Vamos brincar

 “Ritmar, musicar… Vamos brincar?”  nos palcos da Zona Norte do Rio 

por Waleria de Carvalho

O percurso performativo teatral literário afro-brasileiro, de contação de história, “Ritmar, musicar… Vamos brincar?” conduzido pela atriz, performer, escritora e ilustradora, Dayze Nascimento, leva o público a uma caminhada de encontros e surpresas, rica de sons, palavras e imagens. O “roteiro está baseado no livro bilíngue Giocando con il Samba”, de sua autoria, publicado pela Editora Sinnos (Roma/ Itália, 2002). A entrada para as duas apresentações é gratuita.

As ilustrações, com projeções audiovisuais, compõem o cenário. Entre uma projeção e outra a atriz-performer interage com o público contando a história, fazendo uso da música, do canto e do movimento rítmico do corpo.  No final, acontecem atividades de jogos (ritmos vocais e corporais) com participação das crianças.

O percurso: “Ritmar, musicar… Vamos brincar?”

_ Um pintinho de nome Brasileirinho nasce com um som particular, muito parecido com o instrumento de nome cuíca. Suas frases rítmicas contagiam toda a comunidade, como também, seus ensinamentos sobre viver em harmonia com as diversidades. Valorizar e respeitar o meio ambiente, entre outras coisas – explica Dayze.

Conheça o impacto do percurso performativo teatral literário e afro-brasileiro de contação de história

Busca-se estimular o interesse das crianças pela leitura através do ritmo, das artes cênicas e visuais, respeitando suas diferenças e formas privilegiadas de conhecer o mundo por meio do brincar. O projeto reforça o encontro entre as famílias, os filhos e a comunidade escolar. “Entendemos que, por meio das atividades lúdicas são estimuladas as ações de afeto, de prazer, de ser e de viver em harmonia com as diversidades” – acrescenta a atriz.

Com o trabalho, ela espera atrair não apenas as crianças com seus pais ou responsáveis, mas também professores, estudantes do magistério e das licenciaturas, pois pensa em contribuir na implementação da Lei 10.639/03, inclusão da cultura afro-brasileira nas escolas. Assim, fortalecer o encontro entre educação, cultura e arte, em diálogo e elaboração conjunta com as artes cênicas, artes visuais, audiovisual, música e dança.

_ O percurso, com formato intercultural, intertextual e intertransdisciplinar, ajuda no fomento de novas metodologias e de ensino-aprendizagem nas escolas. Para que professores, pais e alunos ao mergulharem em temas pertinentes à realidade brasileira, possam combater o racismo e o ódio às diferenças.

No ano de 2002 o livro impresso e bilíngue “Giocando con il Samba” foi publicado pela Editora Sinnos (Roma/ Itália). Em 2020/21 ele é adaptado com o título “Brincando com o Samba” em formato de audiolivro, ilustrado e musicado, incluindo videoaulas e oficinas e ganha o Prêmio Arte & Escola (Lei Aldir BlancPrefeitura da Cidade do Rio de Janeiro). E, neste ano, tem uma nova adaptação, versão presencial, passando a se chamar  “Ritmar, musicar… Vamos brincar?”. Projeto selecionado para apresentação literária pelo edital SESC Cultura Pulsar RJ, 2021/2022. 

Do SESC de Manaus para o Rio e Roma

Sua carreira como atriz começou na cidade de Manaus em um Teatro de Bolso (SESC Manaus/AM) com 60 lugares, onde a artista criou, atuou e desenvolveu alguns personagens em evidência. Uma época que não existiam papéis para atrizes negras na dramaturgia brasileira. 

  1. 286: “[…] vale ressaltar que a atriz que interpretava Maria Pequenina, Dayse Ângela Azevedo,  é negra e na época isso tinha um peso maior, pois em Manaus, embora comprovadamente existam quilombos no perímetro urbano há muito tempo, era ínfimo o número de atores negros. Dayse pode ser considerada uma das primeiras atrizes negras, em plena década de 1980”. (Dinne Queiroz “O Teatro Experimental do SESC”. Mestrado USP/ 2020)

_ Foi quando comecei a descobrir, a sentir, a ter consciência do  movimento do corpo e de sua expressão na relação com o território e com o outro, de cultura diferente da minha. Ali, fui levada pela ação cênica a um contexto da vida cotidiana. Eu, enquanto mulher negra e carioca, me vi num espaço de encontros entre as culturas: nativa do Brasil, afrodescendente e europeia – comenta.

E a atriz, segue lembrando o que para ela foi uma oportunidade única: 

_ Sou muito grata ao SESC por esse momento na minha carreira e pelo seu grande incentivo à cultura. Meu agradecimento em especial ao Márcio Souza, autor e diretor do TESC por todo aprendizado oferecido aos artistas integrantes da  companhia, essencial para mim até hoje –  conclui.

FICHA TÉCNICA

Roteiro, direção, ilustrações, atuação: Dayze Nascimento

Trilha sonora: “Moro na Roça” (José Batista/ Arnaldo Passos); “Ziriguidum” (Monsueto Menezes); “Que Beleza” (Tim Maia); “Folhas Secas Estão”, “Pra Ser Feliz e Brincar” e “Ovo Novo Chegou” (Dayze Nascimento – sendo que as duas últimas com arranjos de Luiz Henrique e Prado de Farias); Percussão: Geiza Carvalho; Violão e cavaquinho: Paulo Raymundo.

Iluminação: Luiz Lopes/ Fotos: João Bosco, Ierê Ferreira e Edu Prestes/ Marketing digital: Andrezza de Paulo/ Assessoria de Imprensa: Clóvis Corrêa/ Assistente de Produção: João Bosco/ Realização: EspressartBrasile Produções Artísticas.

Mais informações

SITE: https://espressartbrasile.com

Bloghttps://espressartbrasile.blogspot.com

YouTubehttps://www.youtube.com/c/EspressartBrasileDayseNascimento

SERVIÇO

“Rimar, musicar… Vamos brincar?”

2 apresentações, 8/12, quinta-feira.

  • às 10h30 – Sala Multiuso do SESC Ramos. Endereço: Rua Teixeira Franco, 38. Telefone: (21) 4020-2101.
  • às 14h– Teatro 1 SESC TijucaRua Barão de Mesquita, 539. Telefone: (21) 4020-2101. 

Duração de cada apresentação: 30 minutos. Indicação/ faixa etária: crianças entre 4 e 7 anos e seus responsáveis: pais, mães, vovó, vovô. Professores, alunos de magistério e licenciaturas e outros.

Entrada franca

Coletivo Instrumento de Ver estreia espetáculo circense em Brasília

Foto: .João Saenger

Foto: .João Saenger

Diretamente do outro lado do oceano, o espetáculo circense “23 fragmentos desses últimos dias” desembarca no Teatro Galpão Hugo Rodas, em Brasília, para duas únicas apresentações: 15 e 16 de dezembro. A produção franco-brasileira nasceu, em 2019, da colaboração entre o coletivo brasiliense Instrumento de Ver e a companhia francesa Le Troisième Cirque. Em 2022, após uma temporada de criação e circulação europeia que contou com 26 apresentações em cidades da França, Suíça e Bélgica, o espetáculo que também esteve no Festival de Circo do Brasil, em Recife, volta à capital para grande estreia. 

Para conferir esse belíssimo manejo de objetos não descartáveis, os candangos já podem garantir o ingresso, com desconto na compra antecipada, pela página do Sympla. A realização da produção conta com o apoio do Instituto Francês, da Ville de Paris, da Embaixada da França no Brasil e do Le Troisième Cirque.

Sobre a criação

Responsável pela circografia da obra, a francesa Maroussia Diaz-Verbèke propõe a dinâmica do espetáculo, desenhado na sua pesquisa original sobre a escritura do circo. No picadeiro estão as artistas Beatrice Martins, Julia Henning e Maíra Moraes, integrantes do Coletivo Instrumento de Ver, e convidados especiais, um trio brasileiro bem variado: o dançarino carioca André Oliveira, o frevista e contorcionista pernambucano Lucas Maciel e Marco Motta, circense baiano radicado na Espanha.

Em cena, os seis artistas trazem à luz questionamentos sobre o atual momento de destruição. Cercando-se de objetos tão frágeis como nós, convidam o público a procurar o botão do futuro e a encontrar o heroísmo em comemorar o crescente número de problemas, precursores de tantas soluções. “Ser otimista por teimosia, pois a mágica será a esperança”, diz a sinopse. 

Por meio de performances e técnicas impressionantes como o equilibrismo, o faquirismo, o contorcionismo e a acrobacia e de danças de rua, como os brasileiríssimos passinho carioca e frevo, um novo mundo é criado, peça por peça, fragmento por fragmento.  

Uma caldeirada de sons, ideias e objetos

De acordo com Beatrice Martins, a estreia do espetáculo na capital federal é um retorno ao seu lugar de origem. “A montagem começou em Brasília no início de 2019 e teve a criação interrompida por conta da pandemia. Retomamos a sala de ensaio em 2021 e convidamos três novos artistas, o que mudou bastante o espetáculo que mostramos como uma pré-estreia aqui na cidade. Estamos ansiosas para mostrar ao público brasiliense o que fizemos por esse mundão afora!” 

Segundo o coletivo, trata-se de um convite ao extraordinário. Os artistas vão correr, sambar, equilibrar, se misturar, bagunçar as emoções e colocar um monte de coisa junto no picadeiro. “Vamos fazer uma caldeirada, uma bagunça boa daquelas”, celebram.

Para completar essa mistura tão típica de nossas expressões culturais, a trilha sonora da obra, cuidadosamente pensada e criada para dar ritmo e contagiar a plateia, é composta apenas por músicas brasileiras. A playlist é resultado da curadoria cuidadosa dos pesquisadores Cícero Fraga, de Brasília, e do francês Loïc Diaz Ronda e celebra tanto a música brasileira contemporânea como os tradicionais forró e frevo.

Serviço: espetáculo circense “23 fragmentos desses últimos dias”. (Coletivo Instrumento de Ver em parceira com Le Troisième Cirque)

Datas: 15 e 16 de dezembro

Horário: 20h

Local: Teatro Galpão Hugo Rodas, Espaço Cultural Renato Russo, 508 Sul, Brasília. 

Classificação Indicativa: Livre

Ingressos: a partir de R$15 a meia-entrada, no Sympla (1º lote)

(https://www.sympla.com.br/evento/23-fragmentos-desses-ultimos-dias/1789848 )

Página Oficial: @instrumentodever   

CLAUDIO BOTELHO em Cole Porter & Outros Musicais

Participação especial: TOTIA MEIRELES

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

A ligação de Claudio Botelho com a obra de Cole Porter é um fato consumado. O musical ‘Cole Porter – Ele Nunca Disse que me Amava’ (1999), criado pela dupla Charles Moeller & Claudio Botelho, foi o marco inicial da retomada de grandes musicais no Brasil. O espetáculo estreou no Rio de Janeiro e permaneceu em cartaz por três anos seguidos, fazendo turnês em São Paulo e Portugal. Desde então, o nome de Claudio Botelho ficou associado à obra de Cole Porter, inclusive por Botelho assinar as letras em português de canções até então inéditas na nossa língua.

‘Cole Porter & Outros Musicais’ traz Claudio Botelho, acompanhado do pianista Márcio Castro, e uma série de pérolas do compositor, entre elas “Night And Day”, “Begin The Beguine”, “I´ve Got You Under My Skin”, entre outros hits. Os “outros musicais” do título são a parte do show em que Botelho dedica a outros compositores que marcaram sua trajetória nos últimos anos, como Burt Bacharach, Stephen Sondheim, Michel Legrand, Tom Jobim, entre outros.

O show contará com a participação de Totia Meireles, grande amiga e parceira de Claudio em uma série de grandes musicais, como “Gypsy”, “Company”, “Nine”, “Pippin”, “Cristal Bacharach”, entre outros.

Diretor e versionista responsável pelos maiores sucessos do mais recente boom do teatro musical nacional, Botelho vai entremear as canções com histórias e bastidores dos mais de 40 espetáculos em que trabalhou. A lista abrange montagens autorais, que dividiu a direção com o parceiro Charles Möeller, como ‘Um Violinista no Telhado’, ‘Hair’, ‘A Noviça Rebelde’, ‘Ópera do Malandro’, ‘Gypsy’ e ‘Company’, e também as produções em que somente assinou a versão brasileira (‘Les Miserables’, ‘Miss Saigon’, ‘Mamma Mia’, ‘West Side Story’, ‘My Fair Lady’).

COLE PORTER & OUTROS MUSICAIS

Dias 10 e 11 de dezembro

Sábado, às 20h30. Domingo, às 18h.

Teatro Brigitte Blair
Rua Miguel Lemos, 51H

Ingressos (na bilheteria ou pela guichê web):
R$ 80 / R$ 40.

Grupo Arte de Viver apresenta a peça SINA

Sina

Sina

A peça SINA conta a história de Sophia, filha de uma família tradicional e religiosa que, em meio a uma grande polêmica e uma difícil decisão, precisa lidar com traumas, medos e suas consequências. E poderá ser vista nos dias 9, 10 e 11 de dezembro, às 19h, no Centro Cultural Arte de Viver, no bairro Montese, em Fortaleza.Unindo teatro e dança a montagem, criada na estética expressionista-absurda, com traços de teatro da crueldade, discute abuso, alienação e ética profissional.

Oficina Teatral Permanente:

A Oficina Teatral Permanente é um curso profissionalizante de teatro que há mais de 22 anos contribui efetivamente com a formação de atores e atrizes no Ceará.

A Oficina é a base formativa do Grupo Arte de Viver, ONG de teatro e Ponto de Cultura do Ceará que, desde maio de 2000 aposta na dignidade como requisito para a formação de novos artistas.

Inscrições abertas para a sua nova turma, por meio de formulário on-line divulgado em suas redes sociais: Instagram @grupoartedeviver – Facebook: Grupo Arte de Viver ou pelo número: (85) 99104-3360

Serviço:

– Local: Centro Cultural Arte de Viver – Rua Samuel Uchôa, 395 – Montese

– Data e horário: 09, 10 e 11/Dezembro às 19 horas

– Elenco: Jerônimo, Leonardo Veras, Paulia Barreto e Thayná Clotilde.

– Texto: Paulia Barreto

– Assistente de Direção.: Danilo Ventura

– Direção: Hemetério Segundo

– Instagram @grupoartedeviver

– Mais informações (WhatsApp): (85) 99104-3360

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