O carimbó é comumente associado à dança, mas vai (muito) além dela. Trata-se de uma manifestação cultural secular que envolve música (e seus instrumentos típicos), canto, vestuário e modo de vida. Não à toa foi finalmente reconhecido em 2014 como Patrimônio Cultural Imaterial brasileiro. Essa cultura, que tem sua gênese ligada aos povos originários do país, em especial aos do estado do Pará, no Norte do país, perpetuou-se recebendo influências outras. O carimbó de raiz, conhecido como pau e corda, motivou vivências, no Rio de Janeiro, com três importantes nomes que preservam esse bem cultural. O Aturiá Carimbó trará à cidade mestra Amélia, fundadora do Grupo de Tradições Marajoaras Cruzeirinho, e os mestres Almir e Neves do Banjo, respectivamente dos grupos Raízes do Mestre Travasso e Os Parceiros do Zimba. O evento acontece nos dias 08 de setembro (sábado), no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, no Centro, e no dia 10 de setembro (domingo), no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira, na Gamboa. Os encontros são gratuitos, e os ingressos precisam ser retirados pelo Imply. O projeto tem patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, da Secretaria Municipal de Cultura através do edital de Fomento`a Cultura Carioca (FOCA).
A promoção de vivências é uma das principais atividades realizadas pelo projeto. Afinal, os três mestres convidados são mais do que guardiões da tradição do carimbó e, portanto, sumidades no assunto. Dois deles são também artífices na confecção de instrumentos usados por eles e por outros instrumentistas. São os casos dos mestres Neves do Banjo, ele mesmo um luthier do instrumento que o consagrou, e Almir, que vai mostrar a arte de fazer um tambor. Os três convidados vão se encontrar no encerramento do projeto, quando será formada uma grande roda de carimbó comandada pelo Grupo Aturiá, que tem como uma de suas integrantes a cientista Andréia de Vasconcelos, idealizadora do projeto.
Sobre o projeto:
O Aturiá Carimbó foi criado em 2019, no Rio de Janeiro, por Andréia de Vasconcelos para difundir o carimbó Pau e Corda, de raiz, e estimular o protagonismo feminino no fazer e viver o segmento. A iniciativa pretende reverenciar mestras e mestres do gênero, assim como seus territórios e saberes ancestrais. O projeto possui um núcleo musical, corpo de dança e realiza rodas de carimbó e de estudo, palestras, vivências, oficinas e shows.
Sobre a idealizadora:
Andréia de Vasconcelos é bióloga, cientista e carimbozeira. Nasceu no Pará e vive no Rio de Janeiro desde 2006. Suas ligações com o carimbó incluem o “Coletivo Colapso”, que atuou entre 2019 e 2022, e a criação da página “Movimento de Carimbó-RJ”, em 2020. Em 2019, fundou o projeto Aturiá, no qual atua como coordenadora, produtora, diretora artística e dançarina. Entre seus feitos, ministrou, em 2022, oficina para os bailarinos da Comissão de Frente da Paraíso do Tuiutí, cuja ala ganhou o Estandarte de Ouro em 2023.
Ficha técnica:
Concepção, direção e produção executiva: Andréia de Vasconcelos
Equipe de produção: Cinthia Santos, Amanda Rabelo e Paula Santos
Designer: Isabela Paixão
Gestão de mídias sociais: Wanderson Capelloni
Fotógrafo: Marcelo Valle
Áudiovisual: Thiago Gouvea
Assessoria de imprensa: Christovam de Chevalier
Realização: Aturiá Carimbó
A PROGRAMAÇÃO:
Dia 8 de Setembro, sexta-feira
Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica (Rua Luís de Camões, 68, Praça Tiradentes, Centro)
Vivência com Mestre Neves do Banjo, do grupo “Os Parceiros do Zimba” | Marapanim – PA
Horário: 10h às 13h
Danças Marajoaras: Vivência com Mestra Amélia, do grupo de Tradições Marajoaras Cruzeirinho | Soure, Marajó-PA
Horário: 14h30 às 17h30
Dia 10 de Setembro de 2023, domingo
Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira MUHCAB (R. Pedro Ernesto, 80 – Gamboa)
Vivência com Mestre Almir do grupo Raízes do Mestre Travasso |Cruzador, Marapanim – PA
Horário: 10h30 às 13h30
Roda de Carimbó com o grupo Aturiá convidando Mestra Amélia, Mestre Almir e Mestre Neves
Horário: 15h às 17h
