Cachalote Mattos

Conheça Cachalote Mattos: Cenógrafo indicado aos Prêmios Shell e CBTIJ de Teatro para Crianças

O artista é responsável pelos principais cenários de espetáculos de temática negra na cena carioca

por Redação

Requisitado para construir cenários dos principais espetáculos de abordagem antirracista em cartaz no Rio de Janeiro, Cachalote tem forte atuação na Estética Negra. O artista ganhou destaque no cenário cultural a partir de uma viagem ao continente africano em 2010.

Cachalote Mattos, recebe indicação de melhor cenário na 33ª edição do Prêmio Shell, que contempla espetáculos que fizeram temporada no Rio de Janeiro e em São Paulo fora do período pandêmico, ou seja, entre 1º de janeiro e 31 de março de 2020 e 1º de abril a 31 de dezembro de 2022. Já a 7ª edição do Prêmio do Centro Brasileira de Teatro para Infância e Juventude – CBTIJ – ele concorre por sua obra realizada para o espetáculo infantil “Pequeno Herói Preto”. Ambas cerimônias de entrega do prêmio acontecerá em março, no Rio de Janeiro.

Formado pelas Escolas de Belas Artes da UFRJ, Cachalote atua fortemente no Centro de Teatro do Oprimido – CTO, desde 1998, tendo trabalhado diretamente com Augusto Boal. Pelo CTO. Em 2010 participou do 3º Festival Mundial de Artes Negras, em Dakar, Senegal. Essa viagem foi um divisor no seu trabalho como cenógrafo.

” Participar do FESMAN se tornou um divisor de águas na minha carreira. Ver tantos grupos de teatro, música, dança, arte em geral do continente africano e da diáspora me fez refletir sobre nosso país, onde somos a maioria da população e ainda não estamos nos palcos, nas telas das grandes mídias e em espaços de decisão criativa. ”

De volta ao país, com o Grupo de Teatro do Oprimido Cor do Brasil, onde também exerce a função de ator, desenvolveu a pesquisa “Preto no Preto”, baseada na Estética do Oprimido de Augusto Boal. A pesquisa consiste em construir elementos cênicos utilizando apenas materiais da cor preta. Além dessa pesquisa, Cachalote mantém fluxo de intercâmbio contínuo com o continente africano trabalhando com cenografia em Angola, Senegal Guiné-Bissau e Moçambique.

Toda essa trajetória tem contribuído para receber convites dos principais espetáculos de temáticas negras nos últimos cinco anos, principalmente no circuito de teatro do Rio de Janeiro. Entre as peças mais recentes em cartaz estão: “12 anos ou memória da queda”, ( Direção Tatiana Tiburcio e Onisajé) O bordador de Mundos” (sobre Bispo do Rosário – Direção Gabriel Mendes) Os Rebouças” (Direção Rodrigo França), “Jacimba Gaba”, (Direção de Fernanda Dias) “Turmalina 18-50 (Sobre João Candido)”, “Manifesto Elekô” (Direção de Fernanda Dias), “Menino Omolu”, “Kawô”, “Meus Cabelos de Baobá”, ( Direção Vilma Melo) “Suspeito” (Direção Bárbara Santos) e Pequeno herói Preto”, (Direção Cristina Moura e Luísa Lorosa ) pelo qual recebeu indicação ao prêmio.

Para Cachalote, o trabalho na cenografia vai além do Teatro. ” Tenho orgulho de todos os trabalhos e projetos cenográficos que fiz. É enriquecedor e agregou muito na minha profissão e vida pessoal os trabalhos que desenvolvi na TV, cinema, publicidade e mega eventos como Olimpíadas de 2016. Por isso me sinto feliz e honrado com a indicação de um prêmio tão expressivo e importante para a cultura do Rio de Janeiro, conclui.

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