Elis, A Musical festeja uma década no Teatro Riachuelo

por Waleria de Carvalho
Elis, A Musical

Depois de uma curta temporada de sucesso em São Paulo, o premiado espetáculo “Elis, A Musical”, uma produção da Aventura, volta ao Rio de Janeiro em uma edição especial comemorativa de 10 anos. As apresentações acontecem entre os dias 10 de novembro e 10 de dezembro no Teatro Riachuelo Rio, no Centro do Rio de Janeiro. Com novidades no elenco, figurino e cenografia, o musical promete emocionar, mais uma vez, os espectadores, recriando os momentos mais marcantes da carreira e trajetória pessoal da cantora gaúcha.

No papel de Elis Regina, está a atriz Laila Garin, que viveu a estrela na primeira apresentação da peça em 2013, e Lilian Menezes, que se reveza na interpretação da Pimentinha (como Elis era conhecida). O ator paulistano Flávio Tolezani vive, pela primeira vez, Ronaldo Bôscoli; Fernando Rubro também estreia como Jair Rodrigues (papel que foi de Ícaro Silva em 2013) e Santiago Villalba é Tom Jobim. Cláudio Lins volta a interpretar César Camargo Mariano, segundo marido de Elis e pai da cantora Maria Rita e Pedro Mariano. O texto de Nelson Motta e Patrícia Andrade conta novamente com a direção de Dennis Carvalho, que fez sua estreia no teatro com o aclamado espetáculo.

Dentre as premiações que consagraram o espetáculo, Elis, A Musical recebeu os prêmios de Melhor Espetáculo (Prêmio Reverência), Melhor Direção Musical (Prêmio Cesgranrio), Melhor Produção (Prêmio APTR), Melhor Coreografia e Cenografia (Prêmio Bibi Ferreira) e Melhor Figurino (Prêmio Cenym). A atriz Laila Garin foi reconhecida como Melhor Atriz (prêmios Shell, Bibi Ferreira, Reverência, APCA, QUEM, Cesgranrio e Botequim Cultural).

Serviço

  • Temporada: 10 de novembro a 10 de dezembro de 2023
  • Teatro Riachuelo Rio – Rua do Passeio, 40, Centro, Rio de Janeiro
  • Horários: Quinta às 20h, Sexta às 20h30, Sábado às 16h e 20h, Domingo às 18h.
  • Duração: 2h15 minutos (15 minutos de intervalo)
  • Ingressos pela Plataforma Sympla: Link

Ficha Técnica

Elenco: Laila Garin, Lilian Menezes (que alterna no papel de Elis), Flavio Tolezani (Ronaldo Boscoli), Cláudio Lins (Cesar Camargo Mariano), Santiago Villalba (Tom Jobim e Luiz Carlos Miele), Fernando Rubro (Jair Rodrigues), Leandro Melo (Lennie Dale), Chris Penna (Seu Romeu), Pablo Áscoli (Henfil), Isaac Belfort (Marcos Lázaro), Aurora Dias (Dona Ercy), Fabricio Negri (Pierre Barouh), Bruno Ospedal (Nelson Motta), Joyce Cosmo (personagens femininos) e Adê Lima (personagens masculinos).

  • Direção: Dennis Carvalho
  • Texto: Nelson Motta e Patrícia Andrade
  • Diretor Associado: Guilherme Logullo
  • Direção Musical e arranjos originais: Delia Ficher
  • Direção Musical: Claudia Elizeu
  • Direção de movimento e coreografia: Alonso Barros
  • Cenografia: Marieta Spada
  • Figurino: Marilia Carneiro
  • Visagismo: Beto Carramanhos
  • Desenho de Luz: Feliciano Mafra
  • Desenho de som: Gabriel D’angelo e Joyce Santiago
  • Direção de Produção: Bianca Caruso
  • Direção artística e produção geral: Aniela Jordan
  • Direção de negócios e marketing: Luiz Calainho
  • Assistente de direção e Diretora Residente: Mariana Constantini
  • Assistente de Direção Musical e Arranjos Adicionais: Érica de Paula
  • Assistente de Coreografia: Patricia Athayde
  • Assistente de cenografia: Guilherme Reis
  • Assistente de figurino: Layse Medeiros
  • Produção de Elenco: Giselle Lima

Sobre a Aventura

Fundada em 2008, a Aventura é referência na produção de espetáculos de altíssima qualidade, que tornou o mercado de teatro musical um dos principais segmentos da economia criativa no Brasil. A empresa se estabeleceu como uma grande aliada da multiplicidade artística, fundamental para o desenvolvimento social, econômico e cultural. A sua missão é transformar grandes ideias em realidade, criando fortes conexões entre marcas e projetos. São mais de 40 produções, de espetáculos inéditos e de versões da Broadway, como “Elis, a musical”, “A Noviça Rebelde”, “Sete”, “O Mágico de Oz”, “SamBRA”, “Chacrinha, o musical”, “Romeu & Julieta, ao som de Marisa Monte”, “Merlin e Arthur, um sonho de liberdade” e o infantil “Zaquim”. Ao todo, foram mais de 3,8 mil apresentações e cerca de 4,5 milhões de espectadores.

Inquieto Coração – Espetáculo-solo inspirado em obras de Santo Agostinho completa 15 anos

Inquieto Coração

Inquieto Coração – Foto de Fábio Guimarães

A partir de 07 de novembro o público poderá se (re)encontrar com um dos grandessucessos  da cena teatral carioca dos últimos anos, o solo “Inquieto Coração”, de Eduardo Rieche, agora rebatizado “Inquieto Coração – 15 anos”. Esta edição comemorativa da peça fecha o ano de 2023 do Teatro Poeira.

Com direção de Henrique Tavares e texto e atuação de Rieche, a peça joga luz sobre o lado humano de Santo Agostinho (354 d.C.-430 d.C) e todas as questões que moveram seu inquieto coração na direção do autoconhecimento e do conhecimento do mundo intangível da espiritualidade.

As perguntas e provocações daquele pensador do século IV ainda soam atuais, muitas delas sem resposta – a tentativa de compreensão do tempo, do envelhecer, dos desejos, das autovigilâncias, da verdade, da correlação entre o sagrado e o profano, da alegria de viver.

As suas concepções sobre as relações entre a fé e a razão, o corpo e a alma, dominaram toda a Idade Média. É considerado um Doutor da Igreja, tendo produzido uma obra que dialoga tanto com a filosofia grega quanto com correntes filosóficas contemporâneas. Deixou mais de 12.000 páginas impressas, sendo 313 livros, 247 cartas e mais de 500 sermões, que chegaram até os nossos dias, exercendo grande influência em várias áreas do conhecimento.

A peça promove um encontro inédito entre os escritos de Agostinho, este primeiro homem “moderno”, e o homem atual. “Santo Agostinho está mais próximo de nós do que imaginamos: no nosso modo de pensar a relação entre razão e fé, ação e contemplação, amor e sexo”, afirma o diretor Henrique Tavares.

A dramaturgia de Eduardo Rieche foi construída a partir da adaptação de algumas cartas e sermões de Santo Agostinho, além de quatro de suas principais obras – “Confissões”, “A Cidade de Deus”, “A Trindade” e “Solilóquios”. “Agostinho vai muito além da figura religiosa. Sua obra foi e continua sendo determinante para a construção do pensamento ocidental. Era um escritor intenso, que deixou mais de mil publicações, entre livros, sermões, textos filosóficos e doutrinais”, explica o autor e ator.

Também formado em Psicologia, Rieche teve seu primeiro contato com a obra de Santo Agostinho na faculdade, através da autobiografia “Confissões”. “Uma autobiografia pressupõe os conceitos de eu, sujeito e personalidade, que ainda não existiam no século IV. As obras de Santo Agostinho trazem questões extremamente contemporâneas sobre diversos assuntos, questões que muitos autores exploraram posteriormente, sob diversas vertentes”, acrescenta.

“No discurso do tempo, não há um espaço definido em que o futuro se transforme em passado, pois é enquanto se vive que o presente vai lançando o futuro para o passado, e o passado cresce com a diminuição do futuro, até que, esgotado o futuro, não haja mais que passado. Mas o futuro, que ainda não existe, como pode diminuir ou consumir-se? E o passado, que já não existe mais, como pode aumentar?”

A MONTAGEM

O cenário de Doris Rollemberg contrapõe texturas rústicas que remetem a um passado secular a objetos modernos como cubos transparentes de acrílico que contém elementos simbólicos da natureza. No piso, uma rosa-dos-ventos estilizada sugere o longo e complexo caminho do santo em sua procura de Deus. Em diálogo com o cenário, o figurino de Mauro Leite envolve o ator em vestes que remetem tanto aos trajes religiosos quanto aos de um peregrino. A luz de Renato Machado ampara visualmente as reflexões e dúvidas do santo.

FICHA TÉCNICA

  • Dramaturgia e Atuação: Eduardo Rieche
  • Direção: Henrique Tavares
  • Cenário: Doris Rollemberg
  • Figurino: Mauro Leite
  • Iluminação: Renato Machado
  • Projeto Gráfico: Batman Zavareze
  • Trilha Sonora: Eduardo Rieche e Henrique Tavares
  • Fotos: Almir Reis
  • Administração: Dulce Penna
  • Cenotécnico: Renato Silva
  • Chefe de Palco: Sabrina do Amaral André
  • Confecção de Figurino: Jorge Luiz Pereira
  • Gestão de Mídias Sociais: Top Na Mídia Comunicação
  • Operação de Luz: Walace Furtado
  • Operação de Som: Marcelo Stu
  • Idealização e Produção: Eduardo Rieche
  • Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany

SERVIÇO

  • ESTREIA: dia 07 de novembro (3af), às 20h
  • ONDE: Teatro Poeira
  • Rua São João Batista, 104, Botafogo / RJ Tel: (21) 2537-8053
  • HORÁRIOS: 3a e 4a às 20h / INGRESSOS: R$60 e R$30 (meia) / VENDAS:
  • https://bileto.sympla.com.br/event/87463/ e na bilheteria do teatro de 3a a sab das 15h às 20h e dom das
  • 15h às 19h / CLASSIFICAÇÃO: 12 anos / DURAÇÃO: 55 min / CAPACIDADE: 171 espectadores /
  • ACESSIBILIDADE: sim / GÊNERO: monólogo / TEMPORADA: até 13 de dezembro

Novas apresentações de ‘Agamemnon voltei do supermercado e dei uma surra no meu filho’ no Sesc Belenzinho

Consumo, descarte, abundância, miséria, descontrole climático e relações desumanizadas. Estas e outras questões estão presentes na montagem do texto do dramaturgo argentino Rodrigo García, dirigida por Soledad Yunge, que também assina a tradução.

Agamenon - fui ao mercado e dei uma surra no meu filho

Agamenon – fui ao mercado e dei uma surra no meu filho – Foto de Ana Helena Lima

Idealizada pela Cia. Arthur-Arnaldo, o espetáculo AGAMEMNON Voltei do supermercado e dei uma surra no meu filho (2004), do dramaturgo argentino radicado na Espanha Rodrigo García, faz novas apresentações – e gratuitas – em novembro em dois locais, no Sesc Belenzinho e no Teatro Paulo Eiró (confira a programação abaixo).

Na trama, um homem volta frustrado do supermercado, dá uma surra na sua família e resolve levá-la para jantar fora. No cardápio, asinhas de frango frito dividem espaço com doses de tragédia e esperança.

Ele precisa lidar com um problema que parece estranho a uma sociedade com tantas opções de serviços, produtos e marcas: essa abundância, na verdade, gera descarte, miséria, descontrole climático e relações desumanizadas.

“Ele surta porque se vê aprisionado num sistema do qual não consegue sair”, afirma a diretora Soledad Yunge, que também assina a tradução do texto. Esse homem está imerso na permacrisis, termo utilizado para descrever um estado prolongado (ou permanente) de insegurança e instabilidade. Inclusive, esta foi escolhida a palavra do ano de 2022 pelo dicionário Collins. Em cena, o núcleo artístico do grupo:  Carú Lima, Júlia Novaes e Tuna Serzedello.

Uma sociedade de excessos

Para a Cia. Arthur-Arnaldo, o excesso de resíduos é a melhor maneira de representar visualmente essa sociedade adoecida, centrada no consumo. Por isso, o cenário concebido por Julia Reis e Lucas Bueno (estúdio lava) é todo composto por material reciclável. Uma das inspirações é o coletivo espanhol Basurama, que se dedica à investigação, criação e produção cultural/ ambiental a partir de elementos descartáveis.

Esse pensamento também estimulou as criações do figurinista Rogério Romualdo que propõe várias camadas de vestimentas, transmitindo para a plateia a ideia de acúmulo.

“O texto fala sobre um sistema de consumo e acumulação, e quisemos focar na questão do descarte como resultado desse sistema. Até porque, é um ciclo que não tem fim: quanto mais se consome, mais se descarta, a ponto de vermos absurdos, como as montanhas de roupas jogadas no Deserto do Atacama, o oceano de plástico e as constantes tragédias ”, comenta Soledad Yunge.

Em termos de linguagem, a montagem de AGAMEMNON Voltei do supermercado e dei uma surra no meu filho da Cia. Arthur-Arnaldo opta por um trabalho a partir da linguagem do bufão e uma diversidade de procedimentos de movimento.

“Rodrigo García é um artista que transita na linguagem  da performance, mas esse não é o território de pesquisa da companhia. Para mim, este espetáculo está dividido em três partes: no começo, o elenco é quase como um mesmo corpo. Pesquisamos a linguagem do bufão somada a preparação corporal de Ana Paula Lopez.  Em um segundo momento, o foco é a cumplicidade da relação dos intérpretes com a plateia. Por fim, a cena ganha outro tom, que joga com estereótipos de maneira mais precisa e coreografada”, detalha a diretora.

Um teatro jovem e combativo

Reconhecida por se dedicar ao teatro jovem, a Cia Arthur-Arnaldo decidiu enfrentar um desafio maior em AGAMEMNON Voltei do supermercado e dei uma surra no meu filho: continuar a pesquisa sobre o assunto pensando no que faz do teatro um tema de interesse para jovens.

No começo do processo, o coletivo se reuniu com jovens. “No encontro, disseram que uma peça jovem tem crítica social, sede de mover uma estrutura para transformar o mundo, fala do presente para refletir sobre o futuro, não trabalha com estereótipos da juventude e trata de questões ambientais. E ainda arremataram: as gerações mais velhas nos deixaram um mundo destruído para viver”, conta Tuna Serzedello.

Para o grupo, o texto de Rodrigo García reúne todos esses elementos. De acordo com Soledad, o autor provoca e mobiliza nossa mente e sentidos vertiginosamente, para nos acordar de um estado “corpo-máquina”.

A estreia dessa montagem é uma das ações previstas no projeto “Cia. Arthur-Arnaldo em obras – Jovens Inspirando”, contemplado pela 39ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo. Eu não sou só isso de Tuna Serzedello foi o segundo espetáculo deste projeto que encerrou sua temporada no mês de outubro/23.

FICHA TÉCNICA

  • Direção do espetáculo: Soledad Yunge
  • Preparação corporal: Ana Paula Lopez
  • Elenco: Carú Lima, Júlia Novaes e Tuna Serzedello
  • Texto:  Rodrigo García
  • Tradução: Soledad Yunge
  • Iluminação: Junior Docini
  • Músicas originais: Muepetmo 
  • Cenário: Julia Reis e Lucas Bueno (estúdio lava)
  • Figurinos: Rogério Romualdo
  • Programação visual: Tuna Serzedello
  • Direção de produção: Soledad Yunge
  • Assistente de produção: Carú Lima
  • Realização: Cia. Arthur- Arnaldo da Cooperativa Paulista de Teatro
  • Assessoria de Imprensa: Canal Aberto Comunicação | Márcia Marques


SERVIÇO:

AGAMEMNON Voltei do supermercado e dei uma surra no meu filho
Duração: 60 minutos | Classificação: 14 anos

Ingressos gratuitos

Sesc Belenzinho

Dia 8/11,  quarta, às 20h e dia 9/11, quinta, às 14h30

Endereço: Rua Padre Adelino, 1000, Belenzinho – São Paulo/ SP

Distribuição de ingressos: Retirada de ingressos com 1h de antecedência no local
Telefone: (11) 2076-9700
sescsp.org.br/Belenzinho

Teatro Paulo Eiró 

Dia 10 /11, sexta, às 14h e às 21h, dia 11/11, sábado, às 21h e dia 12/11, domingo, às 19h.

Endereço: Av. Adolfo Pinheiro, 765, Santo Amaro – São Paulo/ SP

Telefone: (11) 5546-0449

Distribuição de ingressos: retirar na bilheteria com 1h de antecedência

Depoimento emocionante de Os Três Sobreviventes de Hiroshima

Os Três Sobreviventes de Hiroshima

Os Três
Sobreviventes de Hiroshima – Foto de Joelma do Couto

Visto por milhares de pessoas em várias cidades brasileiras, Os Três Sobreviventes de Hiroshima se difere de qualquer outro espetáculo no mundo por trazer à cena os próprios sobreviventes da bomba atômica.

A peça faz apresentação no Centro Cultural da Juventude em São Paulo no dia 11 de novembro, às 20h. Os ingressos são gratuitos e precisam ser retirados pelo Sympla (https://www.sympla.com.br/evento/os-tres-sobreviventes-de-hiroshima-ccj/2230360). 

No palco, dois sobreviventes do primeiro ataque nuclear da história fazem seus depoimentos de um dos piores genocídios da humanidade. São contados os momentos da explosão nuclear na cidade de Hiroshima, no Japão, em 1945, os dias seguintes e a imigração para o Brasil.

“Os Três Sobreviventes de Hiroshima” reconstrói a história do jovem Takashi Morita (interpretado pelo ator Ricardo Oshiro), na época com 21 anos, e das crianças Kunihiko Bonkohara, com 5 anos, e Junko Watanabe, com 2 anos, que estavam em Hiroshima no dia do bombardeio. Em cena, eles atuam no formato de teatro-documental, também conhecido como biodrama. Fotos originais e canções da época executadas pelos sobreviventes compõem o clima da apresentação.

Com roteiro e direção de Rogério Nagai, o espetáculo deu origem ao projeto Sobreviventes Pela Paz. A ideia surgiu em 2012 com pesquisas sobre a comunidade nipo-brasileira e a imigração japonesa no Brasil. Foram doze meses de pesquisa e quatro meses para criação do roteiro e ensaios.

O projeto já foi visto por mais de 15.000 pessoas e já passou por cidades como São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Campinas, Ribeirão Preto, entre outras. As sessões lotadas e com muitos espectadores para fora do teatro consagraram o sucesso do espetáculo.

O texto, ainda que trate de uma tragédia, leva uma reflexão sobre a paz por onde passa, com uma mensagem forte de resiliência, perdão e superação. Colocar os sobreviventes em cena é uma maneira que o projeto encontrou de mostrar a importância de propagar e manter a paz, para que acontecimentos como esse nunca mais se repitam. 

Hiroshima 

Em 6 de agosto de 1945, no estágio final da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos lançaram uma bomba na cidade de Hiroshima. Três dias depois, atingiram também Nagasaki. Foram milhares de mortos e feridos, além de sobreviventes que buscaram retomar suas vidas depois da tragédia. Os números oficiais informam entre 130 e 240 mil mortos como resultado destes que foram os primeiros e únicos ataque nuclear contra civis em toda a história.

No Brasil, há 67 sobreviventes das bombas de Hiroshima e Nagasaki. O espetáculo é realizado pela NAGAI Produções Artísticas e Culturais, através do Edital ProAC de Circulação do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

Ficha Técnica

  • Roteiro e direção: Rogério Nagai.
  • Assistência de direção: Ricardo Oshiro.
  • Elenco: Kunihiko Bonkohara, Junko Watanabe, Ricardo Oshiro e Rogério Nagai.
  • Produção executiva: Amanda Andrade.
  • Operação de luz: Fábio Ferretti.
  • Locução, voz em off, design e operação de vídeo-mapping: Alexandre Mercki.
  • Assessoria de imprensa: Pombo Correio.
  • Mídias digitais: Lol Digital.
  • Design gráfico: Pethra Ubarana.
  • Realização: Secretaria Municipal de Cultura, Lei de Fomento ao Teatro, Coletivo Oriente-se e Nagai Produções.
  • Apoio institucional: Consulado geral do Japão em São Paulo e Unipaz – filial Baixada Santista.
  • Apoio cultural: Aliança Cultural Brasil Japão, Pizzaria 1900, Cantina Piolin, Cantina Luna de Capri, Restaurante Planetas, Oficina Cultural Oswald de Andrade.

Essa apresentação faz parte da mostra de repertório do Coletivo Oriente-se, contemplado pela 40° edição da Lei de Fomento ao Teatro.

Serviço:

Os Três Sobreviventes de Hiroshima

  • Ingressos: Grátis
  • Ingressos antecipados pela plataforma Sympla ou na bilheteria do teatro 60 min. antes do início do espetáculo.
  • Gênero: teatro-documentário.
  • Duração: 80 minutos.
  • Classificação: 10 anos 

Centro Cultural da Juventude
Avenida Deputado Emílio Carlos, 3641 Vila dos Andrades São Paulo, SP

Estreia ‘O Outro Borges’, com textos de Samir Yazbek e direção de Lazzaratto no Teatro Paulo Autran no Sesc Pinheiros

O Outro Borges

O Outro Borges – Foto de João Caldas Filho

No dia 9 de novembro, quinta-feira, às 21h, no Teatro Paulo Autran, do Sesc Pinheiros, estreia ‘O Outro Borges’, espetáculo inspirado na vida e obra do escritor argentino Jorge Luis Borges (1899-1986), expoente do realismo fantástico latino-americano.

Com texto de Samir Yazbek e direção de Marcelo Lazzaratto, ‘O Outro Borges’ traz no elenco André Garolli, Chiara Lazzaratto, Dagoberto Feliz, Helô Cintra Castilho, Lilian Blanc, Luciana Carnieli e Marcello Airoldi.

A cenografia e o figurino são de Simone Mina, a iluminação de Guilherme Bonfanti e a trilha sonora de Marcelo Lazzaratto. A direção de produção está a cargo de Edinho Rodrigues, a produção geral da Brancalyone Produções Artísticas e a realização do Sesc-SP.

A temporada de ‘O Outro Borges’ vai até o dia 10 de dezembro, sempre às sextas-feiras e aos sábados às 21h, e domingos às 18h. Haverá uma sessão extra do espetáculo no dia 20 de novembro, segunda-feira, às 18h.

A partir da metáfora de o ‘Aleph’, o ponto mágico do universo que Jorge Luis Borges nos apresenta em seu conto homônimo, ‘O Outro Borges’ constrói a sua narrativa.

O enredo traduz os impasses e contradições da poética borgeana em relação à realidade, sobretudo por meio de temas como uma linha do Metrô, que ameaça desapropriar a casa onde se encontra o ‘Aleph’, e a ditadura militar argentina, que Borges apoiou, para depois renegar.

A relação central da peça se dá entre o Escritor (Marcello Airoldi) e a Jovem (Chiara Lazzaratto), personagem oriunda do Sul da Argentina, filha do Gaúcho (André Garolli), que é o primo da Governanta (Luciana Carnieli) que cuida da casa onde Borges vive seus últimos dias em companhia de sua Mãe (Lilian Blanc).

Os conflitos do Escritor com esta Jovem, para que ela possa herdar e transformar o legado de o ‘Aleph’, são mediados pelo Filósofo (Dagoberto Feliz), personagem do imaginário borgeano, que encarna a presença da magia no cotidiano do escritor.

Outras personagens transformam-se em peças-chave para que a realidade possa se harmonizar com o universo da ficção, tais como a Mulher (Helô Cintra Castilho) e o Engenheiro (André Garolli).

A encenação de Lazzaratto para ‘O Outro Borges’ cria um espetáculo instigante, promovendo um diálogo entre a tradição e a modernidade, por meio de um mergulho na simbologia borgeana.

Lazzaratto expõe a sua concepção para esta montagem: “Escolhi a Espiral como figura simbólica síntese da peça. Figura sob a qual todo espetáculo se desenrola: espiral como fio do tempo a se desdobrar, espiral como espaço a ser percorrido pelos personagens. Os famosos labirintos borgeanos aqui se manifestam através dessa espiral que bem pode ser o redemoinho de uma consciência dilatada, um tornado gerando um desequilíbrio no status quo, bem como uma espiral cósmica de uma galáxia convergindo ao seu centro, ao seu buraco negro, local da manifestação do Aleph, que bem pode ser correlacionado com o conceito de singularidade da Física contemporânea”.

Ainda sobre as suas intenções com este trabalho, Lazzaratto diz: “entre o real e o fantástico: que corpo trafega por essas instâncias com naturalidade? Este foi o desafio que lancei às atrizes e aos atores para a composição de suas personagens. Era necessário dar veracidade aos diversos tipos que compõem o texto em um espaço nada real. Um trabalho meticuloso: cuidar daquele pequeno gesto, daquela determinada postura, daquele específico tom de voz para que a existência de tal figura se realize plenamente em um ‘não espaço’. Trabalho fundamental para que a delicadeza poética proposta pela dramaturgia encontrasse corpos sensíveis e densos para bem interpretá-la”.

Yazbek considera ‘O Outro Borges’ um desdobramento de sua pesquisa dramatúrgica, numa direção bem peculiar: “São peças que se utilizam da Literatura como matéria-prima para a criação cênica, como em ‘O Fingidor’, inspirada na vida e obra do poeta português Fernando Pessoa, e ‘A Terra Prometida’, a partir do episódio bíblico do Êxodo”, diz o autor.

Tais motivos literários servem de base para explorar temas contemporâneos. No caso de ‘O Outro Borges’, Yazbek pretende debater “o papel da Literatura e da arte nos dias de hoje, situando seu legado num mundo em transformação, em que questões sociais e culturais mais prementes acabam se impondo, sobretudo em países da América Latina”. 

FICHA TÉCNICA 

  • Texto: Samir Yazbek
  • Direção e Trilha Sonora: Marcelo Lazzaratto
  • Assistência de Direção: Carolina Fabri
  • Cenografia e Figurino: Simone Mina
  • Iluminação: Guilherme Bonfanti
  • Elenco: André Garolli, Chiara Lazzaratto, Dagoberto Feliz, Helô Cintra Castilho, Lilian Blanc, Luciana Carnieli e Marcello Airoldi 
  • Fotografia: João Caldas Fº
  • Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
  • Produção Executiva: Fabrício Síndice
  • Direção de Produção: Edinho Rodrigues
  • Produção Geral: Brancalyone Produções Artísticas
  • Realização: Sesc-SP

SERVIÇO

  • O Outro Borges – Texto de Samir Yazbek, com direção de Marcelo Lazzaratto
  • Estreia dia 9 de novembro, quinta-feira, às 21h
  • De 9 de novembro a 10 de dezembro de 2023. Sexta e sábado, às 21h. Domingo e feriado 20/11, às 18h
  • Duração: 90 minutos 
  • Local: Teatro Paulo Autran
  • Classificação: recomendação 12 anos
  • Ingressos: R$ 50 (inteira); R$ 25 (meia) e R$ 15 (credencial plena).

Sesc Pinheiros
Rua Pais Leme, 195 – Pinheiros, São Paulo – SP
TEL.: 11 3095 9400 

O show “Leva-me Contigo” chega ao Centro da Música Carioca Artur da Távola, na Tijuca, RJ

Alcides Sodré

Alcides Sodré – Foto de Ariel Cavotti

Neste ano, se estivesse vivo, o cantor e compositor Agostinho dos Santos (São Paulo, 25 de abril de 1932 – Paris, 12 de julho de 1973) completaria 90 anos de idade. Para homenagear esse artista singular, o cantor Alcides Sodré revisita sua obra que inclui sucessos como “Manhã de carnaval” (Luiz Bonfá e Antônio Maria) e “A felicidade” (Tom e Vinícius) e “Balada triste” (Esdras Silva e Dalton Vogeler). Com certeza a nova geração não conhece o trabalho deixado pelo brilhante nome da música brasileira, que fez sucesso nos anos 60 e 70 com canções românticas, mas a oportunidade existe para mudar isso com o show “Leva-me Contigo” que circula pela cidade carioca.

A próxima data da atração que celebra a carreira do artista será no dia 8 de novembro, às 19h, no projeto Quartas Acústicas, no Centro da Música Carioca Artur da Távola. Direção musical de Fabio Negroni, responsável também pelos arranjos, guitarra e violão do show.

No repertório, além da composição de Dolores Duran que dá título ao evento musical, estão os principais destaques da carreira do homenageado, um artista renomado no Brasil e no exterior, que foi considerado na década de 70 uma das grandes revelações da música brasileira. Na lista segue, entre outras canções, “Eu e a brisa” (Jhonny Alf), “O amor e a rosa” (Antônio Maria/Pernambuco), “Frenesi” (Alberto Dominguez), “Travessia” (Milton Nascimento) e “O sonho” (Egberto Gismonti).

_ Aproveito para interpretar duas músicas inéditas de minha autoria com parceiros: “Choro moderno” (Iuri Salvagnini/Alcides Sodré), “Os poetas” (Mussa/Alcides Sodré). Para mim será como que num sonho imaginando Agostinho cantá-las hoje. Ele que neste ano também completa 50 anos de sua partida e fico muito feliz por dedicá-lo esse tributo.

A proposta do espetáculo surgiu após o encontro de Alcides Sodré e o pianista, compositor, arranjador e maestro Gilson Peranzzetta, que juntos lançaram nas plataformas digitais o single “Balada Triste”, homenageando Agostinho dos Santos. O sucesso foi tanto que o cantor criou o tributo “Leva-me Contigo”, realizando a pesquisa e seleção de repertório.

Agostinho dos Santos

É importante apresentar ao público mais recente a vida e obra desse grande intérprete da MPB que foi um dos primeiros artistas a levar a música para palcos importantes no mundo. Foi também um dos principais responsáveis por incentivar a carreira musical do genial Milton Nascimento. “Ele estava à frente do seu tempo e desde a sua chegada ao meio musical cantou o que acreditava, sem se render a mercado ou fazer a música que muitas vezes, até hoje, é imposta aos cantores pretos. Ele passou por vários estilos com muita verdade”. Do samba à bossa nova, passando pelo jazz e bolero. Agostinho dos Santos ganhou os prêmios PCA e Roquette Pinto e fez história no Carnegie Hall (Nova York), como o cantor mais aplaudido da noite. Imortalizou as canções ”Manhã de carnaval” e “A felicidade” na trilha sonora do importantíssimo filme brasileiro “Orfeu Negro”.

_ Agostinho cantou em inglês, francês e até em dialeto africano. Estamos num momento especial para o resgate da obra dele, quando os artistas negros buscam não é de hoje e estão agora recebendo mais reconhecimento na carreira.

Alcides Sodré

É cantor, compositor e ator, intérprete versátil que vai do erudito ao popular, do pop ao samba. Integra o elenco do Zênitha Música, dos sócios Cacala Carvalho, Marianna Leporace e Felipe Radicetti. Pelo selo da música independente Alcides Sodré assina o single “A Voz” ao lado de luri Salvagnini e em breve lançará outro trabalho, o “Em mar aberto”, ambos do seu primeiro EP. Alcides é dedicado a reverenciar a memória da música brasileira, buscando sempre trazer de volta, e às vezes apresentando as novas gerações, os grandes nomes e momentos da MPB. Reúne elogios pelo seu timbre e sua técnica para interpretação musical, além da marcante presença de palco.

SERVIÇO

  • Dia: 8/11, quarta-feira, às 19h
  • Show: “Leva-me Contigo”, no projeto Quartas Acústicas. Com o cantor Alcides Sodré. Homenagem ao cantor e compositor Agostinho dos Santos. Acompanhado por Fábio Negroni (guitarra e violão), também diretor musical.
  • Local: Centro da Música Carioca Artur da Távola
  • Endereço: Rua Conde de Bonfim, 824 – Tijuca, RJ
  • Telefone: (21) 3238-3831 
  • Ingressos: R$ 30 e 15,00 (meia-entrada)
  • Venda antecipada pelo site Rio Cultura
  • Capacidade: 161 lugares (dois para cadeirantes)
  • Duração: 70 minutos
  • Classificação etária: livre

@Mais informações sobre Alcides Sodré:

@alcidessodre_oficial

www.zenithamusica.com.br

 

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