais almeja é dar adeus à vida de padre e poder voltar para os braços de sua amada Capitu. Mas tudo muda de sentido quando o jovem seminarista cria laços mais profundos com seu colega de quarto, Escobar. Teriam os dois seminaristas se apaixonado? O triângulo amoroso mais famoso da literatura nacional ganha novas camadas nesta peça escrita por Cleto Araújo. Através de um recorte do livro que marcou a literatura nacional, temas como sexualidade e gênero se sobressaem e levam o público à novas possibilidades e interpretações.

O espetáculo apresenta cenas clássicas como, por exemplo, o primeiro beijo em Capitu, por outra ótica e revela segredos escondidos nas entrelinhas do texto original. A peça promete deixar o público reflexivo e entregar novos fundamentos para apoiar ou bagunçar ainda mais as teorias do maior questionamento literário de todos os tempos.

Ficha Técnica
Texto e Direção: Cleto Araújo
Elenco: Cleto Araújo, Rodrigo Gil e Sofia Monti
Realização e Produção: Acorde Produções Artísticas
Assistente de Produção: Tiago Verissimo
Iluminação: Bru Trindade
Figurino: Renan Guedes
Cenografia: Tiago Verissimo
Mídias Sociais: Yasmim Almeida
Fotos: Bianca Oliveira

Serviço
O Seminarista
16, 23 e 30 de junho – sextas às 22h
Teatro Candido Mendes
R. Joana Angélica, 63 – Ipanema. (próximo ao metrô Nossa Senhora da Paz)
Inteira: R$50,00
Meia: R$25,00
Vendas pelo Sympla ou na bilheteria do teatro.
Instagram: @acordeproducoes

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