O homem que engoliu um chip

“O homem que engoliu um chip” estreia na casa de Cultura Laura Alvim

Solo que faz uma releitura cênica de “Todos os cachorros são azuis”, de Rodrigo de Souza Leão, trata com leveza e bom humor temas difíceis como loucura e esquizofrenia

por Redação

Falar de loucura, esquizofrenia e do sofrimento que causam, mas não de forma densa ou pesada. Este é o mote e desafio da peça “O Homem que engoliu um chip” que, para trazer à tona temas tão próximos, mas delicados, realiza a missão com leveza, bom humor, respeito e reflexão. Contando com a atuação de Manoel Madeira, direção de Adriano Garib e dramaturgia de Ramon Nunes Mello, a montagem inédita estreia no dia 08 de agosto, às 19h, no Espaço Rogério Cardoso, na Casa de Cultura Laura Alvim. Contemplado pelo Programa de Fomento à Cultura Carioca da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro (FOCA), o monólogo é uma adaptação de “Todos os cachorros são azuis”, romance autoficcional do poeta, escritor e artista plástico carioca Rodrigo de Souza Leão (1965-2009). A temporada vai até dia 30 de agosto, sempre às 19h das terças e quartas-feiras.

No livro, Souza Leão narra de modo romanesco o dia a dia dele durante um período de internação, de maneira singular, divertida e criativa. No palco, Manoel Madeira atua como um performer, em alguns momentos contando a situação vivenciada pelo escritor e em outras se colocando no lugar dele como artista e cidadão. Sem a pretensão de “ser” Rodrigo, há semelhanças entre o personagem e ele, mas o que interessa aqui é a linguagem cênica que ele cria. E a recriação que o teatro traz ao público, ressignificando a história.

“Assistimos ao espetáculo com um sorriso dúbio, pois Rodrigo ri do absurdo da existência. E o teatro é um forte aliado pra esse tipo de narrativa” – explica o diretor artístico Adriano Garib.

Em cena, Manoel explora o humor e a ironia presentes na obra. O objetivo é expandir a poesia presente na ficção de Souza Leão, além de promover uma reflexão sobre a intercessão entre saúde mental e arte.

 “Nossa peça, apesar da delicadeza do tema, pretende ser um entretenimento leve e divertido. Rodrigo era leve e bem humorado até nos momentos de internação. Queremos que essa leveza, essa auto ironia e esse humor transpareçam para o público através de nossas escolhas artísticas, diz Garib

A adaptação da obra para o teatro é do dramaturgo Ramon Nunes Mello, que explica como surgiu a ideia do projeto: “Conheci Rodrigo em 2008, após ler ‘Todos os cachorros são azuis’. Fiquei impactado com a poesia e a linguagem, e a forma como ele aborda um tema difícil como a loucura, a partir de sua própria experiência pessoal, é única na literatura brasileira. Passados 15 anos do lançamento da obra, decidi adaptar o livro como um monólogo, pois acredito que as palavras de Rodrigo podem ganhar uma nova dimensão através da cena teatral”, finaliza Ramon.

SINOPSE

“O HOMEM QUE ENGOLIU UM CHIP” conta a história de um poeta que sofre de esquizofrenia. Um relato comovente, ao mesmo tempo auto irônico, sobre sua internação no hospício, suas memórias e reflexões.

Com atuação de Manoel Madeira, direção de Adriano Garib e dramaturgia de Ramon Nunes Mello, o monólogo é uma adaptação de “Todos os cachorros são azuis”, romance auto ficcional do poeta, escritor e artista plástico carioca Rodrigo de Souza Leão.

FICHA TÉCNICA

  • Idealização e Dramaturgia: Ramon Nunes Mello
  • Direção Artística: Adriano Garib
  • Atuação: Manoel Madeira
  • Assistência de Direção: Anita Mafra
  • Direção de Movimento: Toni Rodrigues
  • Cenografia e Figurinos: Nello Marrese
  • Desenho de Luz: Rodrigo Belay
  • Trilha Sonora: Thales Cavalcanti
  • Desenho de Som: Fábio Storino e Thales Cavalcanti
  • Operação de Som: Fábio Storino
  • Operação de Luz: Clarice Sauma
  • Produção Executiva: Anita Mafra e Manoel Madeira
  • Assistência de Produção: Pedro Uchoa
  • Assessoria de Imprensa: Marrom Glacê Assessoria
  • Identidade Visual: Tinta Labs
  • Fotografia e Videografia: Wagner Alonge
  • Depoimento em Off: Rodrigo de Souza Leão (entrevistado por Ramon Nunes Mello)
  • Vozes em Off: Adriano Garib
  • Letra da Canção “Pelicano Azul”: Adriano Garib e Manoel Madeira
  • Assessoria Contábil: LA Contabilidade
  • Coordenação Administrativo-Financeiro: Anita Mafra
  • Realização: Proposta A6 Produções Culturais

SERVIÇO

  • Local: Casa de Cultura Laura Alvim / Espaço Rogério Cardoso
  • Endereço: Av. Vieira Souto, nº 176 – Ipanema
  • Temporada: de 08 a 30 de agosto (terças e quartas-feiras)
  • Horário: 19h
  • Ingressos: R$ 40 (Inteira) e R$ 20 (Meia-entrada)
  • Link para compra: https://funarj.eleventickets.com/
  • Duração: 60 minutos
  • Classificação: 16 anos
  • Gênero: Drama
  • Lotação: 53 lugares

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