Grupo Devoar no tecido

Vestidas de Vento

por Redação

Grupo Devoar, retorna aos palcos com duas apresentações do seu poético espetáculo de acrobacias aéreas no Teatro Dulcina no Centro do Rio.

Vestidas de vento” tem como eixo central o circo contemporâneo e conta com o incentivo da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e da Secretaria Municipal de Cultura, por meio do Programa de Fomento à Cultura Carioca (Foca).

Mover-se com destreza tanto no solo quanto no ar é a expertise técnica do Grupo Devoar, fundado por Mariana Medina, que desde 2013 oferece aulas de acrobacia aérea em sua sede em Botafogo. Em “Vestidas de Vento”, a idealizadora do Devoar reúne seis acrobatas mulheres que se expressam com a linguagem do circo contemporâneo trazendo à tona a visão artística de Mariana, que também assume a direção da obra. Para além dos limites da virtuose tradicional circense, o grupo investe na composição estética do espetáculo e evoca a imagem de um corpo para além do vestido, corpos em devir.

Num cenário repleto de folhas secas o público é convocado de maneira sensível a refletir essas questões que guiam o desenvolvimento da performance, resultando em uma experiência que transcende a simples exibição de habilidades físicas. Em vez disso, “Vestidas de Vento” mergulha fundo na exploração das subjetividades, ora direcionando o olhar do espectador para dispositivos que, como códigos sociais, moldam corpos femininos, ora para encontros que produzem vento e liberdade.

Esta montagem marca o retorno do grupo após as apresentações de setembro e ganhou vida pela primeira vez, em 2019 no Solar de Botafogo, quando teve a circulação interrompida por conta da pandemia do coronavírus. “Nesse hiato o mundo se modificou, então essa temporada contempla tanto a apresentação de um novo aparelho, quanto a transformação  pelo tempo dos corpos e das vísceras (matéria prima no nosso labor), dos pensamentos e modos de vida” destaca Mariana.

A narrativa do espetáculo faz uso de tecidos, trapézios, lira e corda lisa que dialogam com outros elementos na composição cênica. “Sabe aquela sensação de vento no rosto…vento na nuca…vento dentro…. não o enxergamos, mas o sentimos…. Em Vestidas de Vento, o elemento que compõe nosso título guia a atmosfera do espetáculo, sobretudo porque se estabelece muito mais na dimensão do sensível, do que do inteligível, observa a diretora.

Sinopse

Logo quando nasceu deram a ela um vestido para comer. O vestido precisava ocupar não só o lugar da pele como também das suas entranhas. Era necessário substituir a carne pelo tecido. Mas ela queria poder trocar de pele. E o vestido estava pronto desde antes dela nascer. Seria sempre do mesmo tamanho, teria sempre a mesma cor. Nunca conseguiu se livrar completamente, porém seguiu reivindicando o vento. Não desejava que nada sobre ela se eternizasse. Viveria a única vida que poderia ter.

Elenco

Amanda Pontes;  Ana Cecília Menescal; Julia Sève; Lua Couto;  Maju Houri;  Vitória Studart

Serviço

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