Neste sábado (15) – acontece o encerramento das atividades e Oficinas Formativas do Primeiro Semestre do Projeto “Casa da Mulher Sambista”, com apresentação das turmas e convidados, a partir das 11h na UERJ, na Concha Acústica Marielle Franco. Elas se apresentam em vários blocos, até às 14h. Estão confirmadas em torno de 120 mulheres.
Sobre a Casa da Mulher Sambista – Este projeto é uma parceria entre Centro de Articulação de Populações Marginalizadas – CEAP (ceap.oficial) e Movimento de Mulheres Sambistas para promover formação contínua de mulheres na cadeia produtiva do Samba Carioca através de oficinas de música, produção cultural e formação artística em diversas regiões do Rio de Janeiro.
No primeiro semestre de 2023, o projeto ofereceu 9 oficinas, sendo 16 turmas de instrumentos musicais e 1 de produção cultural, que atenderam 324 mulheres. O segundo semestre recebeu 540 pré-inscrições.
O projeto aceitou inscrições de mulheres a partir de 18 anos de idade, as oficinas se destinam também para quem nunca teve contato com os instrumentos oferecidos. Todas as atividades do programa são gratuitas, atividade presencial, realizadas nos bairros do Centro, Madureira e Tijuca. O resultado dos inscritos da 2ª formação será também apresentado amanhã, no encerramento da turma do 1º semestre de 2023.
Para o 2º semestre: vagas
– Pandeiro: 20 vagas /
– Cavaquinho: 17 vagas, sendo 10 no nível zero e 7 no nível iniciante (nesse nível precisa conhecer um pouco o instrumento) /
– Violão: 26 vagas, 13 de nível zero e 13 de nível intermediário (conhecer um pouquinho do instrumento)
– Blocos: 41 vagas, para chocalho (10), agogô (8), surdo (8) e tamborim (15, tem que ter instrumento próprio)
– Interpretação em Canto: 20 vagas
– Produção Fonográfica: 20 vagas
O Movimento das Mulheres Sambistas também lança uma super coleta de agasalhos para a campanha “O Samba Esquenta”! Basta chegar e fazer sua contribuição.
Formação e capacitação para mulheres sambistas – A Casa da Mulher Sambista é um projeto cultural lançado pelo Movimento das Mulheres Sambistas em 2019 tendo como principais motivações a capacitação, visibilidade e acolhimento de mulheres vinculadas ao samba, seja de forma profissional, como no caso de compositoras, musicistas e produtoras, ou de forma afetiva. A Casa oferece oficinas, palestras e rodas de conversa mediadas por profissionais qualificados cujo maior desejo é transmitir seu conhecimento a mulheres que buscam independência, autonomia ou unicamente um potente momento de diálogo e reflexão. As atividades ocupam diversos pontos da cidade de acordo com parcerias. O compromisso é trabalhar de forma coletiva, contribuindo para a preservação do legado histórico e cultural do samba através de ações que valorizem a existência feminina.
“A casa da mulher sambista é um agente transformador, psicossocial, a gente recebe mulheres que atravessam a misoginia, o machismo, o racismo, no seu cotidiano. Sendo assim um espaço de grande apoio, seguro, afetivo e formador.” Renata Ribeiro, produtora do projeto.
“Estamos na reta final do primeiro semestre e já temos diversas mulheres inseridas nas rodas de samba da cidade, mulheres que já têm autonomia para aceitar trabalhos como instrumentista, é muito lindo ver que a profissionalização dentro de um ambiente seguro é possível” Patrícia Rodrigues, coordenadora do projeto.
Pela referência e contribuição na luta das mulheres pela igualdade e valorização na sociedade, o projeto recebeu em 2023 a Homenagem Antonieta de Barros pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da ALERJ. Afinal, o Movimento das Mulheres Sambistas – Samba é resistência. Samba é união. Samba é das mulheres!
Em julho de 2019, a celebração pelo Dia da Mulher Sambista deu origem ao Movimento das Mulheres Sambistas, através da união de um grupo de voluntárias, tendo como objetivo fortalecer e visibilizar a mulher no samba. Formado por mulheres das mais diversas áreas de atuação, o MMS organiza-se para buscar espaço, consolidar conquistas e construir um legado para as próximas gerações de mulheres sambistas, organizando, fomentando e difundindo ações que promovem o protagonismo feminino no Samba, seja na rua ou nas redes sociais.
De lá para cá, atuam difundindo informações e pesquisas, divulgando o trabalho das mulheres inseridas na cadeia produtiva do samba, oferecendo formação através de oficinas gratuitas com o projeto Casa da Mulher Sambista e realizando eventos. Em reconhecimento e atuação, em dezembro de 2019 receberão a Homenagem Carolina Maria de Jesus pela Comissão de Direitos Humanos da ALERJ, Moção de Aplausos pela Câmara Municipal de Niterói em 2020, Prêmio Dandara em 2022 e Moção de Aplausos pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro em 2023.
Saiba mais no: @movimentodasmulheressambistas
Dia 15 de julho
Das 11h às 14h
Entrada Franca
UERJ – Concha Acústica Marielle Franco
R. São Francisco Xavier, 524