Sucesso em SP, comédia O Método Grönholm, com direção de Lázaro Ramos e Tatiana Tibúrcio, estreia no Rio de Janeiro no Teatro Copacabana Palace

por Waleria de Carvalho
O Método Grönholm

Até onde você é capaz de ir na disputa pelo emprego dos sonhos? É essa provocação cheia de ironia que os diretores Lázaro Ramos e Tatiana Tibúrcio fazem ao público na comédia O Método Grönholm, que, depois de uma temporada em sucesso em São Paulo, finalmente chega ao Rio de Janeiro. O espetáculo pode ser conferido no Teatro Copacabana Palace, entre 6 de janeiro e 5 de fevereiro de 2023, às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h.

No elenco, Luis Lobianco, Raphael Logam, George Sauma e Anna Sophia Folch vivem a irresistível história de quatro executivos ambiciosos que disputam uma única vaga de emprego. Confinados em uma sala e observados como que em um reality, eles são submetidos a provas pouco convencionais.

A um passo de alcançarem a tão desejada posição, eles vão sendo envolvidos em situações tão surpreendentes quanto constrangedoras, sempre recheadas de revelações. Ao passo que se envolvem com o jogo, a verdadeira natureza de cada participante é exposta. Em clima de crescente tensão e recheada de humor ácido e ironia, o espetáculo traz diversas reviravoltas, despistando o público e revelando o lado mais ridículo do ser humano.

Este é o mote da aclamada obra escrita em 2002 pelo catalão Jordi Galcerán, que, de forma muito inteligente e divertida, conta as dificuldades que muita gente enfrenta na busca por uma boa vaga de trabalho e tudo aquilo que as pessoas fazem para conseguir seus objetivos. A comédia é um sucesso ao redor do mundo há 20 anos, tendo originado o filme espanhol El Método, dirigido por Marcelo Piñeyro, em 2005, e lançado no Brasil com o título “O que você Faria?”.

“O texto do Jordi Galcerán fala sobre métodos pouco ortodoxos para selecionar um profissional para uma empresa, fazendo deliciosas provocações sobre os comportamentos reais das pessoas em momentos como este, em que um processo de seleção vira um combate. Assim que o grupo se reúne para a avaliação, aparece a informação de que um deles é um funcionário infiltrado na empresa”, adianta o diretor Lázaro Ramos, que, em 2007, encarnou um dos candidatos da primeira versão brasileira de O Método, ao lado Taís Araújo, ngelo Paes Leme e Edmilson Barros.

O fictício Método Grönholm, imaginado por Galcerán, consiste em um rígido processo de seleção do perfil mais adequado a uma vaga de emprego, fazendo com que os próprios candidatos que foram selecionados para a última fase eliminem quem eles mesmos julgam como menos aptos à função. Confinados por vontade própria em um ambiente controlado, os candidatos devem obedecer a instruções e encarar desafios, idealizados de modo a que surjam conflitos e desconfianças entre o grupo, ao mesmo tempo em que segredos sejam revelados.

Com mais de 30 espetáculos como ator, Lázaro Ramos reitera com O Método sua paixão também pela direção: no teatro já assinou as peças “Antes do Ano Que Vem” (estrelada por Mariana Xavier), “Namíbia, Não”, “Campos de Batalha”, “O Jornal” e “O Topo Da Montanha”. No cinema, Lázaro dirigiu seu primeiro longa-mentragem de ficção “Medida Provisória”, ainda em cartaz nos cinemas, e, ao lado de Thiago Gomes, o documentário “Bando, um filme de”, sobre o Bando de Teatro Olodum. Na codireção do espetáculo, está a atriz, preparadora de elenco e diretora Tatiana Tibúrcio que tem no currículo três novelas na Rede Globo, cinco peças, uma indicação ao Prêmio Shell de melhor atriz, além de trabalhos como pesquisadora e diretora de tv, teatro e cinema.

Ficha Técnica
Autor: Jordi Galceran
Tradução e Direção:
Lázaro Ramos

Codireção:
Tatiana Tibúrcio

Elenco:
Luis Lobianco, George Sauma, Raphael Logam e Anna Sophia Folch

Figurino:
Tereza Nabuco

Direção de Arte:
Mauro Vicente Ferreira

Assistentes: Rogério Chieza e João Vithor de Carli

Design de Luz:
Ana Luzia Molinari de Simoni
Operador de Luz e Som: Hermes Ericeira
Operador de Som: Emerson Mendes
Fotos: Chico Cerchiaro
Fotos de cena: João Caldas
Tratamento de Imagem: Marisa Tomas
Vídeo: Camisa Preta Filmes
Assistente de Produção: Thais Pinheiro

Assessoria de Imprensa: Douglas Picchetti e Helô Cintra – Pombo Correio
Assessoria de comunicação: Evandro Rius
Produção Executiva: Viviane Procópio

Direção de Produção:
Radamés Bruno

Coordenação Geral:
Anna Sophia Folch

Produção:
Curumim Produções, LPLAZ Produções, e BR Produtora

Idealização e Realização:
Lázaro Ramos e Anna Sophia Folch

Serviço

O Método Grönholm, de Jordi Galceran

Temporada: 6 de janeiro a 5 de fevereiro de 2023, às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h

Teatro Copacabana Palace
– Av. Nossa Sra. de Copacabana, 261, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ

Ingressos: Setor 1 – R$180 | Setor 2 – R$160 | Setor 3 – R$100*
*Meia-entrada disponível para todos os setores
Vendas online na plataforma Sympla
Gênero: Comédia
Classificação: 12 anos
Duração: 70 minutos
Capacidade: 332 lugares
Acessibilidade: espaço possui acessibilidade para pessoas com deficiências e mobilidade reduzida.
Redes sociais da peça (Twitter, Facebook, Instagram): @ometodogronholm

“FURDUNÇO DO FIOFÓ DO JUDAS – UMA OPERETA POPULAR APIMENTADA POR MARINÊS” FARÁ ÚNICA APRESENTAÇÃO, DIA 18 DE JANEIRO, NO TEATRO CLARO RIO

Furdunço do Fiofó dos Judas - Da E para D - PV Israel, Cilene Guedes, Jefferson Almeida, Paula Sholl e Jacyara de Carvalho

Furdunço do Fiofó dos Judas – Da E para D – PV Israel, Cilene Guedes, Jefferson Almeida, Paula Sholl e Jacyara de Carvalho Foto: Chico Lima

Em 2023, a Cia Bagagem Ilimitada comemora oito anos de existência com muitos motivos para celebrar. Assistido por mais de 3 mil pessoas em três temporadas no Rio de Janeiro, o premiado espetáculo “Furdunço do Fiofó do Judas – Uma Opereta Popular Apimentada por Marinês” volta ao cartaz, para uma única apresentação, dia 18 de janeiro, no Teatro Claro Rio, em Copacabana. Com dramaturgia do próprio grupo e direção de Jefferson Almeida, o musical foi indicado ao Prêmio de Humor – idealizado por Fábio Porchat – nas categorias de Melhor Peça, Melhor Texto e na categoria Especial pela introdução do repertório musical da cantora Marinês à dramaturgia, vencendo como melhor dramaturgia em 2020.

Carregado de brasilidade, o enredo viaja até o interior do Nordeste para contar a história de quatro mulheres, Adelina, Antônia, Francisca e Gumercinda, prostitutas e donas de um bordel que recebem a visita de um forasteiro que vai abalar as estruturas do cabaré. Elas só não desconfiam que o sargento Malaquias de Jesus é o próprio Diabo, que aparece para roubar o coração das moças! As situações são apresentadas de maneira leve e cheia de borogodó, evocando o melhor da tradição teatral e cultural nordestina. O público vai reconhecer a exaltação à força da mulher batalhadora, os “quiproquós” e reviravoltas divertidíssimas. Há também a velha peleja entre o Coisa Ruim e Deus, que aqui no espetáculo é mulher e interpretada pela premiada atriz Vilma Melo, em uma Toda-Poderosa participação afetiva em off.

Para apimentar essa receita, PV Israel e Jacyara de Carvalho, intérpretes e responsáveis pela dramaturgia, resgataram o pioneirismo e o humor de canções imortalizadas na voz da pernambucana Marinês, a Rainha do Xaxado. Falecida em 2007, a cantora e compositora foi a primeira mulher a liderar uma banda de forró (Marinês e sua gente) e estourou em todo o país com a música “Peba na pimenta”, recheada de duplo sentido. Esta e outras 23 canções gravadas por Marinês aparecem não como uma homenagem biográfica, mas para dar mais malícia à história passada em Fiofó do Judas.

“A opereta é um desdobramento da ópera para o público popular. Como a gente tem uma opereta, que já é popular, mais popular ainda? Temos essa possibilidade de embarcar em todos aqueles assuntos que agrada a essa camada dita popular, que os faz rir, que está na ordem do dia, na ordem do dia a dia, que faz o trabalho leve, faz a vida respirar melhor”, conta Jefferson Almeida, intérprete de Malaquias e também diretor do espetáculo.

Sob a batuta da diretora musical Deborah Cecília, o elenco vai fazer o público se mexer na cadeira ao som de muito xaxado e baião. Furdunço do Fiofó do Judas é um espetáculo leve e divertido, que aborda temas relevantes sem deixar de fazer rir. “Subjetivamente e culturalmente, trazer o Nordeste para cá – uma pequena cidade fictícia e o que acontece nela – é falar do nosso Brasil, falar de um lugar que ainda está à margem, em várias camadas. Trazer mulheres como protagonistas, prostitutas… Por mais que leve que seja, estamos falando disso: de pessoas que precisam ser vistas. E valorizadas pelo que fazem. O teatro feito no seu mais simples que é era uma vez uma história de mulheres que vencem através da sua autoestima”, comenta Jacyara.

Ficha técnica
Dramaturgia: Cia Bagagem Ilimitada (Jacyara de Carvalho e Pv Israel)
Direção / Colaboração dramatúrgica: Jefferson Almeida.
Direção Musical / Preparação vocal: Deborah Cecília
Assistente de direção: Clara Equi
Elenco: Cilene Guedes, Jacyara de Carvalho, Paula Sholl, PV Israel e Jefferson
Almeida.
Participação afetiva: Vilma Melo na voz de Deus.
Iluminação / Operação de luz: Felipe Antello.
Cenografia: Taisa Magalhaes.
Figurino: Arlete Rua.
Visagismo: Paula Sholl.
Músico Ensaiador: Raphael Pippa.
Direção de palco/Camareiro: Júnior Israel.
Consultoria de danças populares: Roberto Rodrigues.
Costureira: Rute Israel / D. Jandira.
Cenotecnico: Moisés Campos.
Logo: Alluan Lucas.
Designer gráfico: Davi Palmeira / @aquatro_
Sonorização: Lucas Campelo.
Microfonista: Ananda Amenta.
Estúdio: Musimundi
Músicos da base: Violoncelo – Pedro Izar; Piano e Sanfona – Tibor Fittel;
Violões – Debora Cecilia e Raphael Pippa; Percussão – Felipe Antello.
Assessoria de imprensa: Rachel Almeida / Racca Comunicação.
Produção Executiva: Jacyara de Carvalho / PV Israel / Denan Pettmant.
Assistente de Produção: James Simão.
Coprodução: L2C
Realização: Cia Bagagem Ilimitada

Serviço:
Furdunço do Fiofó do Judas – Uma Opereta Popular Apimentada por Marinês
Data: 18 de janeiro de 2023.
Teatro Claro Rio: Rua Siqueira Campos, 143 – Copacabana. Shopping Cidade Copacabana – 2º piso.
Telefone: (21) 2147-8060.
Dias e horários: quarta-feira, às 19h30.
Ingressos: Plateia e frisa: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada). Balcão: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada).
Lotação: 659 lugares
Duração: 1h30
Classificação etária: 16 anos
Venda de ingressos: pelo site Sympla (https://bileto.sympla.com.br/event/78470/d/168423 e na bilheteria do teatro.
Funcionamento da bilheteria: de Segunda a domingo, das 10h às 22h, inclusive feriados.

O CACHORRO QUE SE RECUSOU A MORRER FAZ TEMPORADA EM JANEIRO NO TEATRO BRIGITTE BLAIR

O cachorro que se recusou a morrer

O cachorro que se recusou a morrer – foto: Fernando Valle

O argumento de O cachorro que se recusou a morrer, novo espetáculo multimídia do ator e autor Samir Murad, que divide a direção com Delson Antunes, deriva de suas memórias e das histórias contadas por seu pai: um imigrante libanês em sua luta pela sobrevivência numa terra estranha. Conflito, êxodo, o novo mundo, casamento por encomenda, saúde mental afetada, são conteúdos que, como um mascate andarilho, o ator mambembe carrega em sua mala e que pretende vender ao seu público. Dessas referências nasce um contato intimista e revelador entre artista, teatro e espectador. A peça estreia nesta sexta-feira (6 de janeiro) no Teatro Brigitte Blair, em Copacabana

– Quero lhes apresentar essa história porque acredito que ela cumpre a função essencial do Teatro: emocionar e provocar uma reflexão sobre a condição humana. Depois da trilogia Teatro, Mito e Genealogia – a partir de uma pesquisa de linguagem cênica, baseada em conceitos e práticas teatrais de Antonin Artaud –, representada pelos meus trabalhos anteriores: Para Acabar de Vez com o Julgamento de Artaud (2001); Édipo e seus Duplos (2018); e Cícero – A Anarquia de um Corpo Santo (2019), proponho com O cachorro que se recusou a morrer uma nova forma de narrativa, mais simples, mais contida e essencial. Meu foco, aqui, é a alma do texto. O diálogo com o público. Por trás de uma cena de família (da minha família), muitos aspectos da cultura árabe – alguns deles em gritantes conflitos com os costumes brasileiros – precisam ser revisitados. Começando pela submissão da mulher, a intolerância religiosa, o poder tribal do patriarca –, declara Samir Murad.

“… e ao longe se escutava o cachorro que se recusou a morrer.”
Trecho de poema do livro o Retorno de Netuno, de Samir Murad.

Um casamento por encomenda e uma tríade formada pelo pai, a mãe e a irmã mais velha, afetada mentalmente (inclusive por internações) pelo casamento sem amor dos pais. Marcas que não desvanecem e perpassam por toda a relação familiar do autor-ator, extraídas não apenas de suas memórias, mas de relatos gravados por seu próprio pai antes de falecer. Conflitos que estão em cada um de nós e ajudarão a resgatar sentimentos no público, por meio de recursos cênicos despojados, apoiados principalmente pelo trabalho de corpo e voz do ator. Assim o texto oscila entre o drama e o humor, trazendo à cena uma cultura machista, forjada em dogmas religiosos que até hoje permeiam a maioria dos lares brasileiros. Em alguns momentos, projeções mesclam imagens criadas com fotos reais antigas, assim como da casa onde tudo se passou, o que acentua o clima dos escombros da memória. A forte presença da trilha sonora, marca a cultura árabe familiar. Não faltam ao espetáculo os gestos, a mímica e as pantomimas que emprestam emoção à palavra.

Ficha técnica

Criação, texto e atuação: Samir Murad
Direção: Delson Antunes e Samir Murad
Cenografia: José Dias
Figurino e adereços: Karlla de Luca
Iluminação: Thales Coutinho
Trilha Sonora: André Poyart e Samir Murad
Videocenário: Mayara Ferreira
Assistente de direção: Gedivan de Albuquerque
Assessoria de imprensa: Ney Motta
Programação visual: Fernando Alax
Fotos: Fernando Valle
Midias: Cia Teatral Cambaleei, mas não caí…
Cenotécnico: Mario Pereira
Costureira: Maria Helena
Direção de produção: Fernando Alax
Produção executiva: Wagner Uchoa
Operação audiovisual: Mayara Ferreira
Operação de luz: Hélio Malvino
Realização: Cia Teatral Cambaleei, mas não caí…

Serviço

Estreia nacional: Dia 6 de janeiro de 2023.
Temporada: 6, 13, 20 e 27 de janeiro, sextas-feiras, às 20h.
Local: Teatro Brigitte Blair
Endereço: Rua Miguel Lemos, 51-H, Copacabana, Rio de Janeiro.
Próximo a Estação Cantagalo do Metrô Rio.
Informações: 21 2521-2955
Valor do ingresso: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia-entrada)
Vendas na bilheteria do Teatro ou pelo site https://www.sympla.com.br
Capacidade de público: 200 pessoas
Classificação: Não recomendado para menores de 10 anos.
Duração: 75 minutos
Drama

Circulação pelo Edital Retomada Cultural RJ2

Dias 3, 4 e 5 de fevereiro, sexta, sábado e domingo, às 19h.
Local: Associação Sholem Aleichem – ASA
Endereço: Rua São Clemente, 155, Botafogo, Rio de Janeiro.
Informações: 21 2535-1808
Estacionamento no local.
Ingressos grátis.

Dias 10 e 11 de fevereiro, sexta e sábado, às 19h.
Local: Teatro Popular Oscar Niemeyer
Endereço: Rua Jornalista Rogério Coelho Neto, s/nº, Centro, Niterói.
Estacionamento rotativo ao lado do Teatro.
Capacidade de público: 350 pessoas
Ingressos grátis.

TEXTOS CRUÉIS DEMAIS – QUANDO O AMOR TE VIRA PELO AVESSO’ DE 13 DE JANEIRO A 26 DE FEVEREIRO – TEATRO IPANEMA (RJ)

Textos cruéis

Textos cruéis – Foto de Carlos Costa

A escrita de Igor Pires está intimamente ligada ao mundo hiper conectado das redes sociais. Seu livro de estreia, ‘Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente’, vendeu meio milhão de exemplares e motivou o projeto TCD nas redes socais, onde tem quatro milhões de seguidores. Igor está lançando o quinto volume da série ao mesmo tempo que sua primeira história chega aos palcos, com a estreia de ‘Textos cruéis demais – Quando o amor te vira pelo avesso’, no Teatro Ipanema (RJ). Depois da temporada carioca o espetáculo segue para apresentações em São Paulo, no Teatro Sérgio Cardoso. O projeto foi idealizado por Carlos Jardim, que também assina o texto e a direção da peça.

‘Li uma reportagem sobre o livro e achei muito interessante que um jovem de vinte e poucos anos tivesse escrito histórias de amor tão intensas e ainda em forma de poesia. Logo percebi a força daqueles sentimentos, e como isso poderia ficar forte no palco’, relembra Jardim, que estreia na direção teatral após assinar roteiro e direção do bem-sucedido documentário ‘Maria – Ninguém sabe quem sou eu’, sobre a cantora Maria Bethânia, cuja bilheteria acumula mais de 20 mil espectadores, se tornando o documentário nacional mais assistido dos últimos quatro anos.

Ainda que a história contada na peça seja um retrato dos relacionamentos atuais da juventude, os sentimentos que movem Pedro (Edmundo Vitor) são absolutamente atemporais. Devastado com o término de um tórrido e turbulento relacionamento, ele relembra seus momentos com Fábio (Felipe Barreto) e compartilha uma série de confissões, dores, reflexões e lembranças com a plateia. Em alguns momentos, empunha o violão e também apresenta canções inéditas, compostas especialmente para o espetáculo.

Quando Jardim leu o livro, percebeu que o texto era muito sonoro, e logo veio a ideia de ter música na peça. As composições são uma parceria dele com Liliane Secco, conhecida musicista e também muito presente no universo teatral, que elaborou os arranjos e a direção musical da peça. Igor Pires entra como parceiro em duas músicas. Como frisa o diretor, a atual montagem não é um musical, mas uma peça com música, em que os números ajudam a contar mais sobre os personagens e suas emoções.

‘Igor foi incrível, me deu total liberdade pra adaptar a história’, lembra Jardim. Uma das grandes diferenças será a presença do ex-namorado do personagem em cena. ‘O livro me pareceu um grande desabafo do Igor depois de ser deixado pelo namorado. Mas só o Igor tem voz na narrativa. Fiquei imaginando quem seria a pessoa que motivou tanta dor e tantos poemas lindos! Criei então o outro personagem, que não existe no livro’, conta o diretor, que ressalta a importância de se contar uma história de amor homossexual depois de todo o período de avanço do conservadorismo no país. Igor Pires faz coro a Jardim: ‘Existe uma necessidade de que histórias de amor como esta sejam contadas, especialmente porque o público pode se relacionar em um lugar comum, e acredito que o livro e o espetáculo proporcionarão tamanha identificação’.

Edmundo Vitor, que interpreta o protagonista Pedro, vai além: ‘Amar é um ato de coragem e entrega! Essa é uma história que mostra a vulnerabilidade de quem se entrega ao amor por completo. Ainda é, sim, importante falar de amor, principalmente nesses tempos tão obscuros e turbulentos com tanta homofobia, ódio e racismo, e essa é uma forma poética de trazer luz e reflexões sobre o turbilhão de emoções que amor provoca’.

A celebração da diversidade estará presente também na sessão de estreia do espetáculo, no dia 13/1, quando o bloco Simpatia É Quase Amor fará uma apresentação especial no teatro.

Nos dias 14 e 15 de janeiro o autor Igor Pires estará no teatro fazendo tardes de autógrafo do seu quinto livro: “Textos para tocar cicatrizes”, da Editora Alt.

Ficha técnica:
TEXTOS CRUÉIS DEMAIS – Quando o amor te vira pelo avesso
Livremente inspirado no Livro “Textos cruéis para serem lidos rapidamente” de Igor Pires
Texto e Direção: Carlos Jardim
Elenco: Edmundo Vitor e Felipe Barreto
Assistente de Direção e Direção de Movimento: Flávia Rinaldi
Direção Musical, trilha original e arranjos: Liliane Secco
Direção de Produção: Gaby de Saboya
Cenografia e Figurino: Marieta Spada
Iluminação: Paulo Denizot
Assistente de Produção: Leila Alvarenga
Operador de Som: Consuelo Barros
Assessoria de Comunicação: Pedro Neves
Social Media: Clara Corrêa
Assessoria Jurídica: Berenice Sofiete
Controller Financeiro: Fernanda Lira
Fotógrafo: Carlos Costa

Serviço
Rio de Janeiro
De 13 de janeiro a 5 de março
Sextas e sábados, às 20h. Domingos, às 19 horas.
Teatro Ipanema
Ingressos a R$ 80 e R$ 40 (meia)
Primeiro final de semana (14 e 15 de janeiro): R$ 50 e R$ 25 (meia)
Classificação indicativa: 16 anos
Link de venda de ingressos: Sympla

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