Confusão histórica de forma bem humorada

por Waleria de Carvalho
Foto: Delmiro Junior

História, estória e até “istória”. É uma confusão de palavras digamos assim. Afinal, nossa língua portuguesa é bem difícil e muita gente se enrola na hora de escrever.  Talvez, na forma oral, seja mais fácil porque às vezes falar é mais conveniente do que calar. Será mesmo? E o que dizer da confusão histórica que o mundo apresenta ao longo dos séculos? Só sendo muito esperto para entender ou até cético. Mas o melhor é deixar para lá, pois como reza o velho ditado “a ignorância pode ser uma bênção”. Há controvérsias. Aliás, sempre há controvérsias. Em relação à história do mundo e à brasileira, então…

A verdade é que desde que o mundo surgiu, o atropelo de acontecimentos nos leva a crer que houve uma grande evolução (??). Ao mesmo tempo têm coisas que o tempo não conseguiu levar como a corrupção e o poderio dos mais abastados. O pobre, coitado, sempre mais pobre e porque não dizer miserável independente da época em que nasceu. Em tempos pandêmicos a situação ficou ainda pior.

A História é uma Istória, comédia histórico-histérica, de Millôr Fernandes e direção de Ernesto Piccolo, faz uma crítica divertida aos períodos por qual a humanidade passa. De forma bem humorada e com muita criatividade nos figurinos e iluminação que chama a atenção, os três atores Paula Barros, Bruno Suzano e Bruno Ahmed conseguem transmitir ao público a linha do tempo desde os primórdios até os dias atuais. E a constatação não é muita boa: tudo do mesmo.

Para Bruno Suzano, que acumula várias peças, filmes e novelas no currículo, fazer teatro é e sempre será um ato político. “E se tratando de um texto de Millôr Fernandes, que traz consigo um humor refinado, inteligente e provocativo, nesse caso são dois atos políticos”.

Para Paula Barros, atriz e diretora de produção, o riso é preciso. “Para mim, a vida não acontece sem humor, nos bons e maus momentos. O humor é instrumento para toda obra. É uma ferramenta que cria a graça, o riso, mas também nos faz pensar ‘’. 

Já Bruno Ahmed vê com bons olhos se apresentar num teatro da Zona Norte, ainda mais com uma peça de Millor, nascido no Méier. “É muito importante estar num teatro da Zona Norte. Como morador de Méier, um dos meus maiores objetivos é democratizar o acesso à cultura e fomentar a produção cultural do subúrbio carioca. Melhor ainda é fazer isso com uma peça escrita por um autor também nascido na Zona Norte’’.

O espetáculo pode ser visto até 29 de maio, no Teatro II do Sesc, na Tijuca Zona Norte do Rio de Janeiro. No sábado às 19h, e domingo às 18h. Valores: R$30 (inteira), R$15 (meia-entrada). Vale conferir!!

Os Ciclomáticos em “Tudo faz sentido, mas  é mera coincidência”

Os Ciclomáticos

Os Ciclomáticos – Foto: Igor Mattos

Traçando um paralelo com o conceito da hermenêutica imaginal do filósofo Henry Corbin, que pressupõe não a “realidade”, mas a “realidade para mim”, Os Ciclomáticos Companhia de Teatro fazem temporada de 02 a 24 de junho às 20h no Espaço Cultural Sérgio Porto com seu novo espetáculo, “TUDO FAZ SENTIDO, MAS É MERA COINCIDÊNCIA”. O espetáculo tem patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura, através do projeto “Os Ciclomáticos – 25 anos de Teatro Suburbano”, contemplado no edital FOCA 2021.

O texto inédito da companhia aborda a conexão virtual e seu impacto na sociedade apresentando uma família supostamente feliz que vai se desfazendo aos poucos, questionando através das vivências com as redes sociais, as fake news e o cyberbullyng, dentre outros aspectos digitais, como conviver com a internet sem que ela seja o mote de condução da vida. Com dramaturgia de Fabiola Rodrigues e Ribamar Ribeiro, que também assina a direção, a peça vem ao encontro da celebração pelos 25 anos da companhia.

“Abordamos a contradição que é ver personagens conectados o tempo inteiro nas redes sociais e com a mídia, mas com as relações interpessoais se desfazendo. Então, falamos da existência da incomunicabilidade e desta excessiva narrativa narcisista do eu, onde temos que fazer com que tudo seja postado e visualizado o tempo todo. Esta é a reflexão do espetáculo, que coloca o dedo na ferida das consequências que este excesso de exposição e julgamento virtual pode trazer a curto e longo prazo. Que mundo queremos? Claro que queremos nos comunicar, mas será que não estamos sendo engolidos por esta tecnologia e esta falsa sensação de comunicação e globalização?”, provoca Ribamar, diretor artístico e fundador da companhia.

A escolha do texto busca provocar o jovem de hoje – mas não apenas ele – através do teatro contemporâneo, a performance e a interatividade. “A montagem deste texto traz a pulsação da companhia, que é buscar novas pesquisas e perspectivas artísticas, novos horizontes. O texto trata disso, de como estamos impregnados pela tecnologia e como podemos lidar com ela de forma saudável. O público pode esperar um espetáculo surpreendente. A companhia fechou a sua Trilogia do Feminino, a Trilogia da Brasilidade e estamos abrindo esta nova pesquisa que pode vir a ser A Trilogia da Tecnologia performática. Certamente, é um espetáculo muito diferente em nossa trajetória, isso é!”, promete o diretor.

Como parte do projeto “Os Ciclomáticos – 25 anos de Teatro Suburbano”, a companhia realizou em seu Espaço das Artes, no Centro, uma mostra com quatro peças de seu repertório. A celebração segue, agora, com a nova montagem. “Posso afirmar que somos um case de sucesso. Uma companhia que nasceu nas ruas de Bonsucesso, fazendo pedágio artístico para montar seus espetáculos, hoje é uma companhia reconhecida nacionalmente e internacionalmente, com mais de 200 prêmios teatrais, com apresentações na Europa e América Latina, com temporadas em teatros cariocas de grande sucesso de público e crítica, composta pelos mesmos integrantes e com diversos projetos na área educacional e artística em andamento. Enfim, nós sabemos que fazer teatro no Brasil é um ato de resistência e acredito que essa seja a nossa missão: levar arte para todos, principalmente para as periferias e rincões brasileiros. Esta é a nossa missão!”, finaliza Ribamar.

SERVIÇO:

“TUDO FAZ SENTIDO, MAS É MERA COINCIDÊNCIA

  • Temporada: 02 a 24 de junho
  • Horário: Quartas, Quintas e Sextas – 20h
  • Local: Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto
  • Rua Humaitá, 163 – Humaitá – Rio de Janeiro
  •  R$ 30 (inteira) / R$ 15 (meia-entrada)
  • Duração: 70 minutos
  • Gênero: Tragicomédia Contemporânea Tecnológica
  • Classificação: 12 anos

Mostra Internacional de Teatro de São Paulo volta com programação presencial

Uncanny Valley

Uncanny Valley – Foto: Foto: Gabriela Neeb

Entre os dias 2 e 12 de junho, a oitava edição da MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo retoma sua programação presencial (em 2021, todas as atividades aconteceram de forma on-line) com três montagens internacionais, sete espetáculos nacionais, três estreias nacionais e uma internacional e uma ampla grade de oficinas, debates e conversas ao longo dos dez dias de atividades. A abertura será no teatro do Sesc Pinheiros, com o espetáculo Estádio (Stadium), com texto de Mohamed El Khatib e concepção de Mohamed El Khatib e Fred Hocké.

A oitava edição da MITsp tem apresentação do Ministério do Turismo, Itaú, Sabesp e Secretaria Municipal de Cultura, realização da Olhares Instituto Cultural, ECUM Central de Produção, Itaú Cultural, Sesc SP, Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Secretaria Especial da Cultura – Ministério do Turismo e correalização do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, Goethe-Institut São Paulo, Consulado Geral da França em São Paulo e Instituto Italiano de Cultura de São Paulo.

Esta edição marca a retomada da MITsp no formato presencial, ainda que reduzida. “Uma vontade de estar vivos, pulsando, atuantes”, diz Antonio Araujo, diretor artístico e parceiro de Guilherme Marques, diretor geral de produção, ambos idealizadores da Mostra. “Estamos felizes com a retomada da MITsp, com trabalhos presenciais, embora esta seja uma edição mais concisa, nos limites do que foi possível trazer em um tempo pós-pandemia. Mas são espetáculos que seguem a ideia primeira da Mostra de trabalhos com radicalidade no ‘pensar a cena’”, diz Antonio Araujo. Em 2022, o evento mantém as programações de seus quatro principais eixos: Mostra de Espetáculos, Ações Pedagógicas, Olhares Críticos e MITbr – Plataforma Brasil.

Mostra de Espetáculos – Entre os espetáculos internacionais, Estádio (Stadium), com concepção dos franceses Mohamed El Khatib (ele esteve na MITsp em 2019 com o solo Partir com Beleza) e Fred Hocké aproxima em cena a emoção de um estádio de futebol e a do teatro; a montagem põe o espectador de teatro frente a frente com o dos estádios, colocando em questão o que é uma audiência e o que diferencia, além da roupa, os dois públicos.

O Martelo e a Foice (Le Marteau et La Faucille), adaptação do conto homônimo do americano Don DeLillo e dirigido por um dos expoentes da cena contemporânea de seu país, o também francês Julien Gosselin, escancara os excessos do capitalismo com um personagem aprisionado no que parece ser um local para crimes de colarinho branco, repleto de banqueiros e negociantes de arte que se apropriaram indevidamente de fortunas.

As três estreias nacionais mostram a pesquisa de expoentes da cena artística brasileira: História do Olho – Um Conto de Fadas Pornô Noir, de Janaina Leite; Antes do Tempo Existir, de Andreia Duarte e Um Jardim Para Educar as Bestas, de Eduardo Okamoto. O diretor argentino Lisandro Rodríguez e o dramaturgo brasileiro Alexandre Dal Farra estão juntos na estreia internacional Tragédia e Perspectiva I – O Prazer de Não Estar de Acordo, com produção da MITsp.

MITbr – Plataforma Brasil – Criada em 2018 como um programa de internacionalização das artes cênicas brasileiras, a MITbr tem, em 2022, curadoria de Jane Schoninger e Jorge Alencar. Ambos selecionaram sete grupos e artistas de vários estados brasileiros para se apresentarem ao público com a presença de programadores de festivais nacionais e internacionais. Os selecionados são Ancés, Tieta Macau (CE); Despacho Coletivo, de Jaqueline Elesbão/Coletivo Pico Preto (BA); E.L.A, de Jéssica Teixeira (CE); Eles Fazem Dança Contemporânea, de Leandro Souza (SP); Fortaleza, de Fauller/Cia. Dita (CE); Há Mais Futuro que Passado – Um Documentário de Ficção, de Complexo Duplo (RJ) e Trava Bruta, de Leonarda Glück (PR).

Nas Ações Pedagógicas, a curadoria de Dodi Leal trouxe como tema Afetossíntese: as atividades reunidas colocam a força afetiva da elaboração cênico-performativa no sentido de gerar vigor nutritivo nas relações existenciais-sociais. Entre os destaques, estão os eventos: A Encontra da Pedagogia da Teatra, com conversas, shows e debates; oficinas e um Laboratório da Pedagogia da Performance.

Os Olhares Críticos, este ano com curadoria de Julia Guimarães e José Fernando Peixoto de Azevedo, propõem discussões sobre as artes cênicas e a contemporaneidade a partir da realização de conversas com pensadores e pesquisadores de diferentes áreas, além da publicação de críticas, artigos e entrevistas. A programação conta com as Reflexões Estético-Políticas, Pensamento-em-Processo, Diálogos Transversais, Prática da Crítica, Cartografia, entre outros.

As apresentações – mais de 30 obras em processo, no total – têm companhias e trabalhos como A Morte da Estrela, da Cia Livre, Carangueja, de Fernanda Silva e Teresa Seiblitz, Erupção – O Levante ainda não terminou, da ColetivA Ocupação, JORGE pra sempre VERÃO, de Aline Mohamad, Diego Mesquita e Rodrigo França, Terminal – O Ensaio de um Processo, de Yara de Novaes, Kelzy Ecard e Gustavo Vaz e Tremores, de Leticia Sekito.

Os processos cênicos serão apresentados no período de 6 a 12 de junho, na Oficina Cultural Oswald de Andrade (Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro, São Paulo), gratuitamente. A programação completa está disponível em www.faroffa.com.br.

Mostra de Espetáculos 

Estádio (Stadium – 2017) | Mohamed El Khatib | França
Duração: 110 min | Recomendação: 10 anos|
Local: Teatro Sesc Pinheiros (Rua Pais Leme, 195 – Pinheiros, São Paulo – SP)
Datas: 02, 03 e 04/06 – quinta, às 20h, sexta e sábado, às 21h

O Martelo e a Foice (Le Marteau et la Faucille – 2019)| Julien Gosselin | França
Duração: 60 min | Recomendação: 14 anos
Local: Teatro Paulo Eiró (Av. Adolfo Pinheiro, 765 – Santo Amaro, São Paulo – SP)
Datas: 03, 04 e 05/06 – sexta e sábado, às 21h e domingo, às 20h

Vale da Estranheza (Uncanny Valley – 2019) | Rimini Protokoll | Alemanha
Duração: 60 minutos | Recomendação: livre
Local: Sesc Belenzinho (R. Padre Adelino, 1000 – Belenzinho, São Paulo – SP)
Datas: 08, 09, 10 e 11/06 – quarta e quinta, às 21h e sexta e sábado, às 17h e às 21h

História do Olho – Um Conto de Fadas Pornô-noir (2022) | Janaina Leite | Brasil
Duração: 180 min. – com intervalo | Recomendação: 18 anos
Local: Teatro Paulo Eiró (Av. Adolfo Pinheiro, 765 – Santo Amaro, São Paulo – SP)
Datas: 10 a 12/06 – Sexta e sábado, às 20h e domingo, às 18h

Antes do Tempo Existir (2022) | Andreia Duarte e Denilson Baniwa, Kenia Dias, Lilly Baniwa e Ricardo Alves Jr. | Brasil
Duração: 80 min. | Recomendação: livre
Local: Teatro Cacilda Becker (R. Tito, 295 – Lapa, São Paulo – SP)
Datas: 10 a 12/06 – Sexta, às 18h e sábado e domingo, às 21h

Um Jardim para Educar as Bestas (2022) | Uma criação de Eduardo Okamoto, Isa Kopelman, Marcelo Onofri e Daniele Sampaio | Brasil
Duração: 55 min. | Recomendação: 12 anos
Local: Biblioteca Mário de Andrade (R. da Consolação, 94 – República, São Paulo – SP)
Datas: 04, 05, 11 e 12/06 – sábado e domingo, às 17h

Tragédia e Perspectiva I – O Prazer de Não Estar de Acordo (2022) | Alexandre Dal Farra, Lisandro Rodríguez | Argentina, Brasil
Duração: 85 min. | Recomendação: 16 anos
Local: Galpão do Folias (R. Ana Cintra, 213 – Santa Cecília, São Paulo – SP)
Datas: 06 a 12/06 – Segunda a domingo, às 20h

Terra de Matadouros em Santo Amaro

Terra de Matadouro

Terra de Matadouro – Foto: Fabio Resende

Com uma crítica ao sistema capitalista em ruínas, o espetáculo Terra de Matadouros, da Brava Companhia será apresentado no Centro Cultural Santo Amaro, nos dias 12, 18 e 25 de junho e 1º, 2 e 3 de julho. A peça, dirigida e adaptada por Fábio Resende é livremente inspirada no texto Santa Joana dos Matadouros, do dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898-1956).

Em cena, Ademir de Almeida, Elis Martins, José Adeir, Márcio Rodrigues, Max Raimundo e Paula da Pazse revezam na interpretação de dezenas de personagens, na operação técnica e na execução de músicas originais, que são tocadas e cantadas ao vivo. A peça é estruturada sem coxias, ou seja, todo o jogo cênico acontece aos olhos do público.

A partir do enredo original da peça, escrita em 1931, o espetáculo evidencia a crise provocada pela superprodução do mercado de carne em Chicago, nos Estados Unidos, dos anos de 1930. Em cena, aparecem duas tramas: de um lado está o grande industrial da carne enlatada Pedro Paulo Borraca, que cria artimanhas nefastas para continuar lucrando diante do fiasco financeiro.

Do outro, está a ingênua Joana Dark, a líder do grupo religioso Exército dos Boinas Pretas, que luta para diminuir o sofrimento dos desempregados e desalentados. E o destino dessa personagem não poderia deixar de ser trágico, depois que ela é renegada tanto por seu grupo religioso – que se alia aos industriais em troca de apoio ideológico – quanto pelos trabalhadores – que se veem traídos pela pretensa heroína.

Além dessas duas histórias, a peça mostra a organização dos capitalistas diante da desorganização da classe trabalhadora. Ainda aparecem o Partido Comunista, retratado como um vestígio dessa desarticulação operária; o Estado, responsável pela repressão armada aos rebeldes; e a imprensa, a porta-voz política do capital.

Segundo o diretor Fábio Resende, a Brava Companhia começou a flertar com a ideia de adaptar Santa Joana dos Matadouros entre 2017 e 2018. “Ao lermos a peça, evidenciamos a atualidade dela, principalmente no que se refere às formas mais avançadas de extração de mais valia, ou seja, o capital organizado pautando uma pretensa organização social extremamente violenta no que diz respeito à supressão de direitos e imposição da precariedade do mundo de trabalho”, conta.

A montagem pretende criar uma aproximação entre a situação apresentada pelo texto de Brecht e o contexto atual do Brasil, considerado um dos maiores produtores de carne do mundo. “Estudamos muito o avanço do capitalismo financeiro no Brasil e no mundo e os instrumentos ideológicos de enfraquecimento do Estado frente ao rentismo. Apesar de se passar entre o final dos anos 1920 e o início dos anos 1930, o processo é bem parecido ao que ainda vivemos no país, cujo processo capitalista é, em alguns aspectos, tardio”, acrescenta o encenador.

Além do texto de Brecht, o grupo pesquisou obras como Guerras Híbridas, de Andrew Korybko; Brasil- Capital Imperialismo, de Virginia Fontes; 17 Contradições e o Fim do Capitalismo, de David Harvey; e livros de Ricardo Antunes sobre o mundo do trabalho.

A cenografia de Márcio Rodrigues evidencia a diferença social entre os industriais e os trabalhadores: as cenas acontecem em cima de um grande palco suspenso, onde figuram os industriais da carne, e o chão, onde os trabalhadores são representados.

Criação: Brava Companhia. Texto original: Bertolt Brecht. Adaptação: Fábio Resende, com colaboração de Ademir de Almeida. Elenco: Ademir de Almeida, Elis Martins, José Adeir, Márcio Rodrigues, Max Raimundo e Paula da Paz. Direção: Fábio Resende. Direção de arte, criação e confecção de cenários, adereços e figurinos:Márcio Rodrigues Assessoria de arte e pintura do cenário: Peu Pereira Direção musical: Max Raimundo. Assessoria musical: Lucas Vansconcelos. Assessoria vocal: Gleiziane Pinheiro. Músicas originais e arranjos: Max Raimundo, Lucas Vasconcelos e Brava Companhia. Trilha sonora: Max Raimundo e Lucas Vansconcelos. Iluminação: Fábio Resende e Márcio Rodrigues. Arte gráfica: Ademir de Almeida e Bora Lá! Agência Popular de Comunicação e Marketing. Fotos: Fábio Resende e Jardiel Carvalho. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Produção: Kátia Alves.

TERRA DE MATADOUROS, COM A BRAVA COMPANHIA

Classificação: 12 anos
Duração: 105 minutos
Ingressos: grátis, são distribuídos uma hora antes de cada apresentação nos teatros. Nas apresentações na rua, basta chegar ao local no horário marcado.

Centro Cultural de Santo Amaro – Avenida João Dias, 822, Santo Amaro
Dias 12, 18, 19 e 25 de junho – Sábados às 20h e domingos às 18h.
Dias 1º, 2 e 3 de julho – Sexta e sábado às 20h e domingo às 18h.

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