No Dia Internacional da Não Violência, celebrado em 02 de outubro, o Museu da Diversidade Sexual (MDS), instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, reforça a importância de ter um espaço para a discussão e respeito à causa LGBTQIA+. Um balanço divulgado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), com base em notícias coletadas em parceria com a Aliança Nacional LGBTQIA+, relata que houve um crescimento de mortes violentas de pessoas da comunidade em 2021 em relação ao ano anterior. O Brasil continua sendo o país onde mais assassina LGBTQIA+, com uma morte a cada 29 horas. O dado aumenta a importância da existência de espaços como o MDS, que visa promover a inclusão e educação da população sobre o público LGBTIAP+.
“O Museu da Diversidade Sexual é um espaço que dialoga com um tema tão caro à nossa sociedade e quando vivemos retrocessos, sua existência passa a ser ainda mais fundamental. Experiências históricas precisam ser conhecidas e o aprendizado cultural é um forte componente de transformação da sociedade. Precisamos seguir contando nossa história e combatendo ações e pensamentos retrógrados a esta realidade”, comenta Carlos Gradim diretor presidente do Instituto Odeon, instituição gestora do MDS.
Fundado em maio de 2012, o MDS é o primeiro equipamento da América Latina destinado a desenvolver pesquisas acerca da diversidade sexual, contemplando as múltiplas siglas que constituem o movimento. “Se você visita o Museu, observa que é um lugar de família. Um adolescente que está descobrindo sua sexualidade e leva seus pais até o museu vê um universo novo se abrindo para os pais. É importante ter uma instituição que apoia esse momento, e a gente se vê nesse lugar”, afirma Marisa Bueno, diretora do equipamento.
O MDS é considerado um ganho para toda a comunidade LGBTQIA+, pois suas atividades são focadas na luta pela dignidade humana e na promoção por direitos. Para continuar com seus esforços acerca de dar apoio a membros da comunidade, o MDS inaugura em 22 de outubro, o seu Centro de Empreendedorismo,
Atualmente, o Museu da Diversidade Sexual exibe a exposição “Duo Drag”, uma mostra fotográfica de Paulo Vitale, com curadoria de Leonardo Birche. A exposição apresenta ao público retratos de 50 artistas drag queens e depoimentos em vídeo. Além disso, o MDS conta com visitas educativas de terça e quinta-feira às 09h30, 11h00, 14h00 e 15h30. Já aos sábados às 16h00 acontece a visita mediada da exposição com interpretação em libras.
SERVIÇO
Museu da Diversidade Sexual
Endereço: Rua do Arouche, 24 – Estação República do Metrô (Piso Mezanino)
Funcionamento: de terça à sexta-feira, das 10h às 18h.