Heróis no Sesc Copacabana

por Redação

A peça, livremente inspirada nas histórias e músicas de astros da cultura rock dos anos 60 e 70 como David Bowie Lou Reed, Jim Morrison, Bob Dylan e Stones, entre outros, aborda questões do cotidiano contemporâneo como a tentativa de controlar o próprio tempo, encontrar sua própria identidade, resgatar a capacidade de sentir empatia.

A dramaturgia transita entre a autoficção e as biografias, músicas e filmes do universo rock’n’roll.

Heróis, centrada no universo da música, integra a “Trilogia Solo”, formada pela recém-encenada “Passe-Partout”, centrada nas artes plásticas, e pela próxima peça, “Fora do M(Ar)”, que focará o rádio e a comunicação.

“Por que eu levo essa vida? “Em que momento do meu dia eu tenho liberdade para criar? Por que as pessoas admiram um artista? Vale a pena representar um herói?”

Essas questões levam um astro do rock no auge da fama a um profundo mergulho interno de onde ele voltará não sendo mais o mesmo. Esse é o ponto de partida de HERÓIS, espetáculo-solo com texto, direção e atuação de Paulo Azevedo (conhecido no Rio por atuar ao lado de Barbara Paz, na peça “Hell”) e codireção de Ana Paula Cançado.

A peça fala das contradições do ser urbano, sua vulnerabilidade e constante readaptação numa sociedade em transformação cada vez mais veloz.

“Esse espetáculo fala sobre um individuo só (mesmo cercado de muitos), tomado de questões acumuladas ao longo de uma vida. Esse momento da vida em que se abre uma fresta e podemos acompanhar os minutos de extrema potência em que tudo pode ser visto de ‘um novo lugar’. Seguir, fazer, reinventar a própria vocação por meio de novas e antigas companhias”, conta Paulo Azevedo.

David Bowie (1947-2016) foi a principal inspiração na criacão do personagem, além de outros astros do rock britânico e americano dos anos 60 e 70 como Lou Reed (1948-2013), Jim Morrison (1943-1971), Bob Dylan e The Rolling Stones, e o lendário fotógrafo britânico Mick Rock (1948-2021). Há ainda referência a escritores como Clarice Lispector (1920-1977), Guimarães Rosa (1908-1967) e Samuel Beckett (1906-1989); e filmes como “SHOT! O Mantra Psico-Espiritual do Rock”, de Barney Clay; e “Encontros e Desencontros”, de Sofia Coppola.

Sinopse

ELE (Paulo Azevedo) é um astro do rock no auge da fama, mas esgotado pelas demandas de ser um mito. Precisa apenas de um respiro. No caminho para mais um compromisso com sua banda, se depara com uma formiga. Esse encontro inusitado desencadeia uma jornada interna que o leva a resgatar questões deixadas para trás na correria da vida.

Exposto ao seu próprio cansaço nos bastidores, se pergunta: “Por que eu levo essa vida? Em que momento do meu dia eu tenho liberdade para criar? Por que as pessoas admiram um artista? Vale a pena representar um herói?”. Nesse mergulho, busca as razões para seguir em frente.

A encenação

A ação se dá como numa entrevista com um artista. Os espectadores (sem interatividade) assumem o papel de jornalistas em uma coletiva de imprensa com um astro do rock, criando um jogo entre a ator e o espectador. Acompanhamos seu fluxo de pensamento no trânsito intenso entre o que acontece do lado de fora (realidade, o cotidiano) e do lado de dentro (suas ideias e pensamentos, livres de jugamentos).

A trilha sonora traz composições originais e releituras de clássicos do rock, criadas pelo artista e produtor fonográfico Barulhista, a partir de seleção musical de Paulo Azevedo. As cenas foram pensadas como faixas de um álbum, com títulos e minutagem, e as letras das músicas pontuam determinados momentos da narrativa. Alguns dos títulos vieram de nomes de canções de rock stars que inspiraram a obra. As letras das canções são também dramaturgia, com sua tradução em português projetada.

O caminho de Heróis até aqui

HERÓIS marcou o início do coletivo, fundado em 2014 por Paulo Azevedo e baseado em São Paulo, com a colaboração de antigos parceiros de diversos estados brasileiros. A primeira versão do texto escrito em 2014 tinha o título “HERÓIS: UMA PAUSA PARA DAVID”. Foi contemplada com o 1º lugar no Prêmio Funarte Myrian Muniz e cumpriu estreia e temporadas no SESC Palladium (2015) e CCBB BH (2016), sendo interpretada pela atriz Samira Ávila. Em dezembro de 2021, a convite do Travessia – Festival Internacional de Artes Performáticas, no Teatro Garagem do SESC Brasília, na versão presencial.

Serviço

ESTREIA: 13 de outubro (5ªf), às 19h
ONDE: Sesc Copacabana – Sala Multiuso
. Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana / RJ tel: 21 2547-0156
HORÁRIOS: 5ª a dom, sempre às 19h / INGRESSOS: R$30, R$15 (meia) e R$7,50 (associados) / HORÁRIO BILHETERIA: 3ª a 6ª das 9h às 20h; sab, dom e feriados das 13h às 20h / DURAÇÃO: 55 min / CLASS. INDICATIVA: 12 anos / GÊNERO: drama cômico / CAPACIDADE: XX espectadores / TEMPORADA: até 13 de novembro (exceto semana de 24 a 30 de outubro)

FICHA TÉCNICA

Direção, Texto e Atuação: Paulo Azevedo
Codireção: Ana Paula Cançado
Consultoria Dramatúrgica: Adélia Nicolete
Direção de Arte: Martielo Toledo e Paulo Azevedo
Figurinos: Martielo ToledoTrilha Sonora Original: Barulhista
Seleção musical: Paulo Azevedo
Desenho de Luz: Marina Arthuzzi
Direção Vocal: Lucia Gayotto
Preparação de canto: Mariana Brant
Operação de luz: Kuka Batista e Marina Arthuzzi
Operação de vídeos e som: Kuka Batista
Direção de projeções: Janaína Patrocínio
Vozes adicionais: Mariana Brant e Renato Rosa
Cabelo: Ricardo Rodrigues
Modelista/pilotista: Noeme Neves
Projeto Gráfico: Glaura Santos
Fotos: Vitor Vieira, Guto Muniz e Nityama Macrini (Festival Travessia)
Teasers e vídeos: Paulo Azevedo (direção, roteiro e edição), Vitor Vieira (direção de fotografia), Barulhista (trilha sonora) e Camila Picolo (operação de drone)
Registro em vídeo: Camila Picolo
Revisão de textos: Soraia Azevedo
Tradução espanhol e inglês: Gladys Souza
Correalização: Comcultura Comunicação e Cultura
Produção Executiva: Dora Leão_PLATÔproduções
Assistente de Produção Executiva: Grazi Vieira
Produção Local: Priscilla Kern
Realização: SESC e Suacompanhia Criações Artísticas
Apoio cultural: RIRO Salon, JPZ Comunicação, Vitor Vieira Fotografia e Podcast Almasculina
Agradecimentos: Secretaria Municipal de Cultura, São Paulo Film Commission/Spcine
Assessoria de imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany

Você pode gostar

Deixe um comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você concorda com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceito Leia mais

Share via