Congresso Brasileiro da Cultura cumpre proposta de recuperar espaços de fala e debater o setor de forma plural

Para o presidente do evento, encontro serviu para que a sociedade olhe para o futuro com esperança, além de possibilitar a revitalização de propostas a fim de incentivar o crescimento do setor

por Redação

Nos dias 15 e 16 de dezembro, a Cidade do Rio de Janeiro foi palco da segunda edição do Congresso Brasileiro da Cultura, evento que discutiu as perspectivas do setor em 2023, levando em conta as propostas a serem sugeridas para os novos governos estaduais e federal. O encontro alcançou dimensão nacional ao reunir representantes de diversos estados brasileiros, como Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.

Pela primeira vez, produtores culturais, artistas, estudantes, empresas incentivadoras e representantes de secretarias de cultura puderam participar das palestras e dos debates no modelo presencial – o que não foi possível em 2020 por conta das restrições impostas pela pandemia. “O objetivo do Congresso foi facilitar a integração do setor, a criação de alianças e reconstruir o futuro das atividades culturais no país”, disse Tiago Ribeiro da Drum, empresa organizadora do evento .

“A cultura brasileira passou por um período desafiador nos últimos anos. Logo, com a recriação do Ministério da Cultura, ingressamos em um novo momento: de celebração e de vigilância. O encontro serviu para olharmos para o futuro com esperança e revitalizarmos nossas propostas a fim de incentivar o crescimento do setor”, afirma José Carlos Vieira Júnior, presidente do Congresso.

Segundo ele, o evento cumpriu seu papel de recuperar espaços de fala e de fomento à cultura de todo o Brasil ao contar com representantes de grande relevância para o segmento. “Um dos pontos altos do encontro foi verificar a participação ativa de pessoas que foram até lá para ouvir e se tornaram protagonistas em meio às discussões. Inclusive, a participação feminina foi majoritária, assim como de representantes indígenas e negros, o que nos enche de orgulho”, diz presidente do evento.

As mulheres estiveram presentes em maior número e na figura de autoridade, lugar que historicamente é mais ocupado por homens. “Ver a mulher desempenhar papéis importantes em nosso evento foi muito gratificante e reforça a mensagem que desejamos transmitir no que diz respeito à pluralidade de representações”, diz Anna Carolina Vieira da Drum. Mulheres como Rafaela Bastos, Ana Kariri, Walquiria Raizer e Renata Codagan estiveram presentes nos debates, inspirando mais transformações na sociedade.

Entre os temas abordados, o especialista destaca “A contribuição da cultura nos demais setores econômicos e sociais”; “Intercâmbio no investimento à cultura: oportunidades internacionais de diálogo com o Brasil” e “O papel das empresas no incentivo à cultura”, entre outros de grande relevância.

“Na segunda edição do Congresso Brasileiro da Cultura fomos induzidos a olhar para o futuro e para o novo momento da Cultura. Foi um momento de desabafo, mas também de recuperação dos espaços de fala, que foram soterrados nos últimos anos. Ao longo do evento, levamos ao público a ideia de que precisamos nos unir em nível nacional para defender a Cultura e sua importância. Agora, é essencial nos fazermos ouvir, acompanhar o que está ocorrendo e cobrar das autoridades iniciativas que fomentem o setor”, revela Vieira Júnior.

O presidente acredita que o congresso representou o primeiro passo para a retomada da valorização das atividades culturais e para o reconhecimento de sua importância. “Nossa expectativa foi ajudar a construir um novo rumo para o setor, enfatizando a necessidade de reorganização como segmento econômico e priorizando o investimento dentro do conceito ‘indústria da cultura’, de forma a viabilizar sua exportação”, conclui ele.

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