Festival aposta em oficinas para revelar novos talentos e preparar jovens para o mercado audiovisual

Cine Curta POA amplia caráter formativo e conecta público às práticas do cinema contemporâneo

por Redação
Festival aposta em oficinas para revelar novos talentos e preparar jovens para o mercado audiovisual

Oficinas, debates e atividades formativas deram o tom do segundo dia do Cine Curta POA, realizado na sexta-feira (26). O festival reafirmou sua vocação para a educação audiovisual ao reunir cineastas, estudantes e interessados em cinema em uma programação voltada à capacitação e ao incentivo à reflexão crítica sobre a sétima arte. Além da troca de conhecimentos técnicos sobre roteiro, produção e direção, os encontros estimularam discussões sobre o papel do audiovisual na sociedade.

A programação foi aberta com a oficina Direção Cinematográfica e Cineclubismo, conduzida pelo cineclubista, diretor, produtor e roteirista Luiz Alberto Cassol, no Auditório Luiz Cosme. Segundo o especialista, compreender a decupagem de um filme é ir além da divisão em planos técnicos.

“Existe aquilo que o filme quer que o público entenda da sua forma, que cada espectador faça sua leitura única. Ao encontro disso, há uma decupagem pouco falada, que trata das questões psicanalíticas, semióticas e simbólicas. É sobre isso que dialogamos na oficina”, destacou o diretor.

Na sequência, os conceitos e práticas do cineclubismo foram debatidos como forma de ampliar a experiência do espectador. A musicista, artista e designer visual Mariana Rodrigues ressaltou a importância dessa vivência.

“Eu sou muito defensora da cultura, principalmente a cultura levada para população mais pobre, que não tem acesso a esse tipo de arte. Democratizar os espaços é fundamental, e pretendo levar essa iniciativa para a minha comunidade”, afirmou.

Caça-talentos

O festival também recebeu os participantes das oficinas de roteiro, interpretação e produção audiovisual realizadas em junho. Os grupos criaram diferentes versões de um mesmo roteiro, intitulado Fusão, e a melhor produção será premiada no domingo (28). O idealizador do evento, Felipe Gomes, destacou o objetivo da proposta.

“A ideia desse roteiro é justamente mostrar a ótica de cada diretor. O equipamento hoje qualquer um tem, mas o diferencial será sempre a forma como a história é contada. O impacto no público é o que define se é bom ou apenas mais do mesmo”, disse.

Outra atividade em destaque foi o painel Direitos Autorais e o Cinema, ministrado pelos especialistas Rafael Neumayr e André Belfort. O encontro abordou a importância de contratos, alinhamento da equipe e planejamento jurídico desde o início da produção. Neumayr reforçou o alerta para o uso indevido de materiais.

“Muitos produtores usam no YouTube, por exemplo, e existem inteligências para identificar se há conteúdo não licenciado. Se você não fez essa etapa, poderá perder seu filme, sua produção”, explicou.

As atividades formativas seguem até domingo (28), com entrada gratuita, na Casa de Cultura Mario Quintana e no UP Food Art. A programação completa está disponível no site oficial e nas redes sociais do Cine Curta POA.

O festival é um projeto viabilizado pela Lei Paulo Gustavo, com apoio do Instituto Estadual de Cinema do RS (Iecine), do Pró-Cultura RS e da Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul, e conta com a realização da Striker Produtora.

Para mais informações, acesse as redes sociais oficiais do Cine Curta POA.

Redação Juliana Neves e Marcelo Matusiak

Cine Curta POA

O Festival Cine Curta POA estreia em 2025 reunindo cineastas, produtores, atores e amantes do cinema em Porto Alegre (RS). Com programação diversificada, o evento valoriza a produção audiovisual nacional por meio de mostras competitivas, debates, oficinas e sessões especiais. A premiação dos melhores filmes será feita por júri e público, com troféus e incentivos à produção independente. Voltado também à formação de novos talentos, o festival busca consolidar Porto Alegre como polo cultural e estimular a circulação de narrativas diversas do cinema brasileiro. O idealizador e coordenador geral do festival é o cineasta Luis Felipe Gomes Oliveira.

A 1ª edição conta com realização da Striker Produtora, patrocínio do Double Tree by Hilton Porto Alegre, apoio da Associação dos Amigos da Casa de Cultura Mario Quintana, Casa de Cultura Mario Quintana, Ritter Hotéis, Up Food Art e Dirty Old Man. O financiamento é do Instituto Estadual de Cinema do RS (Iecine), Pró-Cultura, Secretaria da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, Lei Paulo Gustavo e Ministério da Cultura – Governo Federal do Brasil, União e Reconstrução.

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