Inspirado no livro “12 anos de escravidão”, de Solomon Northup, montagem protagonizada por Carmo Dalla Vecchia, Dani Ornellas e David Júnior apresenta uma releitura da história através da ótica feminina negra, presente na direção de Onisajé e Tatiana Tiburcio.
É perpassando a figura de três elementos do mar profundo, a calunga grande dos povos africanos, que é contada a história de “12 anos ou A memória da queda”, espetáculo inédito criado pela dramaturga Maria Shu que estreia nesta quarta-feira (16 de novembro de 2022), às 19h30 no CCBB RJ. As alegorias utilizadas pelas diretoras Tatiana Tiburcio e Onisajé, que também assina a versão final do texto, entram na cena por meio dos personagens de Carmo Dalla Vecchia, Dani Ornellas e David Júnior, o trio de protagonistas que traduz em imagem, movimento e discurso, dentro de certo realismo fantástico, os arquétipos da história original, “12 anos de escravidão”, escrita por Solomon Northup. Idealizada por Felipe Heráclito Lima, a montagem aborda uma temática ainda pulsante nos dias atuais: a escravização dos corpos negros.
“Reconstruímos essa história a partir da compreensão atual de quem é esse sujeito negro e o que significa essa liberdade para
ele hoje a partir dessa trajetória. Porque não é interessante trazer algo datado, mas enxergar dentro dessa narrativa o que a gente conseguiu de vitórias e avanços e o que ainda precisamos romper enquanto imaginário sobre este sujeito, enquanto discurso deste mesmo sujeito, enquanto existência e perspectiva de futuro. O quanto ainda precisamos avançar a partir desta base constituída e apresentada lá trás”, observa Tatiana Tiburcio.
A soteropolitana Onisajé antecipa o posicionamento cênico da dupla de direção que forma com Tatiana. “No que tange à temática, está em cena a nossa análise e posicionamento crítico, ético, político, filosófico e poético-estético acerca da escravização. Ele se traduz na compreensão de que a escravização se sofistica, se disfarça e ainda se mantém muito viva entre nós. Os aportes das diversas opressões encontram na escravização um lugar de deságue”, ressalta.
Onisajé acredita que, mesmo os espectadores que não leram o livro e nem viram o filme, dirigido por Steve McQueen em 2013, encontrarão uma argumentação cênica que aponta o quanto ainda são criados discursos de inferiorização para justificar a neo-escravização. “A questão racial é a pauta mais urgente a ser enfrentada no Brasil. Um país que concebe e ainda alimenta argumentações e posicionamentos racistas não poderá avançar como nação”, defende.
Guiando a estética e a alma da montagem estão as referências da ancestralidade, da filosofia e mitologia negra. “A partir dessa compreensão revisitamos a história de Solomon entendendo os pontos críticos da narrativa em relação aos avanços no discurso racial na prática no nosso dia a dia. Ainda vivemos processos de escravização de diversas formas. Processos diretos – nos interiores deste nosso país – e de formas sutis, mas muito bem compreendidas por quem os sofre nos grandes centros urbanos. É preciso revisitar essa história e reconstruí-la a partir de um olhar feminino, negro, matriarcal, poético, lírico, onírico”, aposta Tatiana.
A ideia de levar aos palcos a história clássica que, em adaptação para o cinema, foi vencedora de três premiações no Oscar, partiu de Felipe Heráclito Lima. Ao se deparar com uma pesquisa sobre a quantidade inacreditável de trabalhadores em regime análogo à escravidão em fazendas de búfalo da Ilha de Marajó (PA), o artista questionador percebeu o quanto o assunto, até então por ele ignorado, precisava ser debatido.
“Senti a necessidade de falar sobre questões urgentíssimas como essa, porque é enorme a quantidade de pessoas iludidas por uma boa oportunidade de trabalho que, por fim, é submetida a um regime desumano dentro de algumas distorções realizadas dentro do capitalismo – que não pode se impor sobre os valores humanos. Isso mexe muito comigo, e pensei nesse projeto como uma plataforma de falar de todos estes assuntos que precisam ser vistos e debatidos a partir do nosso passado colonial nesta sociedade escravocrata”, resume.
Retornando ao teatro, onde começou a carreira que já soma 27 anos, Dani Ornellas vê na montagem um encontro sincrônico com profissionais com os quais sempre teve desejo de trabalhar, dentro e fora de cena. “A vibração de cada um que compõe essa equipe me faz sentir voltando para casa. Estar em cena nesta peça é muito profundo, porque traz histórias muito próximas a situações que eu vivencio como mulher preta artista brasileira. Como minha personagem diz em cena, ‘Sou eu, mesmo quando eu não estou lá. É você, mesmo quando você não está lá. É o seu ancestral’. Este espetáculo é um convite pra que as pessoas pensem sobre isso”, percebe a atriz, para quem reconhecer a situação desigual e cruel da população negra já é um motivo pra mudança, e torce que o público saia refletindo sobre o que se passa na peça.
Para Carmo Dalla Vecchia, falar sobre este tema no palco “é ter a chance de participar de um ajuste, de uma retratação, de assumir responsabilidades, de tocar o coração de outros para pensarmos nos nossos preconceitos. De entender que, antes de dizer que não somos preconceituosos, devemos pensar nos gestos, nas falas, nos momentos que podemos estar ferindo a liberdade e magoando pessoas de uma maneira naturalizada pela nossa história”, pondera o ator, que dividiu os ensaios com as gravações da novela “Cara e Coragem”.
O atual momento do país foi determinante para a montagem contar com David Júnior no elenco. “Estamos tocando numa ferida social, econômica, estrutural do nosso país que precisa ser falada. Me sinto muito realizado como artista pelo tema e pela equipe técnica incrível que conseguimos reunir neste trabalho. Enquanto tivermos pessoas sendo descartadas da sociedade apenas por representar o seu lugar de negro, com todo este discurso de ódio, invisibilidade e descaso com os corpos negros precisaremos colocar estes assuntos em voga. É importante estar em cena no momento em que estamos vivendo, falando dessas mazelas antigas e, ao mesmo tempo, tão atuais na nossa sociedade”, pontua David.
O espetáculo “12 anos ou A memória da queda” é apresentado pela Apsen e tem patrocínio da Chevrolet, Atacadão e Boa Vista através da Lei de Incentivo à Cultura e da DASA, JPG e Secretaria Municipal de Cultura através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS.
SERVIÇO:
- Teatro I – CCBB RJ
- Temporada: 16 de novembro a 16 de dezembro
- Quarta a sábado às 19h30 | Domingo às 18h*
- *Não haverá espetáculo nos dias 24/11 e 02/12
- As sessões estão sujeitas a alterações de elenco.
- Na sessão do dia 20 de novembro haverá acessibilidade com intérprete de libras e audiodescrição
- Inteira: R$ 30 | Meia: R$ 15 , disponíveis na bilheteria física ou no site do CCBB (bb.com.br/cultura)
- Estudantes, maiores de 65 anos e Clientes Ourocard pagam meia entrada
- Classificação indicativa | 12 Anos
- Duração | 90 min
Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – RJ
Tel. (21) 3808-2020 | ccbbrio@bb.com.br
Informações sobre programação, acessibilidade, estacionamento e outros serviços:
bb.com.br/cultura
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FICHA TÉCNICA:
- Elenco: David Júnior, Dani Ornellas e Carmo Dalla Vecchia
- Dramaturgia original: Maria Shu
- Texto Final: Onisajé
- Direção Artística: Tatiana Tiburcio e Onisajé
- Idealização: Felipe Heráclito Lima
- Coordenação Geral e Artística: Anna Sophia Folch e Felipe Heráclito Lima
- Direção de Produção: Leila Maria Moreno e Felipe Valle
- Assistente de Direção: Cridemar Aquino
Elenco Alternante:
- Cintia Rosa, Milton Filho e Bruce de Araujo
- Direção Musical e Música Original: Jarbas Bittencourt
- Cenografia: Wanderley Gomes e Cachalote Mattos
- Figurino: Wanderley Gomes
- Assistência de Figurino e Costureiro: Igor Nascimento
- Desenho de Luz: Jon Thomaz
- Direção de Movimento: Jefferson Bilisco e Tatiana Tiburcio
- Preparação Corporal: Jefferson Bilisco
- Visagismo: Diego Nardes
- Visagista cabeleireiro: Lucas Tetteo
- Produção Executiva: Raissa Imani e Aliny Ulbricht (Kawaida Cultural)
- Assistente de Produção: Luz Anna Rocha
- Direção de Marketing: Felipe Heráclito Lima
- Coordenação de Comunicação: Anna Sophia Folch
- Designer Gráfico: Cadão
- Fotógrafo: Ale Catan
- Assistente de fotografia: Rafael de Sá e Daniel Sulima
- Assessoria de Imprensa: Marrom Glacê Assessoria
- Gestão de Redes Sociais: LB Digital e Conteúdo
- Conteúdo Audiovisual: Allan Fernando
- Gestão de Projeto e Leis de Incentivo: Felipe Valle e Mariana Sobreira (Fomenta Consultoria)
- Produção Financeira: Nathalie Bragado
- Assessoria Jurídica: Julia São Paulo e Ricardo Brajterman
- Contabilidade: Escritório Contábil Catete
- Produtoras Associadas: Brisa Filmes, Sevenx Produções Artísticas e Curumim Produções
ANDRÉ MASSENO APRESENTA NOVA PERFORMANCE NO SESC COPACABANA
‘
CRIATURA TODA MANDÍBULA’ nasce a partir de uma releitura do Manifesto Antropofágico, de Oswald de Andrade, e completa trilogia iniciada por ‘Confete da Índia’ (2012) e ‘Louca Pelo Cheiro do Mar’ (2017)
Fora dos palcos desde 2017, André Masseno iniciou o processo de criação de seu novo espetáculo a partir da releitura do ‘Manifesto Antropofágico’, de Oswald de Andrade. Atravessado pelas mudanças sociais, comportamentais e políticas que o mundo enfrentou nos últimos anos, o performer se viu diante de um grande questionamento inicial: se Oswald pensava na devoração do alheio para ganhar força, como pensar neste procedimento hoje, em um cenário impossível de ser digerido? Este ponto de partida deu origem a ‘Criatura Toda Mandíbula’, que estreia no dia 17 de novembro no Sesc Copacabana, para uma curta temporada de duas semanas.
Responsável pela concepção, direção, dramaturgia e performance, André considera que o trabalho seja parte de uma trilogia composta por ‘Confete da Índia’ (2012) – eleito pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) como Melhor Projeto Artístico em Dança – e ‘Louca Pelo Cheiro do Mar’ (2017). As três montagens são atravessadas por um filtro tropicalista, reunindo uma série de referências de origens diversas, apresentadas de forma direta e sem julgamentos.
O espetáculo celebra ainda os 30 anos de carreira dele, que se dedicou nas últimas décadas a uma pesquisa de linguagem que tensiona elementos da dança contemporânea, teatro, música e literatura. A aridez dos temas apresentados é abordada por uma perspectiva crítica, mas também repleta de ironia.
Doutor em Letras pela Universidade de Zurique (Suíça) e Mestre em Literatura Brasileira pela Uerj, André já se apresentou em uma série de festivais pelo mundo, em países como Alemanha, Croácia, Inglaterra e Suíça. No Brasil, esteve em dezenas de cidades de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo. Por onde passa, ele leva para as plateias uma experiência estética em que o corpo é sempre o centro de tudo.
‘Parto dessas possibilidades de entender o corpo como espaço histórico. Um espaço que foi construído de maneira muito paulatina. Muitas vezes essa construção não é consciente. O processo de ‘Criatura’ passa pela experiência de auto reciclagem, retroalimentação e memória corporal. É a memória do corpo e da fantasia que ele tem em torno da ideia de devorar em tempos indigestos, assim eu penso o espetáculo com o corpo e coloco o corpo para pensar dentro desse nosso contexto histórico’, analisa André.
As referências artísticas que envolvem o processo criativo da performance são muitas e passam por nomes como o já citado Oswald de Andrade, Glauber Rocha e Helio Oiticica, cujas obras também foram marcadas pelo Manifesto Antropofágico e o Tropicalismo, além de uma série de expressões da cultura de massa. Em uma perspectiva horizontal, André não faz juízo de valor entre cultura de massa, alta ou baixa cultura.
As influências – notadas também na presença marcante da trilha sonora – convivem em um espaço de afeto e totalmente descentralizado. Desta forma, obras da canção popular convivem com clássicos, referências a filmes B, MPB e standards internacionais. Assim como em ‘Confete da Índia’ e ‘ Louca Pelo Cheiro do Mar’, a trilha sonora é parte fundamental do trabalho e cria uma narrativa dupla. Segundo André, as camadas sonoras se relacionam com a memória da cultura brasileira e, ao mesmo tempo, produzem um jogo discursivo com esse corpo que se encontra em cena.
‘’Criatura’ traz um corpo que devora e que se encontra no olho do furacão. É uma corporeidade que devora alguns aspectos históricos e coloca questões complexas na roda de discussão, que se encontra em aberto, com alguns apontamentos de caminhos, mas que não se fecham. É um espaço de uma grande profusão de roteiros e desorientação ’, resume o artista.
CRIATURA TODA MANDÍBULA
Concepção, direção, dramaturgia e performance: André Masseno
Interlocução dramatúrgica: Tuca Pinheiro
Desenho de luz: Renato Machado
Assistente de iluminação: Ricardo Vivian
Programação visual: Karin Palhano
Direção de produção: Verônica Prates
Coordenação artística: Valencia Losada
Produção executiva: Thiago Miyamoto
Assistência de produção: Ellen Miranda
Assessoria de imprensa: Pedro Neves
Fotos: Flávia Canavarro
Produção e administração: Quintal Produções
Serviço:
De 17 a 27 de novembro de 2022
De quinta a domingo, às 19h.
Sala Multiuso do Sesc Copacabana
Endereço: Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana, Rio de Janeiro – RJ
Informações: (21) 2547-0156
Ingressos: R$ 7,50 (associado do Sesc), R$ 15 (meia-entrada), R$ 30 (inteira)
Bilheteria – Horário de funcionamento: Terça a sexta – de 9h às 20h; Sábados, domingos e feriados – das 13h às 20h.
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 60min
Lotação: Sujeito à lotação
Deo Garcez e Soraia Arnoni encenam a peça “Luiz Gama – Uma Voz pela Liberdade” no mês da Consciência Negra, no Rio de Janeiro
Apresentações nos dias 18, 19, 20, 25, 26 e 27/11 no Teatro do Centro Cultural Justiça Federal
O espetáculo “Luiz Gama – Uma Voz pela Liberdade” é uma biografia dramatizada sobre vida e obra de Luiz Gama, um homem brasileiro, negro, do século XIX, filho de Luiza Mahin (figura feminina histórica da luta abolicionista no Brasil). Na função de rábula, ele conquista sua carta de alforria e liberta gratuitamente mais de 500 escravizados, baseado na Lei de 1831, que proibia o tráfico de escravos para o Brasil.
É considerado também a primeira voz negra da literatura brasileira. Gama, em homenagens póstumas, foi oficialmente reconhecido como advogado pela OAB em 2015, e em 2018 foi nomeado por leis federais como o Patrono da Abolicionismo Brasileiro e inscrito no Livro dos Heróis da Pátria. No espetáculo, além de contar a vida desse brasileiro que foi intencionalmente apagado de nossa História, fazem-se comparações entre a situação dos negros à época e na situação atual, demonstrando que a verdadeira Abolição da Escravidão ainda não foi totalmente implementada.
FICHA TÉCNICA – LUIZ GAMA: UMA VOZ PELA LIBERDADE
- ELENCO: Deo Garcez e Soraia Arnoni
- DIREÇÃO ARTÍSTICA: Ricardo Torres
- DRAMATURGIA: Deo Garcez
- CENÁRIO e FIGURINO: Ricardo Torres
- ILUMINADOR: Valdeci Correia
- TRILHA SONORA: Deo Garcez e Ricardo Torres
- COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO: Antonio Tostes
- PRODUÇÃO: Ars Facere
- CO-PRODUÇÃO: OLHOS D’ÁGUA PRODUÇÕES ARTÍSTICAS
Serviço
“Luiz Gama – Uma Voz pela Liberdade”
- Dias: 18, 19, 20, 25, 26 e 27 de novembro
- Sextas, sábados e domingos, às 19h
- Dramaturgia: Deo Garcez
- Com Deo Garcez e Soraia Arnoni
- Direção: Ricardo Torres
- Local: Teatro do CCJF (Centro Cultural Justiça Federal)
- Endereço: Av. Rio Branco, 241 – Centro (Cinelândia) – Rio de Janeiro
- Telefone: (21) 3261-2550
Ingressos:
- Inteira R$ 40,00
- Meia-entrada R$ 20
- Capacidade: 141 lugares
- Duração: 1 hora
- Classificação: Livre
Coletivo Pedra Rubra faz novas apresentações do espetáculo Engolindo Mágoas em Doses Homeopáticas
Trata-se do novo trabalho do Coletivo Pedra Rubra, com criação, dramaturgia, encenação e direção das atrizes Beliza Trindade, Juliana Aguiar e Lilian Menezes.
O espetáculo foi criado com o projeto “Mulheres, nas margens da Sul” no qual foi contemplado pelo Edital de Múltiplas Linguagens da Secretaria de Cultura.
Três mulheres, três tempos, três histórias. O que há em comum entre mulheres que vivem em 1949, 1989 e 2019? Gravidez, abuso, assédio, relacionamento, violência. Não é loucura, insanidade, doença. É como um vírus da nossa sociedade, ver a mulher como menos, como objeto, como posse. E seguimos carregando essa marca, a marca do sangue que escorre, Engolindo em Doses Homeopáticas toda a dor que carrega uma mulher.
Ficha técnica
- Criação, encenação, direção e dramaturgia: Beliza Trindade, Juliana Aguiar e Lilian Menezes
- Elenco: Beliza Trindade, Juliana Aguiar e Lilian Menezes
- Assessoria de imprensa: Pombo Correio
- Fotos: Gunnar Vargas
- Criação de trilha sonora: Yuri Christofor
- Figurinista: Laura Alves
- Técnico de luz: Rodrigo Pivetti
- Registro audiovisual: Daniel Carvalho
- Arte gráfica: Bartira Trindade
- Produção: Simone Carvalho
- Classificação etária: 14 anos
- Duração: 60 minutos
- Ingressos: Grátis
Serviço
16 e 17 de novembro, às 19h30
CEU Casa Blanca
João Damasceno, 85 – Vila das Belezas, São Paulo – SP
16 de dezembro, às 18h
Centro Cultural da Diversidade
Lopes Neto, 206 – Itaim Bibi – São Paulo – SP
17 de dezembro, às 18h
Centro Cultural da Vila Formosa
Avenida Renata, 163 – Vila Formosa – São Paulo – SP