VIDAFODONA

‘1º Festival de Teatro Amir Haddad’ será realizado no Rio de Janeiro

por Redação

Celebrando os 86 anos de Amir Haddad, evento reúne um recorte de peças do encenador e diretor teatral a preços populares e uma extensa programação cultural gratuita na Casa do Tá na Rua, na Lapa.

Uma das maiores referências do teatro nacional, o diretor e encenador Amir Haddad terá seus 86 anos celebrados com a mesma maestria que imprime em seus trabalhos. A famosa comemoração que acontece a cada 02 de julho entre amigos será, este ano, extensiva a todos. Entre 03 e 16 de julho acontece o 1º Festival de Teatro Amir Haddad, evento realizado no Centro Cultural Casa do Tá na Rua, na Lapa, que re uma programação cultural vasta ao longo de 13 dias. Idealizado e com curadoria assinada por Máximo Cutrim, ator e integrante do Tá na Rua, com patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro/SMC e realizado pelo Instituto Tá Na Rua, o Festival exibirá espetáculos dirigidos por Amir com ingressos a preços populares (inteira a R$ 20), além de uma gama de atividades artísticas gratuitas.

O Festival trará uma seleção cuidadosa de peças teatrais de diversos gêneros, estilos e formatos, todas dirigidas e/ou supervisionadas por Amir, com diversos atores em trabalhos de muita importância para a cena teatral brasileira. Dentre eles está Andrea Beltrão com sua “Antígona”; Pedro Cardoso com “Recém-Nascido”; Cláudia Abreu em “Virgínia”; Clarice Niskier apresentará em repertório “A Alma Imoral”, “A esperança na caixa de chicletes ping pong” e “Coração de Campanha”; Gilson de Barros com “Riobaldo” (trilogia “Grande Sertão, Veredas”); Vanessa Gerbelli em “Sombras no final da escadaria”; Lorena da Silva em “A mulher ideal”; o Teatro Universitário Carioca (TUCA) com “Re-acordar”, o Grupo Tá Na Rua com “Geografia Popular” e “Zaratrusta”, com Viviane Mosé, que se apresentará com o próprio Amir interpretando Zaratustra, de Nietzsche.

“Com uma brilhante trajetória no teatro, Amir é um dos grandes nomes da cena teatral brasileira onde, com seu trabalho inovador e impactante, influenciou gerações de artistas e apaixonados por teatro. Estar à frente desse festival com apenas 26 anos é uma grande honra e responsabilidade. Sou natural de São Luís (MA), e nos últimos oito anos tenho me dedicado integralmente a estar ao lado de Amir, aprendendo todos os dias. Me sinto preparado e amparado para estar vivendo esse momento, e a ideia é cravar de vez o legado e a importância de sua obra na vida cultural do Brasil. E como nada se faz sozinho, muito menos no teatro, conto com o direcionamento leal da nossa coordenadora e matriarca Maria Helena e todos os meus colegas de grupo”, reitera Máximo Cutrim.

Dono de uma mente inquieta e com abordagem visionária, Amir dirigiu espetáculos de grande diversidade temática e estilística, explorando desde clássicos da dramaturgia universal até obras contemporâneas de autores nacionais e internacionais. O Festival realiza uma homenagem ao legado de Amir em vida, numa oportunidade de celebrar sua contribuição à cultura brasileira. Para o aniversariante homenageado, comemorar a nova idade recebendo um festival de teatro que leva o seu nome lhe causou surpresa.

“Eu nem sei ao certo associar uma coisa à outra, mas o que me espanta muito é, ao fazer um levantamento dos espetáculos do panorama teatral do Rio de Janeiro e do Brasil, no geral, é que tenha tantos espetáculos com a minha assinatura. E a maioria deles monólogos, porque é muito difícil montar uma peça, mas com os melhores atores e atrizes do país. Ver tudo assim, reunido, em quantidade, qualidade e diversidade da minha produção cultural é o maior barato, porque dá uma perspectiva da minha produção, e com o sentimento de potência e vigor físico, mental e intelectual muito grande dos quais eu ainda sou possuidor”, celebra.

Aos 66 anos de atividade profissional, passa longe qualquer possibilidade de retiro ou aposentadoria para Amir. “Eu trabalho intensamente. Eu nunca fiz outra coisa da minha vida, eu vivo e sempre vivi do teatro, sou muito grato por ter escolhido essa profissão. O teatro não me negou nada e eu me dei por inteiro. Eu gostaria que este Festival produzisse uma reativação da vida cultural brasileira e carioca e, mais ainda, restabelecesse o nível de inquietação e interesse pelo teatro. Porque de repente fica parecendo que o teatro é uma atividade morta e ultrapassada, quando, na verdade, é a única forma de manifestação viva que nós temos. Passada a pandemia, só nos resta a presença. E a presença é o teatro”, sentencia.

Além das apresentações teatrais, o festival também contará com uma série de atividades paralelas relacionadas à trajetória de Amir, como oficinas, conversas, exibição de filmes, performances musicais e uma exposição imersiva. Durante duas semanas, o Centro Cultural Casa do Tá Na Rua será espaço de aprendizado, troca de ideias e interação entre artistas, estudantes, amantes do teatro e toda a comunidade interessada. Os ingressos para as peças, a preços populares, e as oficinas gratuitas serão disponibilizados ao público no Sympla: https://www.sympla.com.br/produtor/festivalamirhaddad. As demais atividades terão suas senhas distribuídas no próprio local, uma hora antes do início. A programação completa do Festival pode ser conferida abaixo e no perfil @festivalamirhaddad.

Amir não vê tanta diferença no seu fazer artístico em relação a outras fases. “Não existe um padrão para 86 anos, a variedade é muito grande, o que temos é a vida de cada um. Mas eu estou desta maneira: poderoso, ereto, forte, viril, criativo e energizado. E tem outros com a mesma idade que já engoliram a dentadura. Eu sou uma pessoa muito intensa, com muita vida, nunca tive pausa ou intervalos, sempre precisei viver intensamente. Continuo fazendo as coisas que sempre quis e gosto de fazer, e o que me chega às mãos para fazer, como se tivesse 16, 19 anos. Graças a Deus sempre tive oportunidade de trabalhar, sou uma pessoa permanentemente interessada no mercado e por quem o mercado se interessa. Eu tenho o que dizer – e tem gente que se interessa em ouvir. O teatro é matéria de salvação”, finaliza.

SERVIÇO:

1º FESTIVAL DE TEATRO AMIR HADDAD
Local: Centro Cultural Casa do Tá na Rua
Endereço: Av. Mem de Sá, 35, Lapa – Rio de Janeiro
Quando: 03 a 16 de julho – nos dias 08 e 09 de julho não haverá programação –
Programação Gratuita – A partir das 16h
Espetáculos Teatrais – Sempre às 20h – Ingressos R$ 20 (inteira)
Informações e Programação Completa: https://www.instagram.com/festivalamirhaddad/
Classificação Indicativa: Livre

FICHA TÉCNICA:
Direção: Amir Haddad
Idealização e Curadoria: Máximo Cutrim
Coordenação: Maria Helena da Cruz
Direção de Produção: Maria Ines Vale Produções
Direção Criativa: Criação Máxima e Noix
Produção Executiva: Ísis Martins
Direção de Marketing: Evandro Castro Neto
Programação Visual: Farpa/ Leandro Felgueiras
Grupo Tá Na Rua: Renata Batista, Máximo Cutrim, Evandro Castro, Rozan Borges, Luciana Pedroso, Carol Eller, Daniel Ávila, Marcelo Evangelista, Maria Clara Coelho e Giovanna Cherly.
Cenografia e Direção de palco: Ana Paula Casares
Iluminação e Operação de luz: Paulo Denizot
Figurino: Renata Batista
Assessoria de Imprensa: Marrom Glacê Assessoria – Gisele Machado e Bruno Morais
Vídeo: Fabio Pereira e Evandro Castro Neto
Fotografia: Marcos Batista e Mariana Pêgas
Foto de Divulgação / Fotógrafo: Vidafodona
Ass. de foto: Lara Pazini / Gaffer: Stirling
Assistentes de Produção: Raphael Pena e Maíra Athayde
Coordenação Técnica: Guilherme Penedo
Operação de Som: Jackson Marques
Exposição:
Clélio de Paula – Tecnologia 3D
Chico Couto – Montagem de Vídeo
Isadora Figueira – Curadoria
Ana Paula Casares – Cenografia
Cinemateca do MAM – Digitalização de Acervo

1º FESTIVAL DE TEATRO AMIR HADDAD

ESPETÁCULOS

Espetáculo: “Virgínia”, com Claudia Abreu
Data: 03/07
Horário: 20h
Classificação: 14 anos
Duração: 60 min
Sinopse: Claudia Abreu estreia seu primeiro monólogo, que foi idealizado e escrito por ela a partir da vida e da obra de Virginia Woolf (1882-1941). Em cena, a atriz interpreta a genial escritora inglesa, cuja trajetória foi marcada por tragédias pessoais e uma linha tênue entre a lucidez e a loucura. A estrutura do texto se apoia no recurso mais característico da literatura da escritora: a alternância de fluxos de consciência, capaz de ‘dar corpo’ às vozes reais ou fictícias, sempre presentes em sua mente.

Espetáculo: “Riobaldo”, com Gilson de Barros
Data: 04/07
Horário: 20h
Classificação: 16 anos
Duração: 70 min
Sinopse: Grande Sertão: Veredas – obra prima da nossa literatura, recebe leitura teatral. No recorte, o personagem central do romance, o ex jagunço Riobaldo, relembra sua vida e seus três grandes amores: Diadorim, Nhorinhá e Otacília. O incompreendido amor homossexual por Diadorim, o amigo que lhe apresentou a vida de jagunço e lhe abriu as portas do conhecimento da natureza e do humano, levando-o ao pacto fáustico; o amor carnal e sem julgamentos pela prostituta Nhorinhá; e o amor purificador por Otacília, a esposa, que o resgatou do pacto fáustico e o converteu num ‘homem de bem’. Em sua travessia, Riobaldo enfrenta questões que transcendem ao lugar sertão. O diabo existe? Houve o pacto fáustico? A trama Roseana transita entre o real e o misterioso, atingindo o universal. A sexualidade, a masculinidade, e, principalmente, o amor, em suas mais diversas formas são tratados magistralmente no espetáculo.

Espetáculo: “A Alma Imoral”, com Clarice Niskier
Data: 05/07
Horário: 20h
Classificação: 18 anos
Duração: 90 min
Sinopse: Com humor fino e delicadeza, a atriz e dramaturga Clarice Niskier leva à cena sua adaptação teatral do livro “A Alma Imoral”, de Nilton Bonder. A peça está em cartaz há 16 anos ininterruptos (parou apenas na pandemia) e já foi vista por mais de 600 mil espectadores. A peça nos faz refletir sobre o certo e o errado, a obediência e a desobediência, a tradição e a transgressão, o corpo moral e a alma imoral. O texto aproxima temas como religião e biologia fazendo um paralelo sensível e profundo entre reprodução/evolução com tradição/traição. O poder das instruções do passado em tensão constante com o poder das instruções do futuro. As fronteiras entre a letra da lei
e o espírito da lei. A marcha inevitável do homem e sua constante mutação provocada pela alma imoral. Histórias do Velho Testamento e parábolas judaicas compõem um espetáculo que desperta nossa consciência para a legitimidade da saída dos lugares estreitos.

Espetáculo: “Re- Acordar”, do TUCA (Teatro Universitário carioca)
Data: 06/07
Horário: 17h
Classificação: Livre
Duração: 70 min
Sinopse: A partir de cenas de O Coronel de Macambira, poemas de Marta Klagsbrunn, músicas de Sérgio Ricardo, Re-Acordar conta a história de seu elenco, história que atravessa os anos da ditadura, as prisões, os exílios. E conta como esse elenco chegou ao hoje, vive o hoje, se projeta no futuro. Re-Acorda.
Re-Acordar conta a história de integrantes do elenco de O.Coronel de Macambira, desde 1966, quando o grupo se formou e criou o Teatro Universitário Carioca, até o momento atual. história que atravessa os anos da ditadura, as prisões, os exílios. E conta como esse elenco chegou ao hoje, vive o hoje, se projeta no futuro. Re-Acordar.

Espetáculo: “Coração de Campanha”, com Clarice Niskier e Isio Ghelman
Data: 06/07
Horário: 20h
Classificação: 16 anos
Duração: 70 min
Sinopse: Coração de Campanha é um espetáculo teatral que aborda a chegada da pandemia, causada pelo coronavírus, e as mudanças e questões que ela trouxe para a vida íntima de um casal às vésperas do divórcio. Ela (Clarice Niskier) e Ele (Isio Ghelman) são surpreendidos pela quarentena em plena crise conjugal. Ele, com a chave do novo apartamento nas mãos, propõe a Ela uma cooperação amigável até que tudo se acalme. Juntos eles aprendem a lidar com suas emoções e ensaiam uma reaproximação. Um ano depois, a separação ocorre, mas de forma muito mais amorosa e digna da bela história de amor que eles viveram por 25 anos. O espetáculo estreou no CCBB do Rio de Janeiro, em 2021, depois partiu em temporada por Brasília, Belo Horizonte e São Paulo. O texto é de Clarice Niskier, com supervisão de direção de Amir Haddad.

Espetáculo: “A Mulher Ideal”, com Lorena da Silva
Data: 07/07
Horário: 20h
Classificação: 12 anos
Duração: 60 min
Sinopse: O espetáculo conta a história de Vitória através de suas relações amorosas entremeadas com suas histórias no teatro. A Mulher Ideal constrói a trajetória de recuperação da própria voz de uma mulher para se tornar a mulher ideal para si mesma. Uma narrativa sobre amor nas relações e também por si mesma.

Espetáculo: “Zara Tustra”, com Amir Haddad, Viviane Mosé e grupo Tá na rua
Data: 10/07 e 13/07
Horário: 20h
Classificação: Livre
Duração: 1h40
Sinopse: A afirmação do instante, do corpo, da necessidade de uma vida ousada e corajosa, e de um humano forte com os pés fincados na terra, capaz de realizar os mais altos voos; enfim, a afirmação de uma postura diante da vida que assume em seus diversos aspectos inclusive na dor, na perda, acompanhada da capacidade de potencializar esta perda em ação, em criação, é o que caracteriza tanto as afirmações do Zaratustra de Nietzsche quanto do trabalho e da vida do ator e diretor Amir Haddad. A peça, ambientada em uma praça da Idade Média, encena o prólogo do livro “Assim Falava Zaratustra”, inserido de outros trechos do livro, mas não deixa de trazer a fala do ator e diretor pra cena. Estarão em cena ainda, contracenando com o Zaratustra o próprio Nietzsche, interpretado pela filósofa Viviane Mosé, que também é a responsável pela dramaturgia e o Grupo Tá Na Rua com toda sua liberdade.

Espetáculo: “A Esperança na Caixa de Chicletes Ping Pong”, com Clarice Niskier
Data: 11/07
Horário: 20h
Classificação: Livre
Duração: 60 min
Sinopse: “A Esperança na Caixa de Chicletes Ping Pong” é um espetáculo teatral escrito e estrelado por Clarice Niskier. O texto é uma declaração de amor à cultura popular brasileira, inspirado na obra poético-musical de Zeca Baleiro. A peça reúne 40 músicas do compositor e cantor, interligadas aos pensamentos, sentimentos e memórias da atriz que procura entender por que decidiu ficar no país quando teve a oportunidade de ir embora. O que ancora uma artista em seu próprio país quando a noção de futuro está abalada? Quando a noção ética parece perdida? O que dizer às novas gerações? O que significa o “amor pelo país”? A peça é uma espécie de ¨fico¨ da atriz, que expõe poeticamente suas razões para abraçar o Brasil ao invés de deixá-lo. Um comovente testemunho, com fragmentos de textos do livro Raízes do Brasil, de Sergio Buarque de Holanda.

Espetáculo: “Recém-Nascido”, com Pedro Cardoso
Data: 12/07
Horário: 20h
Classificação: 12 anos
Duração: 60 min
Sinopse: Quem se lembra do próprio nascimento? Ninguém. Mas eu lembro do meu. Lembro de todos os detalhes do meu nascimento e da minha infância. E posso garantir: eu era muito mais feliz antes de eu nascer. Vida boa era a minha quando eu estava guardado ainda dentro de minha mãe! Silêncio, sossego, serviço de quarto… Aqui fora: barulho, bagunça, bando de ladrões… eu me sinto exilado no mundo. Mas se viver não tem remédio, temos ao menos o consolo da comédia.

Espetáculo: “Antígona”, com Andrea Beltrão
Data: 14/07
Horário: 20h
Classificação: 14 anos
Duração: 60 min
Sinopse: Sucesso absoluto de público, com mais de 40 mil espectadores desde a estreia e vencedor do APCA de Melhor Atriz para Andrea Beltrão, em 2017, a peça Antígona participa do Festival Amir Haddad em única apresentação, no dia 14 de Julho de 2023 às 20h00. A montagem do texto de Sófocles, traduzido por Millôr Fernandes, tem dramaturgia assinada a quatro mãos por Andrea Beltrão e Amir Haddad, que assina também a direção.
A história se passa em Tebas, Escrita por Sófocles há 2.500 anos. O espetáculo traz Andrea Beltrão como a personagem-título da trama – a jovem princesa que enfrenta a ordem do rei Creonte de deixar seu irmão, que lutou na guerra, sem sepultura. Ao desobedecer a determinação real, ela paga com a própria vida. É estabelecido, então, o confronto entre o Estado e o cidadão.

Espetáculo: Cabaré Tá Na Rua: “Ópera das Malandras”
Data: 15/07
Horário: 20h
Classificação: 16 anos
Duração: 1h30
Sinopse: Inspirada na trilogia “A ópera dos Mendigos” de John Gay, “A ópera dos três vinténs” de Bertold Brecht, “A ópera do Malandro” de Chico Buarque e nos cabarés de todos os tempos, a irreverente trupe do Cabaré Tá Na Rua apresenta um recorte poético da exploração do humano pelo humano, e a delicadeza do matriarcado como possibilidade de um mundo melhor.

Espetáculo: “Geografia Popular – Uma viagem pelo coração do cidadão carioca”, com o Grupo Tá na rua
Data: 16/07
Horário: 17h
Classificação: Livre
Duração: 90 min
Sinopse: A história do trem se confunde com a história do Rio de Janeiro, já que é fato que as estações, depois de criadas, deram origem a vários bairros ao longo da estrada de ferro. Neste espetáculo, cada estação vira uma menção ao povo, seu jeito de viver e se relacionar em sociedade. No nosso trem as estações têm nomes fictícios, que retratam o jeito de ser do povo carioca, como por exemplo “Estação Pagode”, “Estação Favela” e “Estação Memória”. O Tá Na Rua faz um embarque que passeia pela Geografia Popular do Rio de Janeiro. É uma homenagem aos mais importantes cartões postais do país: a cidade e o cidadão carioca.

Espetáculo: “Sombras”, com Vanessa Gerbelli
Data: 16/07
Horário: 20h
Classificação: 16 anos
Duração: 90 min
Sinopse: Uma atriz sem nome (o autor dispensa o nome da personagem) e sem recursos ocupa um teatro e diz que só sairá de lá à força. O espetáculo que ela apresenta à plateia é uma estapafúrdia embromação porque o pior pesadelo dos atores lhe acontece: ela se esquece completamente das falas após a estreia devastadora do dia anterior. Seu texto, a princípio, parece non-sense, vertiginoso e risível, mas vai se tornando confessional e direto, dolorido e rasgante.

OFICINAS

Danças Populares com Bárbara Vento
Data: 04/07
Horário: 17h
Classificação: 14 anos
Duração: 1h30
Apresentação: O encontro pretende oferecer uma vivência corporal e rítmica através das danças populares brasileiras da região norte, e nordeste, com carimbós, siriás,lundus, marabaixos, coco, ciranda entre outros.. misturando assim, dança, ritmo” estimulando os brincantes a interagirem com raízes brasileiras, de uma forma divertida e contagiante.
Lotação: 30 pessoas

Danças Populares com Ana Carneiro
Data: 06/07
Horário: 16h
Classificação: 14 anos
Duração: 1h30
Apresentação: Oficina Teatro de Rua – o cordel como dramaturgia
Propõe apresentar o trabalho com a linguagem narrativa na cena teatral realizada nos espaços abertos da rua, a partir da utilização de textos de cordel como material dramatúrgico.
Historicamente, os cordéis fazem parte do processo de formação do grupo Tá na Rua (1980) e, consequentemente, do desenvolvimento da linguagem teatral de seus atores. Desde sua origem e ao longo de sua trajetória, foram diversos os textos de cordel trabalhados pelo grupo em suas apresentações.
Realizar essa oficina, nesse momento, significa retomar a história desse processo e apresentar, a seus participantes, a oportunidade de conhecer e se aproximar de parte importante da linguagem autoral do grupo.
Lotação: 25 pessoas

Oficina de Teatro com CIA DE MYSTERIOS
Data: 11/07
Horário: 17h
Classificação: 14 anos
Duração: 1h30
Apresentação: Som e movimento e a música no corpo: a linguagem corporal no jogo teatral.
Abrir uma brecha no tempo e no espaço cotidiano da cidade, restabelecer jogos e rituais coletivos, cantos e danças, reflexões e experiências sobre o tempo em que vivemos.
Transitar por intensidades e dinâmicas musicais diversas para estimular no corpo uma expressão mais completa, livre e genuína.
Provocar em cada um a expressão do seu potencial criativo.
O teatro, a música e a dança para o jogo das personagens e redimensionamento da linguagem cênica.
Lotação: 30 pessoas

Oficina de AFROFUNK com Taísa Machado
Data: 13/07
Horário: 17h
Classificação: 16 anos
Duração: 1h30
Apresentação: Apresentação: A Oficina Afrofunk pesquisa movimentos pra soltar o quadril e jogar na cara da sociedade.
Treino afrocentrado com foco em difundir as tendências urbanas desenvolvidas pela cultura afrocarioca e suas heranças africanas
Espaço criativo, seguro e conectado com a cidade para pessoas que curtem rebolar
Lotação: 30 pessoas

Oficina de Teatro do Oprimido
Data: 14/07
Horário: 16h
Classificação: 14 anos
Duração: 1h30
Apresentação: A Oficina de Sensibilização em Teatro do Oprimido propõe, através de seus jogos e exercícios, breve vivência na metodologia teatral mais utilizada no mundo.
Lotação: 25 pessoas

FILMES

“Beijo no Asfalto”, de Murilo Benício
Data: 03/07
Horário: 17h
Classificação: 12 anos
Duração: 98 minutos
Sinopse: Baseado na peça homônima escrita por Nelson Rodrigues. Ao presenciar um atropelamento, Arandir, um bancário recém-casado, tenta socorrer a vítima, mas o homem, quase morto, só tem tempo de realizar um último pedido: um beijo. Arandir beija o homem, mas seu ato é flagrado por seu sogro Aprígio e fotografado por Amado Ribeiro, um repórter policial sensacionalista.

“Cirandeiro em Três Atos”, de Cláudio Boeckel
Data: 07/07
Horário: 16h
Classificação: 12 anos
Duração: 71 min
Sinopse: O teatro além do palco. A rua como arena para o embate entre “Os trapos coloridos da fantasia” e a “Camisa de força da ideologia”. O ator e seu ofício. Parábola para uma reflexão a respeito da vida, do ser humano e do exercício de sua cidadania. Através de rico material, de ensaios, espetáculos, aulas e acervo, o filme passeia, de forma inusitada, pelo universo criativo do diretor Amir Haddad em seus 50 anos de atividade teatral. Paris, Paraty, Amapá, Rio de Janeiro, Cairo, Ceará. Praças do Brasil e do mundo como palco eterno das manifestações humanas.

O documentário revela o universo de um dos maiores pensadores de teatro do Brasil. À frente do grupo Tá Na Rua, Amir Haddad desenvolve mais que a desertificação dos espaços culturais e a demolição da institucionalização da Arte, escancara uma prática coletiva de afetividades decolonializadas.

Usando o teatro como metáfora da vida, numa celebração das expressividades autônomas, o diretor fertiliza os espaços públicos e planta a semente de uma cidadania poética por onde passa. ‘Cirandeiro em 3 atos’ é mais do que o registro do processo criativo de um gênio, é uma ode à contribuição imprescindível e comprometimento absoluto de Amir com a democratização da cultura no Brasil. É uma carta de amor ao poder de transformação do ser humano.

“A Montagem Mão na Luva”, de Pedro Cardoso e Maria Padilha
Data: 12/07
Horário: 16h
Classificação: 12 anos
Duração: 71 min
Sinopse: Um documentário sobre o processo de criação do espetáculo ”Mão da Luva” de Oduvaldo Vianna Filho em 2001, com direção de Amir Haddad e encenação de Maria Padilha e Pedro Cardoso. Após a exibição haverá roda de conversa com Pedro, Maria e Amir.

“Cena Nua”, de Belisário Franca
Data: 13/07
Horário: 16h
Classificação: 12 anos
Duração: 74 min
Sinopse: Como é o processo de criação de um diretor de teatro? E se esse diretor foi Amir Haddad? E se seu palco for a cidade do Rio de Janeiro, a Lapa, repleta de monumentos, ruas e personagens? Despido de convenções e adereços, o filme Cena Nua revela o processo de criação do teatrólogo, que, quase sempre acompanhado de sua trupe, o Tá na Rua, conduz debates e questionamentos mais profundos sobre o real papel dos atores em sociedade, sobre o conceito de seu teatro despido, sobre a própria vida e sobre como o Rio de Janeiro se transformou em um de seus personagens mais recorrentes.

CONVERSAS

Amir recebe Claudio Mendes, Gustavo Gasparini e Daniel Boeckel
Tema: Livro “Amir Haddad de todos os teatros” e filme “Cirandeiros”
Data: 05/07
Horário: 17h
Classificação Livre

Amir recebe Silvio Tendler
Tema: A alegria do palhaço é ver o circo pegar fogo. Uma jornada do cineasta na vida do teatrólogo.
Data: 07/07
Horário: 17h
Classificação Livre

Amir recebe Catarina Abdalla
Tema: Por dentro do processo de atriz: reflexões, desafios e descobertas
Data: 10/07
Horário: 17h
Classificação Livre

Amir recebe os atores fundadores do grupo de teatro Tá na Rua
Tema: Origens e trajetórias do primeiro grupo de teatro de rua do Rio de Janeiro
Data: 14/07
Horário: 17h
Classificação Livre

MÚSICA

Atração: DJ MÁXIMA
Data: 03/07
Horário: 21h
Classificação Livre
Entrada Gratuita

Atração: Òrúnmilà
Data: 04/07
Horário: 21h
Apresentação: O Grupo Afro Cultural Òrúnmilà é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, fundada em 1989, no bairro do Catumbi, Comunidade da Mineira, no Rio de Janeiro, objetivando a valorização da cultura afro brasileira com atuação na camada da população de periferia e de áreas de risco social, através da cultura e de ações afirmativas sócio culturais, obtendo sucesso através de sua proposta inovadora de fazer cultura a partir das comunidades carentes e de descobrir e divulgar talentos oriundos dessas comunidades.
Se tornou referência na cultura afro carioca e visa preservar, valorizar e expandir a cultura afro-brasileira utilizando atividades educacionais e culturais, sobretudo a música e a dança, como elementos de informação e de fortalecimento da identidade étnica.
Classificação Livre
Entrada Gratuita

Atração: DJ Duhpovo
Data: 13/07
Horário: 21h
Classificação Livre
Entrada Gratuita

Atração: Baque Mulher
Data: 14/07
Horário: 21h
Apresentação: Movimento de empoderamento feminino por meio da difusão da cultura e das linguagens tradicionais do maracatu de baque virado.
Criado por Mestra Joana Cavalcante, em Recife, e fundado e coordenado no Rio de Janeiro pela Yabá Tenily Guian em 2016, tem como fundamento os saberes ancestrais de matriz africana e a valorização da cultura afro-brasileira.
Classificação Livre
Entrada Gratuita

Atração: DJ GIORDANNA
Data: 15/07
Horário: 21h
Classificação Livre
Entrada Gratuita

Atração: Bloco Carmelitas
Data: 16/07
Horário: 18h
Apresentação: O Bloco Carmelitas, as Carmelitas de Santa Teresa, surgiu em 1990 com o pessoal que batia uma bola ali no Parque das Ruínas (quando era uma ruína). Na resenha após as peladas, veio a ideia da brincadeira. No carnaval se reuníam na esquina da Dias de Barros (onde mora o Amir) e brincavam com os moradores que passavam, pediam um pedágio, e assim foi indo. Haddad recebeu o Troféu Carmelitas, prêmio com o qual o bloco homenageia anualmente alguém com relevante contribuição ao carnaval e à cultura.
Ó nó aí tra veis, seu Amir e o Carmelitas, junto e misturado, é o que fazemos de melhor, certo?
Classificação Livre
Entrada Gratuita

Atração: Bloco Céu na Terra
Data: 16/07
Horário: 18h30
Apresentação: o Núcleo de Cultura Popular Céu na Terra, desde 1998, realiza pesquisas sobre a cultura popular brasileira e encena espetáculos teatrais, musicais, realiza projetos educativos e oficinas inspirados nos folguedos de nossa cultura. Fundado no bairro de Santa Teresa, RJ, o Céu na Terra agrega saberes da cultura local, articulando conhecimento e promovendo ações que se caracterizam pela sua pluralidade. Composto por educadores, músicos, artistas plásticos e contadores de história, o Céu na Terra movimenta mais de 400 artistas em todos os seus espetáculos e alcança diretamente uma média anual de 50 mil pessoas.
Classificação Livre
Entrada Gratuita

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