Elisa Lucinda faz nova temporada do espetáculo “Parem de falar mal da rotina” no Teatro Liberdade, em São Paulo

 Foto de Jonathan Estrella
Elisa Lucinda volta aos palcos paulistanos - Foto de Jonathan Estrella

Parem de falar mal da rotina é um fenômeno. Não se tem notícia, pelo menos no Brasil, de outro monólogo criado e protagonizado por uma mulher negra que tenha arrastado milhares de espectadores pelo país inteiro e fora dele, por 22 anos. O espetáculo de Elisa Lucinda volta em cartaz em São Paulo no Teatro Liberdade  para uma curtíssima temporada.

Na peça, dirigida por Geovana Pires, a atriz e autora trata o cotidiano como espaço de estreia e criatividade, e não como uma repetição. Para tanto, desfila sua poesia e suas encantadoras histórias cênicas para revelar ao espectador os nossos óbvios, onde o público se vê. O resultado traz uma experiência na qual, por pouco mais de duas horas, o espectador ouve elogios à rotina, e é convidado a uma auto-observação de nossa dramaturgia diária. 

A chave, da qual parte a autora, é simples, porém fundamental: a rotina é feita de um conjunto de escolhas. Toda geografia de nossos atos cotidianos é desenhada por nossos desejos e decisões diante das opções, portanto, nós somos os responsáveis pelo que chamaremos de rotina e ninguém é culpado deste desenho. Só nós mesmos. Depois de nos levar a rir e chorar de nós mesmos, a sequência de cenas nos leva a crer no poder que temos, cada um, de atuar nessa rotina, de modo a otimizá-la, melhorá-la, trazê-la para mais perto dos nossos sonhos. Em verdade, nós temos o poder da mudança, nós somos os diretores, atores, autores, roteiristas e produtores das nossas próprias vidas.

“A peça nasceu das inúmeras lições que a natureza nos ensina todo dia. A grande lição é a capacidade de estreia que faz tudo na natureza acontecer de forma espetacular di-a-ri-a-men-te: o nascer do sol, o pôr do mesmo sol, o céu, a chuva, as estrelas, os ventos e as tardes. A natureza ensina a toda gente, mas, às vezes, alunos distraídos que somos, não vemos o lindo óbvio que ela nos oferece e as dicas que ela pode nos dar na condução de nossa vida diária”, conta a atriz e autora do espetáculo.

Junto com a Geovana Pires, Elisa Lucinda criou a Companhia da Outra, que assina o espetáculo. A linguagem desenvolvida nesta obra “engana” o público, pois, seu arcabouço de condução coloquial leva o espectador a achar que tudo é improviso, mas com as surpresas cênicas e algumas repetições de cena, acaba-se concluindo que tudo ali é marcado, ensaiado, ainda que muitos improvisos aconteçam realmente, fruto da interação com a plateia que o espetáculo propõe.

Deselitizando a poesia, Elisa fala o texto poético como quem conversa com o público, emociona e diverte com suas palavras gente de zero a cem anos, de todo o tipo e lugar. A experiência assemelha-se a uma espécie de autoajuda inteligente, uma aula de cidadania através da educação emociona.

Comemorando vinte e dois anos de estrada, o espetáculo abraça plateias e admiradores no Brasil e no exterior, com sucesso de público e crítica. A cerimônia de repeti-lo todos os dias especializou sua criadora na arte de estreá-lo diariamente. A escolha dessa linguagem de roteiro aparentemente imprevisível para quem vê, produziu um outro fenômeno que é a repetição do público. 

FICHA TÉCNICA
Texto e Atuação: Elisa Lucinda
Direção: Geovana Pires
Direção de Produção: Rafael Lydio
Cenografia: Gisele Licht
Figurinos: Christina Cordeiro
Iluminação: Djalma Amaral
Operador de Luz: Marcelo Demarchi
Operador de Som: Alessandro Aoyama – JAPA
Camareiro/contrarregra: Eduardo Brandão
Coordenador de Comunicação: Daniel Barboza
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio Assessoria de Imprensa
Realização: Casa Poema
Produção: Paragogí Cultural


SERVIÇO: PAREM DE FALAR MAL DA ROTINA COM ELISA LUCINDA
Data: 22/06/24 à 20/07/24 – Curta temporada
Horários:  Sábados às 21h      
Duração: 2h00
Classificação: 14 anos
Local: Teatro Liberdade – Rua São Joaquim 129 – Bairro: Liberdade
INGRESSOS de R$ 30,00 a R$ 150,00

 

“O Poeta Aviador” estreia no Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro

 Foto de Dalton Valério

 

Com texto inédito de Renata Mizrahi — vencedora do Prêmio Shell em 2015 por “Galápagos”—, o espetáculo “O Poeta Aviador” faz sua estreia na Arena do Sesc Copacabana no dia 27 de junho. A direção da montagem leva a assinatura da autora e de Priscila Vidca, com quem Renata está celebrando 11 anos de parceria. Juntas, elas têm no currículo peças premiadas e de sucesso, como “Gabriel Só Quer Ser Ele Mesmo”, “Silêncio!”, “Vale Night” (em cartaz no Rio e em Portugal) e “Os Sapos”, que ganha este ano uma versão para o cinema com Thalita Carauta à frente do elenco.
Vilma Melo (protagonista da série ‘Encantados’, da TV Globo), Hugo GermanoJefferson Schroeder José Karini compõem o elenco de “O Poeta Aviador”. Primeira atriz preta a vencer o Prêmio Shell de Melhor Atriz – por “Chica da Silva – O Musical”, em 2017, também escrito por Renata –, Vilma firma mais uma parceria com a autora, com quem encenou recentemente o solo “Mãe de Santo”. Na nova peça, a atriz dá vida a Sheila, uma mulher de classe média que enfrenta uma crise na relação com o marido, Cláudio (José Karini), enquanto precisa lidar com as questões do filho pré-adolescente (Hugo Germano), que tem 11 anos. “Já perdi a conta dos trabalhos que fiz com a  Renata: são muitas frentes e linguagens. E cada vez que ela escreve, eu me surpreendo. Este texto agora toca nas relações familiares e sociais, mostra como um casal lida com as pessoas com as quais convive, principalmente o filho, e também a forma como encaram o dinheiro. Existem muitas verdades. Construo a Sheila a partir da observação de muitas mulheres, ouço muito o texto, a direção, os colegas. Além da técnica, uso a minha intuição, pois a criação parte dela”, conta Vilma. 

Sheila, sua personagem, é muito apegada ao menino e, agora, ela e o marido precisam se reinventar e muito diante de uma situação-limite: Cláudio está com a sua empresa de advocacia à beira da falência e, em meio a tudo isso, o filho deles é internado em um hospital, onde parece apenas ter alguma paz quando está ao lado do voluntário Rafael (Jefferson Schroeder). Este personagem acaba se transformando em um trampolim para a grande virada na relação desta família. 

“Sou muito amigo dos meus dois sobrinhos, um deles tem a idade do Lucas. Interpretar o Rafael significa também entender como levar para o palco essa afinidade que se dá com uma criança que está passando por um momento difícil. A peça também expõe o dia a dia de crianças que veem suas realidades empurradas para quartos de hospital e nos faz refletir sobre nossas próprias vidas”, diz Jefferson, intérprete de Rafael.

Contudo, o espetáculo trata de todos esses temas com muita leveza e é destinado a toda a família, como explica a autora, Renata Mizrahi. “Colocamos uma lupa sobre esta família interracial de classe média. O texto foi se modificando de lá para cá, comecei a escrevê-lo há 12 anos. Mostramos um casal com muitas dificuldades em entender o processo de transformação que o filho está atravessando”, diz a escritora. 

Hugo Germano, que recentemente esteve no longa “Mussum: O Filmis”, tem se divertido nos ensaios ao dar vida a um menino de 11 anos. O ator tem 32 anos e interpreta brilhantemente Lucas. “Eu sempre digo que tenho um Erê dentro de mim. Gosto muito do universo da criança, dá espaço para muita criação. É muito à flor da pele também. O personagem é uma criança sonhadora como eu fui”, confessa.
Ficha Técnica
Texto: Renata Mizrahi
Direção: Priscila Vidca e Renata Mizrahi

Elenco: Hugo Germano, Jefferson Schroeder, José Karini e Vilma Melo

Produção Executiva: Amanda Lima

Cenário: Anderson Aragón

Figurino: Guilherme Reis

Iluminação: Anderson Ratto

Trilha sonora: Wladimir Pinheiro

Fotos e vídeos: Dalton Valério

Assessoria de comunicação: Dobbs Scarpa

Mídias Sociais: Rafael Teixeira

Direção de produção: Renata Mizrahi e Priscila Vidca

Arte: Luciano Cian

Assistente: Claudio Attademo

Gerente Financeiro: Alan Isídio

Realização: Teatro de Nós Produções Artísticas

Serviço
Arena do Sesc Copacabana.
Rua Domingos Ferreira 160, Copacabana. Informações: (21) 2547-0156.
De 27 de junho a 21 de julho. Quinta a domingo, às 20h.  

Ingressos: R$ 7,50 (associado do Sesc), R$ 15 (meia-entrada), R$ 30 (inteira)

Bilheteria – Horário de funcionamento:

Terça a sexta – de 9h às 20h; sábados, domingos e feriados – das 14h às 20h.

Classificação indicativa: 12 anos

Duração: 70 minutos

Gênero: Comédia dramática

 O Homem Que Queria Ser Livro será apresentado na cúpula do Theatro Municipal de São Paulo

Foto de Eliana Souza

Com texto de Flavio de SouzaO Homem Que Queria Ser Livro é um trocadilho entre “li-vro” e “li-vre” numa busca de elaboração do cotidiano da vida e da morte, mas, principalmente da superação do viver. A montagem tem a canção Coração de Luto interpretada a capella por Ney Matogrosso. Para as apresentações, a cúpula do Theatro Municipal será transformada numa grande biblioteca, como cenário para a peça.

Diante do enigma da morte e do vazio deixado pela perda de um ente querido, um homem parte em busca do sentido da vida. Nos livros, encontra seu refúgio, enquanto narra os motivos que o afastam do convívio social e o conduzem à solitude das letras. Quando suas forças se esgotam, ele recorre à imaginação para escapar da realidade, mas ainda assim é puxado para um profundo e escuro abismo. Para se proteger, começa a encarnar física e psicologicamente diversos personagens. É nesse processo de “virar letra” que ele encontra o Cavaleiro da Triste Figura: Dom Quixote, que o faz renascer e se redescobrir.

“O espetáculo conta a trajetória de um homem que demorou para descobrir qual era sua missão na vida: fazer parte do grupo que mantém acesa a chama da sabedoria no mundo, neste momento histórico em que a falta de valores da maior parte da humanidade leva cada vez mais à desvalorização de virtudes e humanismo”, explica Flavio de Souza

O texto é um misto de história pessoal, desde a infância marcada pelo teatro, que se universaliza ao abordar temas filosóficos e essenciais à vida de todos.

 A trajetória de criação 

Darson Ribeiro criou o espetáculo como uma forma de superar várias perdas, incluindo o luto pela mãe. Ele foi precoce no aprendizado. Aos cinco anos, num sítio, passava horas debaixo da mesa da professora, sua mãe e, por isso, a homenagem que ao mesmo tempo serviu de elaboração do luto daquela mulher.

O solo estreou na Livraria da Vila, nos Jardins, e teve temporada esgotada nos três meses iniciais.Isso levou a um convite da Secretaria Municipal de Cultura, permitindo que a peça se apresentasse em bibliotecas desde a periferia até o centro da cidade.

Durante a pandemia, foi um dos espetáculos mais assistidos pelo #emcasacomosesc e também pelos canais das Secretarias do Estado e do Município. Anos depois, deu origem ao Teatro-D, inaugurado por Ney Matogrosso em 26 de novembro de 2019. Apesar das dificuldades, Darson comemorou o sonho realizado, embora suas atividades tenham se encerrado após apenas dois anos e sete meses, com o espetáculo de Heloísa Périssé.

“A estreia foi sob a direção de Rubens Rusche que saiu do projeto meses depois. Assumi a complexidade da montagem principalmente para poder adequá-lo em bibliotecas, casas de cultura, livrarias e espaços não convencionais, mas, sem macular a essência. Criamos a personagem pensando primeiro na lógica da escrita para demarcar laços de vogais as sentenças, dando volume e peso; dramaticidade humor ao que se lê e aí, transpor o foco para o corpo do ator”, explica Darson.

Ao contrário de um “anjo caído”, ele desafiou a vontade dos homens, não a vontade divina, e flutuou entre as palavras usando as capas dos livros como base, e ao se envolver tanto nas histórias, ele se torna como Dom Quixote e os livros então, o ajudam a sair da fantasia e entender a realidade.

Então, se segurou nos livros e ficou suspenso no ar – também no sentido figurado de escapar da realidade, tendo as palavras como poder de transportá-lo para um mundo imaginário – as pessoas já não sonham mais, nem mesmo conseguem imaginar.

Participação de Ney Matogrosso

A ideia de convidar Ney Matogrosso foi além da longa amizade. Baseou-se na capacidade dele de expressar uma tragicidade profunda com sua voz, mantendo uma neutralidade ao cantar. Coração de Luto nunca havia sido interpretada a capella antes. Essa música, adaptada por sua mãe, marcou a primeira aparição de Darson no palco, quando ele tinha cinco anos.

LINK DA GRAVAÇÃO no Estúdio Alma Sintética, no Rio, dirigida por Darson Ribeiro:

https://youtu.be/NUstBgtyvJA

Ficha técnica:

Texto: Flavio de Souza. Participação Especial: Ney Matogrosso. Assistente de Direção, Operação de Luz e Som: João Marcos Barbosa. Fotografia: Eliana Souza e Moisés Pazianotto. Criação da logo: Iago Sartini. Diagramação e Manipulação: Torino Comunicação. Assessoria de Imprensa: Adriana Basanelli. Campanhas e Mídias:  King Artes Online. Edição de Som: Lalá Moreira DJ. Gravação: Estúdio Alma Sintética – RJ. Trilha: Rubens Rusche. Cenário, Luz e Figurino: Darson Ribeiro. Armazenamento Oficial: GOODSTORAGE. Realização: DR Produções Teatro-D.

Serviço:

O Homem Que Queria Ser Livro

Espetáculos: Dias 23, 24 e 25 de junho, às 20h. 

Duração: 50 minutos.

Capacidade: 150 lugares.

Classificação Indicativa: Livre.

Cúpula Do Theatro Municipal de São Paulo 

Praça Ramos de Azevedo, S/N | INFORMAÇÕES 11-3367-7200

Ingresso: R$ 33,00 (inteira) / R$ 16,66 (meia)

Site de Compras: https://www.sympla.com.br/

  

Série infantil ganha peça musical e estreia em São José dos Campos

Foto Arquivo pessoal

No domingo, dia 30 de junho, a cidade de São José dos Campos será palco para a estreia da peça teatral “Tia Cecéu – O Musical”, com direção de Olavo Cavalheiro. As crianças vão se divertir, cantar e aprender valores fundamentais para a vida com os personagens da série “Tia Cecéu”, da TV Novo Tempo, emissora localizada em Jacareí. Serão três sessões: 10h, 15h30 e 19h, no Espaço Cultural Dom Bosco, teatro do Instituto São José, no bairro Esplanada. Os ingressos estão disponíveis no site www.bilhetero.com .

A História

Com o título “Uma Aventura na TV”, a história começa com a abertura de uma vaga para apresentador de um programa infantil em uma emissora de TV. Vovó Lourdes, uma senhora simpática e bagunceira, e Ronilson, o síndico do Condomínio dos Girassois, farão de tudo para conseguir essa vaga, dando um grande trabalho para Tia Cecéu, a zeladora do condomínio e grande conselheira de quem mora e trabalha ali. Clarinha e Lelê, duas melhores amigas que, também, moram nos Girassois, estão empolgadas com outra disputa: a de modelo mirim para a escola onde estudam. Enquanto isso, JP, um garoto super animado, aproveita que todos estão querendo ser apresentadores e modelos, para ganhar um dinheirinho como cinegrafista e fotógrafo.  

Carreira Infantil

Nessa peça musical, o público também poderá conferir os grandes sucessos musicais da carreira artística da cantora Maricéu Iglesias, que interpreta a Tia Cecéu há mais de 35 anos. Envolvida com o universo gospel infantil desde 1988, a Tia Cecéu já acumula mais de 12 álbuns de músicas, entre LP´s, CD´s, VHS e DVD´s. Além disso, é a protagonista de um programa na TV Novo Tempo há mais de 20 anos, que em 2019 virou seriado.O musical estreia em São José dos Campos e, em agosto, começa uma turnê nacional. Para quem quiser acompanhar as novidades siga @tiaceceuomusical, no Instagram.

Breve currículo do diretor

Como ator, Olavo Cavalheiro possui mais de 20 espetáculos teatrais em seu currículo, contando também com trabalhos na TV, no cinema e em dublagem. Com passagens por emissoras como TV Globo e Multishow, seus trabalhos mais conhecidos foram para a Disney. Entre eles estão “High School Musical – O Desafio” e as dublagens dos personagens Hans, para o filme Frozen, e Andy para Toy Story 3. No teatro, já dirigiu mais de dez produções teatrais, sendo três de sua autoria.

Informações:

Data: 30 de junho

Sessões: 10h, 15h30 e 19h

Local: Espaço Cultural Dom Bosco – Rua Clóvis Beviláqua, 735 – Jardim Esplanada.

Ingressos: www.bilhetero.com