Vem Pra Ser Meu Refrão

Com participação de Zeca Pagodinho, Gabi Pasche lança, dia 25 de agosto, ‘Vem Pra Ser Meu Refrão’, canção de Zeca e Arlindo Cruz

Composta na década de 80 por uma das maiores parcerias da história do samba, a faixa é o terceiro single de um EP que será lançado ainda este ano

por Jorge Rodrigues

Cantando junto a um dos maiores baluartes da história do samba, Zeca Pagodinho, a cantora e compositora carioca Gabi Pasche lançará, no dia 25 de agosto, “Vem Pra Ser Meu Refrão”, canção composta na década de 80 por Zeca e Arlindo Cruz, uma lendária parceria da história do samba, mas nunca antes gravada pelos autores.

“Vem Pra Ser Meu Refrão” é o terceiro lançamento da artista em 2023, e continua a narrativa de superação iniciada com a autoral “Ponto e Fim”, que fala sobre se libertar de uma relação abusiva e recuperar o amor próprio, e sucedida por “Vento de Oyá”, um samba embalado pela fé na deusa das tempestades que promove mudanças.

“Vem Pra Ser Meu Refrão” é, portanto, o terceiro single do meu EP de cinco faixas, que vem no final do ano, e que fala de uma pessoa que está interessada em viver um amor com outra, mas que ainda está no processo de cura e com medo de se envolver novamente após traumas e frustrações”, afirma Gabi.

Sobre gravar com um dos seus ídolos na música, ela revela ter sido uma grande emoção:

“Fiquei muito feliz por ele ter aceitado o convite. Quando penso, fico emocionada porque cresci ouvindo as músicas do Zeca em família, sempre gostei demais do som dele. Quando o conheci então, confirmou a admiração pela pessoa também. Ele tem uma estrela, um carisma diferente. E ao mesmo tempo é uma pessoa super pé no chão e simples. Gente como a gente”, relata a cantora.

No dia da gravação, Zeca contou histórias, bateu papo e almoçou no estúdio. E na hora de gravar, tirou o sapato e cantou tudo de primeira, naquela simplicidade genuína de quem sabe bem o que está fazendo: “Foi um dia muito especial de ter vivido e que bom que vou ter pra sempre registrado nesse fonograma o dia que fiz um som com o ídolo e amigo Zeca Pagodinho”, diz Gabi.

A relação entre ela e Zeca começou há muitos anos, quando a artista ainda era adolescente e, por pura coincidência, se mudou para o mesmo condomínio do sambista e se tornou uma grande amiga da família, pois ambos os clãs adoravam samba. Depois de muitas rodas de samba, o cantor percebeu a qualidade da voz de sua vizinha e com um simples elogio, a incentivou a seguir o rumo da música.

“Teve um dia que eu estava cantando meio tímida e o Zeca me falou que me achava afinada e que eu deveria soltar mais a voz, pois achava que eu cantava bem. Fiquei toda feliz. Ele já era uma grande referência. Hoje percebo que isso me influenciou porque me senti mais motivada a cantar”, conta a sambista, que já dividiu o palco com Zeca.

Canção ‘esquecida’ por anos cai como uma luva para Gabi Pasche

“Vem Pra Ser Meu Refrão” foi escrita na década de 80 pela lendária dupla de tantos sambas, Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz. Com poucas gravações, sendo a mais notória do falecido cantor Reinaldo, conhecido como “Príncipe do Samba”, a música ficou “esquecida” por anos até ser lembrada agora por Gabi Pasche.

“Quando conheci essa música, já tinha ouvido muitas composições do Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho e me impressionou não ter conhecido ela antes. Tive a sensação de que era uma canção com uma atmosfera muito bonita, porém escondida. Além disso, quando escolhi as músicas para compor o repertório do EP, senti que seria a escolha perfeita, pois a letra traz uma mensagem simbólica para o meu propósito com esse trabalho: ‘você quer fugir, evitar de novo se envolver, eu posso entender esse medo seu pois quem já sofreu teme se entregar’”, diz Gabi.

A arte da capa também carrega alguns simbolismos. Zeca tem o sol atrás, representando uma pessoa que “tem muito amor pra dar”, como diz a letra. Há também uma colagem da partitura da própria música, além de cardeais e flores, como orquídeas e cactos. Por outro lado, Gabi tem uma lua atrás, que é um elemento que regula as emoções, atuando profundamente sobre o humor e o estado de espírito, tornando as pessoas mais expansivas ou retraídas.

“Nesse caso, tornou essa mulher mais retraída. Também se conecta ao ciclo da vida, renovação, indicando que estou, assim como a lua, passando por uma fase. O coração partido com um band-aid indica que ainda estou curando as feridas do passado. A mulher com asas indica que voltei a florescer, depois de uma experiência ruim, relatada em “Ponto e Fim”. E, por último, um cacto separa os dois, pois é uma planta que representa proteção e resistência. Como diz a letra da música, essa mulher ainda está com medo pois já sofreu e teme se entregar”, conclui Gabriela.

GABI PASCHE

Representante das jovens mulheres do samba, Gabi Pasche canta e compõe há mais de 10 anos. Fez participações nos shows de Zeca Pagodinho, Xande de Pilares, no Samba do Trabalhador e teve convidados especiais em seus shows como Dudu Nobre, Mart’nália, Diogo Nogueira e Roberta Sá. Comanda desde 2017, anualmente, os shows do Camarote Folia Tropical, na Marquês de Sapucaí. Em 2015, lançou seu primeiro EP, “Sorte Danada”. Em 2017, lançou um disco com o grupo “Samba do Mercado”, que integrou por dois anos. Em 2019, lançou dois singles, produzidos por Alceu Maia, com participação especial de Rildo Hora. E participou de algumas gravações, como o “Dia de Samba no Bonfim”, homenagem aos 100 anos de Dona Ivone Lara; “Recomeço” com Papagaio Sabido; e “É você e mais ninguém” com Jorge Alexandre. Já se apresentou nas principais rodas de samba do Brasil, e fez shows internacionais em Nova Iorque e em alguns países da Europa. Tem ainda a sua própria roda de samba, o “Samba da Gabi” que acontece em locais diversos como o Selina, na Lapa e, ultimamente, na quadra do Cardosão, em Laranjeiras, ambos no Rio de Janeiro.

FICHA TÉCNICA:

  • Voz: Gabi Pasche
  • Participação: Zeca Pagodinho
  • Arranjo: Hudson Santos
  • Bateria: Paulo Bonfim
  • Baixo Elétrico: Julio Florindo
  • Piano: Misael da Hora
  • Violão: Leandro Pereira
  • Guitarra: Hudson Santos
  • Cavaco: Alaan Monteiro
  • Banjo: Fred Camacho
  • Surdo, Pandeiro, Repique de Anel: Adilson Didão
  • Tantã, Tamborim, Ganzá: Jorge Quininho
  • Flauta: Dirceu Leite
  • Coro: Joana Rychter, Amanda Anibale, Yasmin Alves, Mingo Silva e Heron Ferreira
  • Regência: Leandro Pereira
  • Técnico de Som e Mixagem: Wilian Luna
  • Assistente: Magro
  • Masterização: Arthur Luna
  • Afinação: Daniel Alcoforado
  • Fotógrafo e Videomaker: Rodrigo Ferraz
  • Edição foto: Sandro Retouch
  • Designer arte da capa: Patricia Barbalho Sant’Ana
  • Apoio: O Fornês Pizzaria, Bar do Mômo

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