Dança Macabra

Projeto Repertórios

Os solos “Dança macabra” e “Ocas”, criados e interpretados, respectivamente, pelos bailarinos Laura Samy e Leonardo Laureano, serão apresentados juntos. As sessões acontecem de 21 a 23 de julho no Teatro Cacilda Becker

por Redação

São dois talentos da dança contemporânea. Dois nomes que trazem ao público trabalhos reflexivos, inquietantes, que resultam de intensa pesquisa. Eles são os bailarinos e coreógrafos Laura Samy e Leonardo Laureano. Dois solos criados e interpretados por eles – ambos tendo sido vistos, inclusive, no exterior – serão apresentados num mesmo projeto,  no Rio de Janeiro. “Dança Macabra”, com Laura Samy, e “Ocas”, com Laureano, serão apresentados de 21 a 23 de julho, às 19h, com ingressos a R$ 30, no Teatro Cacilda Becker, administrado pela Fundação Nacional das Artes, dentro do projeto “Repertórios”.

Sobre Dança macabra:

Quem acompanha a trajetória de Laura Samy sabe que ela costuma levar à cena influências que vão da Literatura ao cinema e cujos resultados mesclam diferentes linguagens. E isso se dá com “Dança macabra”. A performance surgiu em 2015 a partir de reflexões sobre a sobrevivência e a morte. A linha dramatúrgica, que conta com a colaboração do bailarino Renato Linhares, alia pensamentos do cineasta italiano Pier Paolo Pasolini (1922-1975), um poema de Henri Michaux (1899-1984), um registro em audiovisual da própria artista em movimento ao som de peças de Ennio Morriconi (1928-2020).

O público ocupa a plateia com a bailarina já em cena. Os dez cubos espalhados pelo palco são empilhados e transformados em dois totens, cruciais para o jogo que se estabelece entre a bailarina e o espaço a ser ocupado. A partir daí várias dialéticas se estabelecem: visível\oculto, real\imaginário, vida\morte. O corpo que fragmenta-se como numa pintura cubista. E a bailarina assume diferentes formas como a de um pássaro ou mesmo a da própria Morte. A performance já foi apresentada em diferentes cidades e espaços, como a Escola de Cinema Darcy Ribeiro (2015), o próprio Cacilda Becker (2015) e em eventos de dança como o Panorama e o Caixote, ambos em 2017.

Sobre “Ocas”:

O solo surgiu a partir do convite da bailarina sueca Niki Awandee e foi concebido ao longo da residência Ten days of Cypher, realizada naquele país. A concepção contou com a colaboração do DJ e também bailarino brasileiro Guiu. O palco é uma tribuna e, portanto, um espaço para se discutir questões sociais, éticas e étnicas, relacionadas à atualidade e o tempos pregressos. Essa consciência acompanha Leonardo Laureano desde que ele se entende por gente. O artista viu na dança o meio de levar o espectador consigo a refletir sobre a própria condição humana.

O palco está nu. O bailarino entra em cena por uma das laterais e vai, aos poucos, ocupando todo o espaço como que multiplicado. Ele veste uma túnica que evoca antigas culturas (e a própria ancestralidade) ao mesmo tempo em que aquele figurino  ganha outras formas de uso, evocando signos pretéritos e atuais e ganhando, contudo, novos significados – justamente como na vida.

Dançar é, para esses dois artistas, mais do que formas de expressão ou linguagem. Dançar é, pare eles, atos de resiliência e coragem.  Por isso (e para isso) eles vivem.

Sobre Laura Samy:

Trabalha como bailarina, coreógrafa e diretora de movimento há mais de 30 anos. Dentre suas criações mais recentes estão o curta “O pássaro e a enguia” (Prêmio RespirArte, da Funarte), o filme “Cravo”, criado em parceria com a bailarina Maria Alice Poppe a convite do Arte em Cena, e os espetáculos “Enquanto borbulha” (2021), apresentado no Glaucio Gill, e “Os 7 samurais” (2022), apresentado no Sesc Copacabana.

Sobre Leonardo Laureano:

Estreou profissionalmente na Dança em 2012 e, como bailarino e coreógrafo, passou por importantes grupos como Companhia Urbana de Dança (2012-2013), Rio Hop (2015-2018) e From the Bock (2019), tendo participado de festivais como o Werner, na Áustria; d’Automne, na França e o Boticário, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Projeto Repertórios, com os solos “Dança macabra” e “Ocas”

Serviço:

Gênero: dança\performance

Dias e horários: de 21 a 23 de julho, de sexta a domingo, às 19h

Local: Teatro Cacilda Becker (Rua do Catete, 338, Tel: 2265-9933)

Ingressos: R$  30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada)

Ingressos disponíveis na bilheteria ou pelo Sypla: https://www.sympla.com.br/evento/repertorios-danca-macabra-e-ocas/2060851

Classificação indicativa: 14 anos

Duração: 70 min

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