Nomadismos

Instituto Cervantes promove duas mesas redondas com temas que abordam feminismo, raça e classe e o papel da poesia no contexto sociocultural atual

por Redação

Nos próximos dias 19 e 26 de outubro, o auditório do Instituto Cervantes será palco para duas mesas redondas, sempre às 18h30. A primeira mesa (19), terá como palestrantes a ativista cultural Heloísa Buarque de Hollanda/Helô Teixeira, a cantora e psicanalista Numa Ciro e a filósofa e poetisa argentina Laura Klein, tendo Bárbara Belloc como moderadora. O tema em pauta, “Feminismos no Século XXI: gênero, raça, classe, identidade”, questionará quais são as lutas das mulheres e das dissidências no novo milenio, como elas estão construindo suas redes afetivas e político-culturais hoje, e de que forma a raça, a classe e as novas identidades operam nessa trama de experiências compartilhadas e solidariedade. No âmbito do projeto Nomadismos – ensaio e pensamento de artistas ibero-americanos –, elas abordarão esses assuntos e suas múltiplas ramificações no Brasil e na Argentina. Já na mesa do dia 26, participam como palestrantes a poeta e tradutora Angela Melim e o ensaísta e crítico argentino Jorge Monteleone, com Teresa Arijón na mediação. “O poeta e seu trabalho: fala, poesía”, levantará questões como “O poeta nasce ou se torna um?”, “Escreve em momentos de inspiração ou exerce uma profissão?”, “A poesia é uma atividade individual ou coletiva?”, “Qual é o papel do poeta e sua obra no contexto sociocultural atual do Brasil e da Argentina?”. Com essas perguntas, eles buscarão responder sobre a prática poética e seu papel no século XXI.

A entrada para as duas mesas é gratuita, basta acessar os links de inscrição através do site Sympla:

Mesa 1: https://www.sympla.com.br/feminismos-seculo-xxi-genero-raca-classe-identidade__2131137

Mesa 2: https://www.sympla.com.br/evento/o-poeta-e-sua-obra-fala-poesia/2142162

Os participantes

Angela Melim nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. É escritora e tradutora. Publicou os livros de poesia O vidro o nome (1974), Das tripas coração (1978), Vale o escrito (1981), Os caminhos do Conhecer (1981), Poemas (1987), Mais dia menos dia (obra reunida, 1996) e Possibilidades (2006); e as prosas poéticas As mulheres gostam muito (1979) e O outro retrato (1982), manuscrito circulante. Em 2022, publicou Como quem não quer nada – uma autobibliografia. Sua obra reunida, traduzida para o espanhol por Teresa Arijón e Bárbara Belloc, foi editada em Buenos Aires em 2018. Outras publicações incluem Leonardo Fróes (Coleção Ciranda de Poesia, 2010) e Poetas mulheres – Oficina de poesia (2019). Possui vários livros inéditos, entre eles: Ainda ontem (contos, Prêmio Eneida da UBE-RJ, 1991), Personagem (Prêmio de Literatura da Fundação Vitae para as Artes, 2003) e O mundo do samba (2014). Mora no Rio de Janeiro.

Bárbara Belloc nasceu em Buenos Aires, Argentina. É poetisa, escritora e editora literária. Publicou nove livros de poesia, incluindo El Sonido (2023) e Canódromo (2015, Terceiro Prêmio Nacional de Letras 2019; traduzido para o italiano); o ensaio Tribus porteñas. Un breviario de zoología urbana (1998); e o livro de não-ficção La locura es un bien de familia (2023). Co-dirige, juntamente com Teresa Arijón, a coleção Nomadismos (escritos de artistas ibero-americanos), com sedes em Buenos Aires, Rio de Janeiro e Cuenca: www.nomadismos.com.ar. Também é co-editora, junto com T. A. e Manuel Hermelo, do projeto pato-en-la-cara: uma série de quatorze títulos que abrangem traduções originais do português e do grego clássico, tragédia antiga e contemporânea, poesia e diário de artista: www.patoenlacara.net. Realizou diversas colaborações com escritores, artistas visuais e músicos argentinos e estrangeiros. Seus poemas foram reunidos em antologias da Argentina, Chile, Colômbia, México, Itália, Alemanha, Eslovênia, Estados Unidos, Canadá e China.

Heloísa Buarque de Hollanda nasceu em Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. É escritora, professora e ativista cultural. Ela é diretora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC-Letras/UFRJ), do projeto Universidade das Quebradas e do Fórum M, um espaço de debate sobre o tema das mulheres na universidade. Publicou, entre muitos outros livros: 26 Poetas Hoje (1976); Cultura e participação nos anos 60 (1984); Impressões de viagem: CPC, vanguarda e desbunde, 1960-1970 (1992); Puentes-Pontes. Poesía argentina y brasileña contemporánea (2003, com Jorge Monteleone); Otra línea de fuego. Quince poetas brasileñas ultracontemporáneas (2009); Explosão feminista (2018); Onde é que eu estou? (2019); e Feminista, eu? Literatura, Cinema Novo, MPB (2022).

Jorge Monteleone nasceu em Buenos Aires, Argentina. É escritor, crítico literário, professor e jornalista cultural. É pesquisador do CONICET no Instituto de Literatura Hispano-Americana da Universidade de Buenos Aires. É autor de numerosos ensaios especializados em teoria do imaginário poético e poesia latino-americana. Entre outros livros, publicou: El relato de viaje (1998); Puentes/Pontes (2003, antologia de poesia argentina e brasileira, em colaboração com Heloisa Buarque de Hollanda e Teresa Arijón); El fantasma de un nombre – poesía, imaginario, vida (2016, publicado no Brasil na Coleção Nomadismos: O fantasma de um nome, 2019); El centro de la tierra – lectura e infancia (2018) e La voz de Olga Orozco (2021). Em 2010, por ocasião do bicentenário da República Argentina, ele realizou duas extensas antologias comentadas: 200 años de poesía argentina e La Argentina como narración. Também dirigiu Una literatura en aflicción, volume XII da Historia crítica de la literatura argentina (2018), sob a direção geral de Noé Jitrik.

Laura Klein nasceu em Buenos Aires, Argentina. É filósofa, poetisa e ensaísta. Publicou os ensaios: Fornicar y matar – El problema del aborto (2005, publicado no Brasil na Coleção Nomadismos: Fornicar e matar e outros ensaios, 2017); Entre el crimen y el derecho (2013, 2018); Más acá del bien y del mal – Por un feminismo imposible (2019). Também escreveu os livros de poemas: A mano alzada (1986); Vida interior de la discordia (1994); Bastardos del pensamiento (1997); La bruta bruz (2009) e La comedia de los panes (2011). Em 2015, apresentou a palestra TED “Para terminar con el debate del aborto y otros círculos viciosos” (youtube.com/watch?v=GMqWO2fiLzA).

Numa Ciro nasceu em Campina Grande, Paraíba, Brasil. É poetisa, psicanalista e artista performática. Faz parte da Escola de Psicanálise Corpo Freudiano. Em 1995, criou o “Monólogo Cantante”, um gênero de teatro e canto a capella, que apresentou em várias cidades do Brasil. Um dos seus espetáculos mais reconhecidos é o Cabaré Concreto, inspirado no dadaísmo. Concluiu seu doutorado em Ciência da Literatura na Faculdade de Letras/UFRJ, com a dissertação Rap: A crônica poética de um genocídio. Ela é pesquisadora associada ao Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC-UFRJ), onde também realizou seu pós-doutorado e, em parceria com Heloisa Buarque de Hollanda, criou o programa Universidade das Quebradas: um curso de extensão sobre artes visuais e literárias e direitos humanos voltado para artistas e empreendedores culturais das favelas e periferias. Em 2020, lançou Numa, um álbum de música no qual participam, entre outros, Hermeto Pascoal, Luiz Gonzaga e José M. Wisnik. Ela vive no Rio de Janeiro.

Teresa Arijón nasceu em Buenos Aires, Argentina. É poetisa, tradutora e editora. Publicou oito livros de poesia, uma peça teatral, uma experiência em tragédia, escritos sobre arte, crônicas de viagem, mais de 50 traduções, uma Teoría del cielo (biografias mínimas de autores latino-americanos, com Arturo Carrera) e, em 2011, Óstraca, sua poesia reunida. Idealizou e editou Puentes/Pontes (2003), a primeira antologia bilíngue de poetas argentinos e brasileiros contemporâneos traduzida por poetas, em colaboração com Heloisa Buarque de Hollanda e Jorge Monteleone. Desde 2013, co-dirige, juntamente com Bárbara Belloc, a coleção Nomadismos (pensamento e ensaio de artistas e escritores ibero-americanos) com sedes em Buenos Aires, Cuenca e Rio de Janeiro. Foi escritora residente no IWP (Iowa, Estados Unidos). Em 2014, recebeu o Prêmio Konex por sua trajetória como tradutora literária. Em 2021, publicou seu primeiro romance, La mujer pintada, uma história da arte contada a partir da perspectiva das modelos.

Serviço

“Nomadismos”

  • Datas: 19 e 26 de outubro
  • Horário: 18h30
  • Local: Auditório do Instituto Cervantes
  • Endereço: Rua Visconde de Ouro Preto, 62 – Botafogo
  • Entrada gratuita pelo Sympla
  • Coorganizador principal: Instituto Cervantes RJ
  • Coorganizador: Nomadismos

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