Pianista, compositor e arranjador Chico Adnet lança novo álbum

Chico Adnet

Entre as diversas músicas de sua autoria ainda engavetadas nos últimos trinta anos, o pianista, compositor e arranjador Chico Adnet observou um ponto em comum: a tristeza. É esta a tônica das obras reunidas em “Triste”, quarto álbum do músico carioca, disponível em todas as plataformas musicais dia 31 de agosto. Parte das 11 faixas que compõem a obra (sendo dez composições próprias, nove delas inéditas), será mostrada em única apresentação ao vivo, no Clube Manouche, no Rio, dia 05 de setembro, com participação especial do cantor Pedro Miranda.

Gravado entre 2022 e 2023, “Triste” contou com a participação de duas orquestras de cordas: uma no Rio, formada por 22 músicos, e outra em Tallin, Estônia, com 24 instrumentistas. Com roteiro assinado pelo filho, Marcelo Adnet, o show será uma versão pocket com Chico ao piano, acompanhado por baixo, bateria e 4 sopros: trompa, clarinete, flugelhorn e flauta. No repertório, muitas histórias entremeadas por músicas inéditas do álbum e alguns sucessos de outros compositores, que também sempre “cantaram” a tristeza, como, “Cantilena”, das Bachianas n.º5 de Villa-Lobos, emendadas em “Modinha” de Tom Jobim e Vinicius de Moraes; “Aos Nossos Filhos”, de Ivan Lins e Victor Martins; “Atrás da porta”, de Chico Buarque; “Folhas Secas”, de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito; “Meu Silêncio”, de Claudio Nucci e Luiz Fernando Gonçalves, entre outros.

Para Chico, o disco é uma espécie de celebração. “É pra dar graças à vida e comemorar o fato de ter aprendido a lidar com a tristeza. Depois de tanta convivência com a melancolia, hoje sou uma criatura mais alegre do que triste, como preconizava Vinicius de Moraes. E tem o fato de que eu sempre achei música triste uma coisa linda!”, diz Adnet.

De uma família de músicos, Chico convidou os irmãos Mário, Maúcha e Muiza para participarem do álbum cantando em “Imagens”, uma das poucas canções sem as cordas, mas com sintetizadores. “Os sintetizadores eram uma coisa meio futurista lá pelos anos 70, e a letra fala de espaço-tempo, da semelhança que a gente começa a sentir com nossos pais”, diz.

A família também está presente nas músicas “Doce companheira” e “Fria madrugada”, que ganharam letras do compositor (e tio) Luiz Fernando Gonçalves, irmão de sua mãe. “Hoje percebo claramente que Luiz Fernando é meu amigo. A amizade que supera o parentesco”. A primeira é sobre a perda de um ente querido, e a estranheza de ver que o mundo continua girando, indiferente à sua dor. Já a segunda ficou guardada por mais de trinta anos. “Foi uma das primeiras coisas mais sérias que eu fiz, mas ficou adormecida na gaveta.”

Em uma das faixas, Chico faz uma homenagem ao filho Marcelo Adnet, ator e comediante, e, em outra, aos seus caçulas, um casal de gêmeos de 8 anos. A música “Companheiro de viagem” foi escrita a partir de uma lembrança que o compositor tinha do primogênito ainda criança. “Quando o Marcelo tinha uns 3 anos, a gente andava na rua de mãos dadas e, quando passava por uma vitrine que nos refletia, eu dizia pra ele: olha lá, dois caras, dois caras! A canção foi criada sob a emoção de constatar que nós éramos companheiros de vida, pai e filho”. Para os caçulas, a música surgiu antes de eles nascerem de uma brincadeira com a enteada, Luisa, de chamar a mãe de “Tatu”. Então, ficou “Dois Tatuzinhos”.

A única canção do repertório que Chico não considera triste é o samba “Lembra”, que surgiu da saudade de sua irmã Maucha quando ela já morava em Nova York, no fim da década de 80. Para a gravação das vozes, foram convidados os amigos Pedro Miranda, João Cavalcanti, Moyséis Marques e Alfredo Del Penho.

SOBRE CHICO ADNET

Chico Adnet é pianista, compositor e arranjador. Integrante do grupo vocal Céu da Boca nos anos 1980, gravou dois LPs pela Polygram. Participou de gravações de outros artistas, como Chico Buarque e Edu Lobo (“Grande Circo Místico”), Cesar Camargo Mariano, Raul Seixas, no disco “Vinicius de Moraes para Crianças”, entre outros. Lançou três discos autorais: “Alma do Brasil” (2011), “Piano” e “Leva no Piano” (2017).

Com larga experiência na criação de jingles publicitários, Chico abriu em 2003 a SongBird Produções, que cria trilhas emissoras de TV. Teve suas trilhas utilizadas em aberturas da TV Brasil, BAND e Record; programas da TV Globo como “A Grande Família” e “Domingão do Faustão”, “Vídeo Show”, e em diversas novelas do SBT, sobretudo as infantis. Atualmente cria trilhas para os canais Like e Climatempo, entre outros.

SERVIÇO

Evento de lançamento do álbum “Triste”, de Chico Adnet

Clube Manouche (Rua Jardim Botânico, 983 – Jardim Botânico)

Informações: (21) 3514-8200

Dia e horário: 5 de setembro (terça), às 21h

Classificação etária: Livre.

Capacidade: 150 lugares.

Ingressos: R$ 140 (inteira) / R$ 70 (meia-entrada)

Venda pelo site: http://clubemanouche.com.br/

Instagram Chico Adnet: @adnetchico